Essa dor desesperada
Essa vontade sem vontade de viver.
E na lei da vida do ser amar
Vou tocar prá não morrer.
Grande e triste a minha história
Nem deu tempo de escrever
No meio de uma frase qualquer
Sei que sigo e vou morrer.
Não a morte que me fascina
Mas aquela que atravessa você.
A que rompe a sua regalia
Ao pensar que você é você.
Sem outra solução
Sigo tocando o seu caixão
Cheio da minha amargura
Que agora você espalha no chão.
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