terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Um novo dia.



Sonhar grande é uma forma de alavancar a vida.
Não devemos fechar os nossos horizontes,
Ou estreita-los por medo de perder.
Vamos ousar.
Porém, é preciso cautela.
Para não prejudicar a ninguém.
E cuidar ao máximo
Para não alçar voo
Quando for possível apenas caminhar.
Somos o resultado,
Do que desejamos ser.
Se não tentar nada fazemos.
Se não pensar nada seremos.
A eventual vitória já é o HOJE.
Entretanto é preciso proteger o amanhã,
E depois, e depois e depois.
Sempre haverá um novo dia.

Feliz, muito feliz.





No meio da precipitação urbana, lembremos que a paz talvez se encontre no silêncio. Façamos um esforço honesto e continuado para nos darmos bem com todos.
Falemos claramente a verdade... Mas, com brandura. Ouçamos aos outros, mesmo os ignorantes e sem brilho, pois terão igualmente as suas histórias para contar.
Evitemos as pessoas agressivas e que falam alto porque trazem constrangimento ao espírito. Saibamos aprecias as nossas próprias realizações, os nossos planos. E tomemos gosto pela carreira por mais humilde que seja.
Tratemos nossos negócios com mais cuidado, pois mundo esta cheio de espertos, mas não vamos endurecer o coração, porque é preciso descobrir o lado bom das pessoas. Ainda há idealistas no mundo, e por toda a parte encontramos atos de heroísmo.
Sejamos autênticos. Não vamos fingir amizade, nem tenhamos cinismo no amor... Apesar de tudo, o amor é eterno.
Aceitemos com doçura o conselho dos anos e saibamos renunciar aos hábitos próprios da juventude. O espírito necessita esta galvanizada para aguentar as surpresas da vida, todavia não vamos nos afligir com imaginações. Prá que ter medo?
Acima de tudo, disciplina. Somos filhos do universo tanto quanto as árvores e as estrelas, e temos o direito de estar aqui. Fiquemos em paz...
E, por mais agitado e extenuante que sejam as atividades nesse planeta, entre as barulhentas confusões e aspirações da vida, procuremos conservar a paz de espírito. Apesar de tudo que acontece esse mundo é maravilhoso; apenas se faz necessário ter cuidado, e fazer um esforço diário para ser feliz, muito feliz.

Desistir? Jamais



O pior dos sentimentos:
Arrepender do que não faz.
É preciso tentar, 
Arriscar,
Mesmo sem planejar,
Vale mesmo executar.
Os destemidos chegam á frente,
Criam histórias, 
São arrojados.
Veem esforços e desafios,
E tudo é impossível...
Até que alguém faça.
Todos queremos o melhor
Buscamos a felicidade,
Mas não temos receitas infalíveis.
E se existem receitas,
Inventamos todos os dias,
Reinventamos, recriamos,
Queremos o paradoxo, o estereótipo,
Queremos resultados,



É natal?





Um olhar, um coração.
A esperança, a ilusão.
O desejo, a emoção.
A esperança, a renovação.
Um nascimento, a criação.
Nas ruas... A iluminação.
No mundo, as desilusões.
É natal, vale sorrir,
Chorar, e até pedir,
Demonstrar, não reagir,
Acreditar, mesmo que em vão.
É Noel, em seu papel,
Sapatinhos, olhos aos céus,
É a fome, é guerra...Sofreguidão.

Náufragos



Amamos,
E vivemos,
De sonhos e ilusões,
Saudades e recordações.
E tal quais os amantes
Perdidos na noite escura
Sem estrelas, sem guias,
Procuramos um coração.
Mas nada surge no oceano
Tão vazio, abandonado,
Tão triste, tão castigado,
Náufrago de pura ilusão.

A mais doce das invejas



Meu sonho maior em vida
É poder saber o que é ter mãe.
Tenho a mais doce das invejas
À vontade que não cessa
A esperança incontida
Dos braços de uma mãe.
Quero sentir o carinho, o aconchego,
O cheiro, e ate o respeito,
Desse ser que guardo em meu peito
Mas que nunca conheci.
Imagino com os olhos molhados
O coração espedaçado
A incerteza em cada passo
A dor por esse sofrer.
E em cada dia que se vai
Muito e muito sinto doer
Porque sei não vai aparecer
Esse alguém por que sonhei.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cego enxerga. Você, não vê.


Aquele que não vê, foge da realidade, se esconde diante dos fatos, toda vez que surgem problemas difíceis. Talvez, porque tenha medo de encarar aos fatos.
A fuga é dos meios para transpor aos percalços que porventura necessite desvendar diante dos mistérios da vida. Ser corajoso, audaz, perspicaz é um ato valoroso, e por que não dizer, heroico.
A depender da ocasião, os grupos sociais poderão através dos seus atos exporem à sociedade tudo o quanto almejam.
É necessário que o ser humano procure traçar caminhos, e vertentes que possam conduzi-lo a grandeza da sua espécie. E, para tanto, deverá demonstrar a sua capacidade de descobertas.
A vida nos proporciona multi ocasiões que poderemos nomear como inusitadas, e curiosas. Em cada uma dessas etapas nos descobrimos como tolos, e até aceitamos o nosso lado infantil para defesa de tudo o quanto gostaríamos de facilmente solucionar. Quem sabe, assim poderemos confiar em nós mesmos, tomar coragem, e nos tornarmos os verdadeiros autores da nossa história.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Também quero um amor.



O amor é uma confluência de paixão, intimidade e união. Ele próprio combina-se com sentimentos de fundo como a excitação, o bem estar, o entusiasmo e a harmonia, gerando o enriquecimento da autoestima. 
O ser humano está predisposto geneticamente para amar e ser amado. Os sentimentos tem servido ao homem para influencia-lo a agir no e sobre o mundo. Atualmente, o amor é mais dominado pela racionalidade. As transformações sociais modificaram um pouco a forma como o amor é percebido, sentido e gerido. O modo de amar depende muito das aprendizagens sociais.
Hoje se ensina mais sobre as relações sexuais do que sobre as relações amorosas. Os jovens sabem mais sobre sexo do que sobre amor. E isto influencia o seu comportamento no mundo.
O sucesso da relação vai depender de como os dois forem capazes de superar as lacunas e as diferenças. O egoísmo pode ser, porém, um fator impeditivo de uma relação bem sucedida, se ambos não abdicarem das suas exigências e posturas. O amor bem sucedido depende também da humildade e da franqueza. Conversar sobre as diferenças e as expectativas de cada um em relação ao outro pode facilitar o sentimento.
A pessoa que é capaz do amor romântico celebriza cada momento vivido com o parceiro, faz desse sentimento um objetivo de vida.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rebelde



Sou taxada rebelde e revoltada
Mas você vive calado.
Cruza aos braços, se acomoda,
Esquece as injustiças mentais
Submete a sua consciência
Ao labirinto maldito da vaidade.
Grito, choro, me desespera,
É a luta incansável da ilusão
Da armadilha desenfreada
De um viver na opressão.
E no silêncio desse instante
Persigo aos meus sonhos infantis,
Concateno pensamentos momentâneos
Exalto ao pranto incontido do viver.


Do lado de cá



Num instante, pensei:
Liberdade!
Esbocei, tracejei,
Risquei, apaguei,
Tentei outra vez.
Desenhei
Terminei?
Quem sabe criei.
Vamos juntos e levemos as estrelas,
Ou quem sabe um punhado de luas.
Carreguemos as canções,
No embalo da rede voltemos.
O rio nos separa do silêncio
A quietude das sombras paradas,
O calor das manhãs esquecidas,
A beleza do orvalho nas flores.
O canto das aves acalenta distâncias
E as serpentes dormitam na verde esmeralda.
Quem sabe a praia banhada por ouriços
Garanta os galhos em troncos maciços.

Vamos juntos até a margem oposta
Num anseio infinito das horas felizes
Dessa louca vontade de fugir do tumulto,
Da fornalha inventada, maldita e cruel.
E a mentira embeleza a ilusão,
A desumana vaidade do lado de cá.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Quem dera as palavras dissessem o que sinto.



Quem dera as palavras dissessem o que sinto,
 Falassem o que penso,
Ou expressassem que não minto.
Mas, as palavras espairecem ou fogem ao vento,
Esquecem-se do seu poder,
E perdem-se nos sentimentos.
Outrora – quem sabe – não foram meras, simples palavras.
Quiçá mudassem ou se fizessem entender.
Todavia, se deixaram conduzir pelo tempo,
Entraram no mundo do esquecimento,
E não conseguiram sobreviver.
Sim. Vi o tempo em que a palavra proferida,
Tal qual a pedra lançada
Tinha o valor e a valia,
E o poder da fiel espada.
Eram épocas em que o homem determinava ao seu destino,
A sua longa ou curta caminhada,
Através da palavra dada.
Parecem que muitos séculos se passaram,
Pois já me sinto fracassada diante desse viver;
É onde o ser desdiz ao que disse
Conduz-se pela mesmice,
Se vende pelo não dizer.
Ignora- se aos valores,
Perdem-se as rédeas nos amores,
Se desfizerem ate as dores
Não sabem o que é o sofrer.
Os homens convivem com o vazio,
Com falsas formas de conviver,
Formam ilhas tão perdidas,
Tão ricas em fantasias,
Tão frágeis no viver.
Olham-se e entrecruzam aos olhares,
Parecem engolir a humanidade,
Destacam-se pela própria podridão do seu ser.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cada um em seu papel.




Acredito que no século XXI dever-se-ia fazer cumprir em cada um o seu verdadeiro papel, pois tudo seria mais fácil.
Sou do tempo em que os professores representavam o nosso modelo, e os pais o real valor da vida. 
A religião era alicerce para cada cidadão e não havia  merchandising no Ser maior que é Jesus.  Talvez, você se pergunte porque citei ao nome do Senhor, e  lhe direi: buscávamos a consciência plena do saber, todavia acreditávamos e reverenciávamos com orgulho ao Criador. Outrossim, a Pátria também era citada como o nosso abrigo, e nesta tínhamos respaldo. Lutávamos contra a ditadura, acreditávamos na essência de cada coisa, e sabíamos que seríamos contemplados com a esperança do crer.
Hoje, sequer existe família, respeito, dignidade, e nem é possível "cobrar" dos jovens aquilo que não lhes foi demonstrado.
Sinto-me tranquila, pois sou mãe e avó.....E mãe numa época em que mãe solteira era desnível kkkkkk. Mostro e grito para o mundo o porquê os caminhos entrecruzaram-se e me ofereceram o direito de assumir a pa/maternidade. 
Sinto-me orgulhosa por ter a certeza de que os meus alunos, e os meus amigos confiam e respeitam ao que faço, e me vêem como exemplo.
Sinto-me imensamente feliz por compartilhar com todos vocês essas minhas palavras, e sobretudo poder gritar bem alto: Acredito Ainda no Mundo! Somos Humanos, - estamos a descobrir a racionalidade - e perpassa por cada um de nós as novas descobertas tão significantes e tão difíceis de serem apreendidas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tempo, tempo...Tempo.


É bem provável que você tenha notado que não é aquela  pessoa de dez anos passados, e é possível que não seja no futuro, o que é no presente.
Todos nós somos uma complicada máquina do tempo, e trazemos conosco um número incontável de impressões, tais como uma máquina onde ficam armazenadas as mais diversas experiências e informações.
O que o tempo nos faz? A resposta esta em nós mesmos e naquilo o que apresentamos ser. Certamente caricaturas de ideologias e transfigurações do tempo, e que somente o tempo explica. Somos o molde do divino escultor. Adquirimos atitudes e ações com o passar dos anos, aprendemos a usar-nos mais diversos momentos da vida, mas o tempo nos muda e então, envelhecemos nas ações, e as atitudes não são as mesmas... Isso é certo.
Hoje, é bem possível que alguém descubra não ser o que pensa ou já não é o mesmo de outrora.
 Mas, existem culpados e/ as culpas?...Quem não responde é o tempo.

domingo, 4 de novembro de 2012

Um Brasil de braços abertos?


O Brasil é um país receptivo a todos os que anseiam por uma pátria livre e bela. Somos uma nação que desde o seu achamento acolhe aos que aqui desembarcam; a partir de 1530, os portugueses deram início ao plantio da cana de açúcar.
O século XXI permeia ainda em mistérios a serem desvendados por visitantes estrangeiros á nossa pátria. Os povos de todos os continentes veem nessa nação, o local onde podem sentir que a cultura oriunda das suas matrizes, podem ser respeitadas e absolvidas pelo caloroso povo brasileiro.
A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia do sul e sudeste; Todavia, é mister que saibamos aceitar que o crescimento vertiginoso da imigração internacional é cada vez mais facilitado pela ampliação e barateamento do transporte e comunicação nos tempos modernos,  porém o fator mais importante são os desequilíbrios no mercado de trabalho mundial. De um lado, os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento têm excesso de mão-de-obra barata e de baixa qualificação; na outra ponta, os países ricos precisam cada vez mais de trabalhadores braçais para ocupações que requerem pouca instrução. Essa característica de transitoriedade da imigração neste começo de século vem provocando diversos conflitos sobre a forma de proteção dos trabalhadores imigrantes.
Aumentar a proteção jurídica ao trabalhador estrangeiro permanece como um dos grandes desafios do Direito para este século, no Brasil e no mundo. E esse certamente é o caminho a ser percorrido para a certeza da união dos povos.

O desejo da chuva



O seco, a seca
A fome, a morte
A saga da vida
O desejo da sorte.
A luta contínua
A dor dolorida
A falta de sonhos
...sem perspectivas.
São crianças nascendo,
São crianças morrendo
É um povo que luta
Mas é a seca o seu contento.
É o sol muito forte
E a chuva que nem rasteja
Escapar é viver, até quando?
- Até o dia amanhecer.

Tudo começa ao nascer



Tudo começa ao nascer. Você se lembra de algo que tenha vivido quando bebê?
 - Mas é claro que não!
Você consegue se lembrar de como era o timbre do seu choro?
E qual era a musica que cantei para lhe acalmar?
O gosto do colostro, você se lembra?
- É claro que não!
Mas desde quanto precisamos nos lembrar de exatamente o que passou para saber que passamos?
Eu não me lembro do timbre do meu choro,
Mas sei que era alto o bastante para que a minha mãe me escutasse e viesse rápido me acolher.
Não lembro qual era a canção que me ninava, mas sei que de fato me acalmava.
Não me lembro do gosto do meu alimento, 
Mas sei que foi ele quem me deu força para viver.
Tudo é passageiro, a infância, a juventude, a vida... Tudo!
Coisas acontecem, alguns sonhos são realizados, outros esquecidos...
E assim alguns passam diante da vida.
São pessoas entrando e saindo na nossa vida o tempo todo...
- E pior, sem permissão, sem dizer nada.
Algumas ainda se sentem no direito de sair e deixar a porta aberta,
Algumas são rudes, ao sair quase quebram a porta do nosso coração,
Outras... Saem de mansinho, pensando que não vão fazer faltas.
E quase nos levam com elas.
Algumas pedem pra sair, e saem com o nosso consentimento.
A vida é assim, passageira.
E eu não fugirei a regra, nem eu nem ninguém.
No jogo você pode reiniciar, na vida... Não dá pra voltar.
Tudo passa.
Aqui, você e eu, e todos somos apenas passageiros. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

15 de outubro:Dia do Professor


Debruçada diante do palco da minha existência, jamais compreendi que o verdadeiro educador haveria de se deixar vangloriar com a lembrança tão pouco significativa de uma data:15 de outubro.
Somos - principalmente na atualidade - tudo e muito mais, na vida de cada um dos nossos semelhantes, e muito mais, em nossa própria vida.
A arte de ensinar é difícil demais para que alguém nela se envolva por comodismo ou para auferir ganhos. A construção do saber envolve a alma de tal forma que reluz diante das nossas atitudes.
É bem verdade que vivenciamos a era da falta de barreiras diante das situações que demandam à nossa frente; Mas, por outro lado, se demonstrarmos segurança e limites diante dos desafios, certamente seremos vencedores, e contemplados por nossa firmeza e caráter.
Proponho a cada um que busque o elo, e não deixe escapar. E, se possível, envolva ao seu semelhante com a firmeza que lhe é peculiar, pois somos vencedores.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Flores de Melancolia



Este Anjo que me guia 
Desde a mais tenra idade, 
Entre as flores da melancolia 
Desfolha a minha mocidade.

Este que me acompanha e me vigia, 
Sorrindo um sorriso de bondade, 
E, na dor é pão de cada dia, 
Me sustenta contra a iniquidade. 

Bendito seja, enquanto eu viva 
A debater-me em trevas infantis 
Como ansiosa patativa
A debater-se em jardins.

E sobre o meu túmulo, tristonha
Distenda as asas misericordiosas, 
Velando por quem sonha
Até o chegar da aurora.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Não é sonho.



Avisto uma luz vermelha
Bem longe...
Ela pisca como sirene
Em emergência
Mas não emite som.
Abro os olhos lentamente
- Que estranho.
Vejo que estou bem alto
Sinto-me voar.
Não controlo. É incrível.
É muito lindo.
Aprecio e desfruto.
De repente imagens,
Fico tonta, esta turvo.
- Não quero ir desse mundo.
- O que acontece?
Eis que poderei voltar,
Um dia ...Quem sabe!
.........................................
Agora vejo a minha casa
Do nada tudo retorna
Todavia não é um sonho.

sábado, 18 de agosto de 2012

97 anos: SABEDORIA e DOR.





Nem imagino e nem tenho sabedoria o bastante para sequer compreender, o que é vivenciar quase um século, diante de uma humanidade a cada dia mais distante do verdadeiro ser.
Creio mesmo que ultrapassar a barreira do som, transpor aos mistérios do universo, e tantas outras fronteiras ditas como intransponíveis é muito menos do que ter nascido no início do século XX, e vivenciar lucidamente as loucuras do século XXI.
Sim, ver, sentir, ouvir e compreender e nada poder mudar ou ao menos tentar readaptar é uma das tarefas mais difíceis para quem observa com o olhar de lince, e perspicácia de uma águia, aos encantos e desencantos das épocas.
Imaginar-se no planeta dito como o seu, e não ter diante de si mais nada do que viu desfilar da sua aguçada retina: pais, parentes e amigos que há muito seguirão em direção ao universo contemplado, costumes, hábitos, músicas, e a tão temida tecnologia avançada com efeitos em 3D, tornam-se quase que conto de fadas, ou histórias que desabrocharam de um livro cujas páginas são escritas com a verdadeira narrativa da vida.
E a velhice tão cantada em versos, apenas desafia a linha melódica, pois a rima é triste e dolorida como tudo o que é oferecido aos nossos idosos. E, falar desse assunto é bastante triste e doloroso, uma vez que para reagir contra o estigma e à discriminação dos idosos, por exemplo, se faz necessária uma abordagem em diversos aspectos.
As correrias do dia a dia, as mudanças constantes de paradigma conduziram o homem a agir irracionalmente, e esquecer-se dos valores ancestrais. Num contexto onde tudo se dissolve, tudo se apaga, são deletados todas as situações que não oferecem algo em troca, que possa garantir o “lucro”... E o idoso-para esse mundo irracional – é prejuízo!
 E anestesiados pela dor da solidão, do abandono, os nossos velhinhos aguardam o dia da partida cultivando as suas frustrações, as suas dores, as suas lágrimas contidas nesse recorte de tempo em que ciclos abrem e se fecham, todavia não conseguem trancar ao coração que pulsa na esperança de um simples aperto de mão.

domingo, 12 de agosto de 2012

12/08/2012: Dia dos Pais.






Neste mundo de tantas dificuldades, encontrar pessoas dignas de respeito é algo quase impossível. Mas essa luz brilhou em meu caminho. Eu que ainda busco exemplos encontrei você.
Descobri também que ser pai ou mãe, não é simplesmente fecundar alguém, mas principalmente participar da vida de quem se ama. Por isso, vejo esse exemplo em meu pai, a quem amei em vida e a quem amo tanto.
 Neste dia, onde os filhos buscam palavras para expressar o seu amor e gratidão aos pais, eu busco dizer que feliz daquele que passou pela vida e não deixou apenas a lembrança, mas se fez e faz querido por várias gerações, pelas marcas e sinalizações que, em sua sabedoria magistral, nos deixou o legado moral e insubstituível da sua grandeza.
Ele é o homem que diariamente me inspira a ser um ser humano melhor e mais generoso. Através dos seus exemplos tenho entendido que vale a pena ser uma pessoa honesta, e que a dignidade é um dom, uma dádiva concedida àqueles que a buscam. Ele é a fonte de minhas respostas para as grandes dúvidas que eu tinha. A luz para a minha vida, para o meu caminho, pois não é o meu pai tão somente, ou apenas o melhor pai do mundo: é o meu PAI , é aquele que esculpiu em minha vida a felicidade maior de ser eu a sua filha, a sua querida filha.... e ele. Ah! MEU PAI.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sera RAÇA, a humana?


Não acredito na raça humana,
Não acredito sejamos racionais,
Não acredito que tenhamos sentimentos.
E nem creio no amor ao próximo.
O homem é vingativo e sem pudor,
É cruel e cheio de artifícios,
É asqueroso e dissimulado,
É astuto e ardiloso.
Usa da alma para encobrir-se
Da dor para fazer sofrer
Da lágrima para banhar-se...
Esforça-se para lembrar,
Esquece-se de saber viver.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Imagens



Voltei do passado. Acordei.
Reuni forças e busquei rumo.
Olhei para trás... Não sonhei.
Vi em cada pedaço,
O retrato do que passou.
Reuni imagens, contemplei:
Estavam tão perto e tão distantes.
Relembrei.

Cumprimentei ao ontem,
Reverenciei ao futuro,
Pedi clemência, chorei a paz.
Tudo é tão novo!
É tão singelo ver o presente
Porém, é tão difícil perceber.
O tempo passou....
Algo ficou para trás
Não apenas as lembranças
E não tem como reaver.

Busco nas experiências o que resta,
No desacato o raciocínio,
Na dor a esperança,
Na vida, o renascer.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Mundo estilhaçado.



Embalsamados pelo ardor das eras, seguimos rumo ao desconhecido, ou tememos afirmar que o temeroso ardil que desenhamos esta estabelecida em nossa existência.
Poderíamos ao passar dos anos querer crer que o homem vislumbraria aos conhecimentos de toda e qualquer natureza – porém, o foco, o maior objetivo deveria ser estabelecer a união e a paz.
Todavia, é necessário explicitar que tornaram-se canibais escolarizados e eivados em consciência do mal que são capazes de provocar.
Haveríamos de buscar questionamento diante de alguém que é capaz de atear fogo em seu semelhante por mero prazer? Ou aquele que se regozija por ter fatiado a outrem com quem reproduziu a sua espécie, e trocou juras de amor?
Ah! A selvageria expande-se a tal ponto que os homens são capazes de provocar o infortúnio, o desespero em seres considerados irracionais, deixando-os abandonados, trancafiados, sem a alimentação básica (água e comida), sem direito a defesa, e provocando o questionamento:
 Se não raciocina por que ao ver o outro sem vida fê-lo tornar-se o seu alimento? E, por que poupou ao moribundo?
Vimos a cada dia que mais e mais as catástrofes impiedosamente se amontoam estilhaçando vidas.
Em cada dor a transmissão do refletir diante da estupidez humana, incapaz de obedecer ao seu próprio universo.


domingo, 8 de julho de 2012

Terra descendente


Amor-família- infâmia.
Imunda, terra descendente.
Nasce – morre. Envolvente.
Quem sabe pode ser gente!
Laços sanguíneos,
Correntes estreitas,
Apertadas,
Amaldiçoadas,
Escolhas erradas.
Dias frios, noites quentes,
Esperas incandescentes
- Jamais decentes.
Vixe Maria, ô gente.


terça-feira, 3 de julho de 2012

Beijo que beijo.


Quer um beijo?
Só se for bem molhadinho...
Daqueles de passar a língua nos lábios...
Brincando de pega... Pega.
Beijando bem de mansinho.
 Desce ao queixo... Beija e salpica
Escorrega até o pescoço,
Vem ao ombro... Beija, e lambe.
Que coisa mais tonta e louca!

O sussurrar de belas palavras
Atiça ao meu coração
E o reencontro de beijos loucos
Revelam grande emoção.
E mãos no percorrer do corpo
No calor da pele,
Em corpos... Em explosão.
São doces e íntimas carícias
Mas no fundo é ilusão
.

sábado, 30 de junho de 2012

LOUCOS SIM.




Insanos e loucos, cada um de nós é um pouco.
O mundo é sim e verdadeiramente dos loucos,
Mas os loucos do ser e não do ter,
Do amar e não apenas desejar,
Do querer e não possuir,
Do sonhar e poder acordar.
Jamais o mundo seria mundo
Se não houvesse os loucos.
Porque a loucura é a certeza da insanidade que somos racionais.
É através dela que convivemos
E aprendemos.
Que em cada dia uma lágrima escorre,
Para que possamos limpar os olhos
E enxergar a vida,
O maior dom
Oferecido por Deus...
Só nos cabe, agradecer. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

MEU BRASIL que VERGONHA! Estou em luto.


Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Assim, os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa..
Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova mudança, todavia a educação continuava em um patamar secundário. E a situação é tão triste que se observarmos com carinho, podemos ver que o Brasil foi achado em 1500, mas somente em 1934, surge a nossa primeira universidade em São Paulo.
Nada se fez ou se faz pela educação, continuamos a ser açoitados como irracionais, e a nossa base escravocrata em muito permeia as nossas vidas, para acreditarmos que a música, e apenas ela, será o consolo para as nossas vidas. É como se o cantar consolasse as nossas dores, vez que o homem que não pensa, é incapaz de debater e expor as suas ideias e ideais.
Os séculos passaram, muito se “inventou” ou se fez no “modismo”, mas o certo é que praticamente nada foi construído. O Norte/Nordeste continua atrelado a seca e a fome, em busca de consolo para as suas dores que são muitas, o restante do Brasil e principalmente o Sul/Sudeste querem esconder-se por um véu sombrio de outras colonizações, e pisam ao solo fértil e não cultivado das terras férteis e usurpadas, migrando dentro da sua própria contestação.
Ao invés de termos um povo varonil, o que se vê é um povo varado ou traspassado pelo seu próprio sangue, onde o algoz é o seu próprio povo.
Brincamos de educar ao encararmos ainda no século XXI professores despreparados, sem o menor senso de responsabilidade para transmitir ao educando que ele – educador – é a chave mestra dessa engrenagem louca nesse país. Assuntos em cadernos ou lousas cheias de anotações não se constituem em aprendizado; é preciso fazer com que o outro seja o grande aliado e propague para outros o poder do educador. É preciso respeito ao colega e saber diagnosticar com dignidade o momento de avançar.
A Bahia vivencia uma triste realidade onde o número de crianças e adolescentes “expulsos” das suas aulas devido a uma dolorosa greve, angustia não tão somente aos pais de alunos da rede pública, mas a todos os que um dia vivenciou ao ensino público, e orgulha-se de ter sido integrante dessa época.
Enquanto isso, bandas de pagode ou de outros ritmos, escarnecem aos nossos ouvidos e a nossa moral, através de letras ou danças obscenas induzindo ao que outrora era dito como prostituição. O que fazer se não temos líderes e nem confiamos nos nossos governantes?
Voltamos à era onde a guerra se instaurou e nem foi identificada, onde as pessoas sequer sabem que, certamente estão sendo conduzidas para algozes da fome, da saúde, e da tão sofrida educação.
BRASIL, MEU BRASIL BRASILEIRO!

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...