quarta-feira, 31 de março de 2010

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais.
O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska; porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem. 
Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus, O Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). 
A figura do coelho está simbolicamente relacionada a esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo.
Mas o que a reprodução tem a ver com o significado religioso da Páscoa? 
Esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova e os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
 Quem sabe, ainda temos a iluminar a esperança de repartir com o outro a grandeza dessa data, e não apenas a troca de ovos de chocolate.  Reafirmar diante do espelho da nossa consciência, o quanto somos capazes de vivenciar o único homem que é capaz de mobilizar gerações de todas as épocas para refletir  e buscar o espírito verdadeiro da caridade e do renascimento.
                                 FELIZ PÁSCOA, amigos.

terça-feira, 30 de março de 2010

HERÓIS OU BANDIDOS ?

Acreditar? Crer? Eis o grande desafio.
O tempo nos ensina muito,e entre tantos dados que armazenamos em nossa mente, algo fica indefinível, indecifrável: acreditar.
No que? Em que? Por que? Em quem podemos crer? Queremos um sinal que nos conduza a certeza de que tanto precisamos pois em tudo -desde o nascimento- nos questionamos, duvidamos.
Algumas pessoas chamam por medo. E é na infância, que bruxas, duendes e monstros invadem ao nosso cérebro, e ficamos a temer. Mas, ao chegar a adolescência imergimos em sonhos fantásticos, e nos tornamos bandidos ou heróis, personagens esses que nos perseguem pela vida adulta, como se quiséssemos acertar a verdadeira identidade.
Entretanto, o tempo passa e se faz necessário um diagnóstico dessas nossas crenças. Assim, a velhice se aproxima e arrebata aos nossos transtornos, e mais uma vez estaremos embalados por fadas, cavaleiros ou seres imaginários que ansiosamente desejam por um mundo mais igualitário para que ocorra o merecido descanso.

domingo, 28 de março de 2010

Um Novo Dia

É um novo dia.
Começo a enxugar o sol,
Ver o brilho das cores,
Senti o perfume do ar,
Perceber a dimensão do dia,
Palpitar o tremor por algo que não se decifra.
É um momento diferente
É o instante presente
É o embora ausente.
relojes web gratis

sexta-feira, 26 de março de 2010

AMANHECER ou ENTARDECER ? É NOITE.

Amanhecer ou Entardecer?
Será que o dia amanhece ou anoitece? Será que já e madrugada? A vontade do ser humano decidirá entre o possível ou impossível.
Ainda somos seguidores de São Tomé “ver para crer.” Ou temos medo de nos tornarmos Pilatos? A vida é definida tão simplesmente ou não sabemos conceituá-la? E a morte, por que tantos questionamentos, se não podemos dela escapar?
Em verdade, o grande perigo para o homem, um ser dito racional, é conviver com a sua própria consciência. É saber que nela nos refugiamos e não temos como escapar.
As liberdades, as amarras que prendem aos nossos braços e pernas, são simples diante das algemas arraigadas ao nosso eu interior. O drama existencial diante das nossas amarguras ou glórias fala alto em nossa alma.
Pergunto-me como amar ao próximo, não julgar, não condenar, perdoar, seguir aos ensinamentos do Cristo?
Só encontro uma resposta: Nascendo de novo espiritualmente.
“Elevaste-te acima deles; mas quanto mais alto sobes, tanto menor te vêm os olhos da inveja. E ninguém é tão odiado como o que voa.
Como quereríeis ser justo para comigo! — assim é que deves falar. — Eu elejo para mim a vossa injustiça, como lote que me está destinado.
Injustiça e baixeza são o que eles arrojam ao solitário; mas, meu irmão se quer ser uma estrela, nem por isso os hás de iluminar menos.” Assim falou Zaratustra
relojes web gratis

quinta-feira, 25 de março de 2010

Drogas e o Homem do Século XXI: A Droga Pode Atingir a Pessoa a que Tanto Amamos.

Caríssimos,

Após a enquete sobre temas a serem abordados, o maior percentual de solicitações foi para as drogas e o homem do século XXI. Eis o meu pensamento.

A dependência química não é uma causa dos males atuais da sociedade, mas um dos efeitos do caos em que vive esta mesma sociedade. Convivemos com a falta de identidade, o que tem conduzido o indivíduo a alienação e a angústia. Por outro lado, quando o ser humano recorre às drogas, vê diante da sua fragilidade, a possibilidade de encontrar a identidade perdida por meio da identificação grupal, vez que a neofilia é a patologia social momentânea.
Estamos diante de uma sociedade marcada pelo individualismo, pela exibição de roupas de marca, adereços do modismo, trabalhos que resultem em salários proporcionais ao exibicionismo da falta de valores, a falta de amor ao próximo e a si mesmo. E nesse processo solitário e egocêntrico, desencadeiam-se situações de isolacionismo cada vez maiores.
As drogas estão presentes em várias culturas e cultos, entretanto a Lei nº11. 433, no Brasil, assim define:
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
Mas a diferença que existe hoje é a ênfase dada pela lei, diferenciando as drogas lícitas (cigarro, álcool, medicamentos), que pagam impostos, das ilícitas (maconha, cocaína, crack, ecstasy, entre outras). Do ponto de vista médico, porém, esta diferença não existe. E creio não existir mesmo: A DROGA É UMA DROGA.
Alguns afirmam que a internet é um canal para a dissolução das relações interpessoais, uma vez que a distância física, o contato, o calor humano, impossibilitam e distancia cada vez mais aos indivíduos, resultando em os chamados “amigos virtuais” (o que nesse momento ocorre). Entretanto, essa ferramenta gera - por outro lado - um contato “íntimo” com o caro leitor, e em verdade, aqueles que se sentem distanciados da realidade, vivem um processo a que chamaria de alienação.
Ora, se o indivíduo recorre ao desestímulo incoerente, pode conduzir a toda e qualquer ilicitude, pois a mente vazia é perigosa e traiçoeira. O grande medo que se esconde por trás de uma tela, e ao mesmo tempo o que fascina, é o grande mistério. O que faz um ser perder horas e horas do seu tempo na frente de uma tela? O homem que se encontra no submundo certamente convive com a desesperança, se sente negado, injustiçado; ele esta adoecido em corpo e alma.
As drogas tornam-se –tenho certeza- um escape para a sua insignificância naquele momento. É preciso determinação, altruísmo, respeito aos que busca ajudar á aquele ser em flagelo, para tornar-se um novo ser vivo.
Recorrer a qualquer que seja a droga, mesmo por uma vez, é abrir-se a desgraça e levar consigo os que tanto amam.
Acredito que a escola quer pública ou particular, deveriam oferecer aos pais um encontro mensal para falar sobre o assunto, que ainda se encontra escondido entre as farpas podres de um mundo hipócrita; e auxiliar aos jovens, através de alertas diário, sem temer falar e tirar as dúvidas que por ventura vierem a ser questionadas. Infelizmente, muitos são os que evitam ou nem sequer tocam no assunto, preferem dizer que se não falamos o outro não desperta. Mas e o que é o despertar se não uma abertura direta para várias interrogações que buscam solução?
Hoje, as crianças estão expostas desde a mais tenra infância, e necessitam aprender a pensar criticamente através de programas com informações preventivas, debates esclarecedores, desenvolvendo o senso crítico, e a certeza de que as escolhas fazem parte do seu processo de vida.
O diálogo deve ser entendido como coadjuvante de um cenário em que pais e educadores sejam capazes de exterminar a essa chaga.
O amor como presença ativa, real também conseguirá ampliar aos horizontes de um ser que doente precisa se sentir querido, e que já nem consegue pensar no desespero da sua mãe que procura explicações para o filho que atenta contra a vida.
Tal qual o suicida que não encontra perspectivas em sua existência, e segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, expoente do positivismo, “se matar é uma decisão movida essencialmente por motivos sociais – como a falta de vínculos fortes com a sociedade ou, ao contrário, uma integração tão completa do indivíduo com seu entorno que ele é capaz de se sacrificar pelo bem comum.” Ora, é preciso cultivar uma cultura de vida em harmonia. Vamos ficar em alerta!
É preciso fazer com que toquem os tambores e todos a uma só voz gritem:
VAMOS VIVER E AGRADECER PELO DOM DA VIDA.

terça-feira, 23 de março de 2010

Companheiro

Meu herói e feliz companheiro
Onde esta o lábaro azul?
Se encontra detento nas guerras?
Vivera em noites mortas, sem doçura?
Ou terá desenhos infantis?
Haverá no céu um universo,
Manchado de azul anil?
Ou terão estrelas amareladas,
Simbolizando esse velho barril?
Não. Tem o verde da esperança,
Pelos filhos que pariu.
"Pátria amada, idolatrada,
Salve!" Salvem esse meu Brasil.

segunda-feira, 22 de março de 2010

É preciso aceitar a vida com as suas imperfeições e indelicadezas, mas acima de tudo saber reconhecer que estamos á mercê de situações inusitadas.

O que observamos no mundo atualmente faz parte de estatísticas assustadoras de desamor. Mas por onde anda a valorização e dignidade humana? Mas do que certo é nos encontrarmos com o concorrente do que o cúmplice. Acabou o tempo da cumplicidade. Quer seja no amor quer seja no crime. O que vemos são desafetos, e concorrência desleal; um a querer sobrepujar ao outro, querer demonstrar que é o melhor ou tem medo de deixar escapar a palavra delicadeza.
Ser delicado hoje é fazer parte de um grupo discriminado, é ser visto como alguém que foge aos padrões preestabelecidos por uma sociedade dita como em santa castidade. E porque não dizer, é assumir publicamente o preconceito de forma colorida para disfarçar a dor que tange a sua alma.
Estamos vivendo aos horrores e precisamos do arco-íris para redesenhar a tais imagens. Não queremos crer que se recriamos as histórias infantis com personagens adultos, e estes se mistificam, mas não se identificam com o original.
A não identidade provém do medo na elaboração da cópia, até porque uma imagem mal refletida poderá ser transformada no que os olhos quiserem – e como são traidores os nossos olhos.
Acreditar em heróis e vilões já não é suficiente para o homem atual; é preciso mais, muito mais. Quem sabe estejamos a todo o momento criando um signo para o sobrenatural por temer que esse seja superior a nós?
Por hora os ETS surgem como monstros disformes a contemplar o universo de forma evasiva e sem chance de demonstrar a supremacia. Porém, até quando estaremos a nos enganar? Até quando vamos olhar na telinha o modelo rebuscado, e espiaremos como espectadores? E se tudo se tornar diferente: de senhores voltarmos a ser vassalos (se não é o que somos?).
Basta um instante de contemplação e o universo nos respondera.

domingo, 21 de março de 2010

VOCÊ

Ás vezes eu saio na rua
E penso em você.
Entro nos magazines
E compro você.
Vou aos bares da cidade
E bebo você.
Discuto assuntos anárquicos
E defendo você.
Faço loucuras impossíveis
Para homenagear você.
...........................
Daí nos encontramos:
E nada mais resta de você.

sábado, 20 de março de 2010

EM MEMÓRIA (Ao Meu Pai).

Hoje, para mim, a data é significativa, a lembrança é marcante porque numa terça-feira quase ás 21.00 horas, o meu pai seguia para uma nova dimensão. Com certeza, outros têm o privilégio de ouvi-lo e vê-lo... O Criador jamais deixaria esquecido o espírito de um homem que nessa etapa pela terra tanto marcou com a sua presença.
Sim, ele seguiu. E não adianta querer pensar que o tempo se incumbira do esquecimento, pois ele continua vivo, presente. Ele é presença. Deixou biologicamente cinco filhos-felizardos,- somos - por tê-lo como pai.
A sua ausência física denunciou o afastamento, as dores, as mágoas, a falta de coragem para a superação. Quem sabe ficamos reféns das suas ordens e não soubemos cumpri-las?
Faço a minha parte, mantenho-me de olhos abertos e escutando como uma águia, jamais serei galinha. Não deixarei que em minha alma esteja inserida a maldade, a falta de amor, a necessidade de ser o que não sou, porque sou apenas uma águia rsss jamais serei galinha.
Os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência. Grande é a tarefa que lhes está reservada, no que tange aos deveres da educação dos Espíritos que lhes são confiados na qualidade de filhos da carne.
EM MEMÓRIA (Ao Meu Pai).

Ainda recordo quando menina,
Das chineladas, dos puxões de orelha.
Ah! E o tempo passando,
E hoje sofro tanto.
Como é difícil PAI ficar sem você,
Como é triste , como é triste.
Como é vaga essa serenidade sem os seus carões.
Se uma centelha de luz existisse
Embarcaria no tempo a sua procura.
Ao lhe encontrar, quão feliz ficaria.
Lembro, meu velho querido,
Daquela mesa no fundo do bar (...”naquela mesa tá faltando ele...”)
Do carnaval em que você foi o pierrô
E eu, a sua linda bailarina.
O dia em que esperamos o galo cantar.
O café á beira da estrada,
E até, a fruta roubada.
Seu contentamento, suas tristezas,
Seu olhar lascivo e brejeiro,
Minha vida e a sua vida,
Os nossos momentos de reflexão.
Você é o meu grande herói,
É o meu fiel companheiro
E eternamente estarás gravado:
MEU PAI.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quase que sem querer.

Viajando pela vida, ás vezes sem querer, ferimos corações que não tem nada a ver com a nossa desenfreada corrida, na incansável procura pela alegria, pelo prazer, ou mera e simples emoção.
É nesse desejo louco que tentamos satisfazer ao nosso ego. Pisamos mas não enxergamos, e se enxergamos, deixamos de ver.
Não aceitamos que olhares curiosos, furtivos, depravados, sejam mentores da nossa existência. Somos os nossos algozes, e por essa razão teimamos em desconhecer aquilo o que é tão fácil de ser detectado por outros. E, entre as vidas vividas encontra-se a nossa vida, na certeza de que um dia deixará de ser maldita.
Esperamos a lua crescente diante do mundo indecente porque a lua nova haverá de chegar. Em verdade, queremos viver, amar, idealizar, compartilhar, cantarolar. Sonhar é um nosso direito, e não se faz necessário justificar.
Mas se o barco da vida nesse destino incerto, onde a cada dia fragiliza a um ser, sentir a luxúria de amores incontidos, precisará do refrigério do corpo para que possamos nos aquecer.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Ser Humano do Século XXI.

Domingo. Família em volta da mesa que exibe fartamente iguarias. Á cabeceira o querido pai, comandante maior daquela nau; sempre ao seu lado, ajudando e conduzindo com palavras dóceis e valorosas, a figura materna. Não, isso não é conto de fadas, já aconteceu para a felicidade das gerações de outrora.
Hoje a família diluiu-se, e o que vemos é a disputa acirrada devido à falta de cumplicidade entre pais e filhos, avós, tios, e demais membros.
A mola propulsora do mundo avançou de tal forma que deixou pelo caminho, as mais simples e nobres engrenagens. Daí resultou em filhos sendo criados pelo tempo, responsabilidades transferidas para terceiros, a fé invocada para servir de marketing favorável aos bolsos dos que se dizem pregadores.
Os velhos radinhos, as vitrolas, tornaram-se engenhocas; os bilhetes e as cartas cederam os seus lugares a e mails frios ou obscenos. A comunicação tornou-se praticamente grotesca. E, por o tempo correr aos tropeços, o século XXI está deformado. Já não cabem curativos, remendos.
A miséria humana tornou-se motivo de sorrisos, o desdentado deixa a boca escancarada e já nem espera a morte chegar. A audiência esta diante de nós para aqueles que promoverem através da sua desgraça o sustento de outros “xá na na/ xá na na”; e se surge um alguém desafiador de tais valores é decapitado, é visto como louco ou imbecil.
Necessita-se de reality show - é assim que escreve? É preciso saber inglês – influenciando principalmente aos jovens a expor facilmente a sua intimidade, a essência da sua alma. Por que essa lavagem cerebral? Por que e para que?
Basta de tanta crueldade. A comunicação pode e deve reerguer ao ser humano, e é mister que esse retome ao palco apresentando o verdadeiro show da vida.

quarta-feira, 17 de março de 2010

MENTENCAPTO

A ascendência do gládio na justiça
A arritmia de um glutão em justaposição
O malicioso manperreiro obsidional
Joga-me em odes de luxação.
Ao murmúrio das muquiranas
Nas muralhas em que murrídeos multiformes
Destroem meu mutilado coração.
Em meus ombros pesam omalgias
Daqueles que carregam olhirridentes
Sentenças radiométricas e brilhantes
Desumanizadas pelo desgaste vicioso
Do meu panteísmo paradisíaco
Em possantes hurros ao salafario
Que um dia roubou a minha paz.
Noutro dia roubou o meu mundo, os meus dias.
Que a salacidade da titela mesclada
Do mentencapto sistema vegetal
Em duas almas estejam unidas num só corpo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Sedução



Quero me aquecer em seu peito,
Depois sem saber direito
...Poder me afagar.
Fazer de você o meu ninho
Poder sussurrar baixinho:
Tudo o que quero é poder lhe amar.
Fazer da sua vida a minha vida
Do seu colo o meu esplendor.
Poder envolver em meu silêncio
As mais doces loucuras de amor.
Mas é noite e a cidade dorme.
Acordada só penso em você
Em meus pensamentos e sonhos
A sua imagem envolve ao meu ser.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Minha Bandeira


Gostaria de erguer a bandeira branca da paz
Mas para meu espanto,
Não sei o que seja paz.
Então, erguerei a bandeira rubra da guerra,
E pensarei como fazer a guerra.
Mas preciso...desesperadamente preciso
De uma causa, de um motivo.
De uma bandeira...ou qualquer coisa.
Daí, decidirei:
Untar o branco da paz com o rubro da guerra
Com o negro doa tempos,
E farei a minha bandeira
- nada sóbria, aliás -
Homenagearei aos vivos e aos mortos
Como símbolo do meu tempo;
Hastearei a minha linda bandeira
... estonteante...colorida
A minha bandeira F E S T I V I D A D E: CAOS e FOME.

domingo, 14 de março de 2010

Envelhecer com Dignidade: Projeto "Espicha Verão" Salvador/Bahia



Pergunto-me constantemente ate quando nós, seres humanos, poderemos nos identificar como espécie oriunda de um Ser Superior.
Observo insistentemente que o passar do tempo em nosso Brasil não significa respeito, dignidade; aliás, desde o nascimento, e a cada dia que passa, mais e mais são as criaturas jogadas como lixo humano.
Somos descartáveis, insignificantes, ou nos enganamos por trás de uma cortina nojenta chamada sociedade?
O passar dos tempos no reino dos irracionais demonstra respeito, culto ao mais velho como forma de aprendizado. Entretanto, os depósitos onde são jogados aqueles que não conseguiram o chamado patrimônio financeiro, é o reduto inevitável.
Mas, como “enriquecer” e tão ridiculamente ouvir colher os frutos do que plantou, se ate para os que conseguiram concluir o curso superior é desafiador? Os cursos e concurseiros lotam as salas e ali vivenciam utopias ao se imaginarem estabilizados (mal sabem que no “funil” poucos são os sobreviventes). E para se tornar gari, é preciso ter o curso médio – sim, isso mesmo. O curso que conduz a universidade. Parece ate piada, mas é verdade. Triste realidade!
O comércio ambulante se espalha pelas metrópoles e até pelo interior como uma praga, cujo inseticida é a guerra da caça de “gato e rato”: de um lado, fiscais em busca de fazer valer o que lhe disseram ser autoridade – apreender as mercadorias daqueles que conseguiram com muita luta adquirir o mínimo para tentar a sobrevivência; do outro, homens, mulheres e crianças de todas as idades e as chamadas classes sociais, buscando reerguer-se.
Para completar a esse triste quadro, a Bahia cria o projeto “Espicha Verão” dizendo ter como objetivo revitalizar o bairro da Barra, que já esta tão machucada com a depredação que ali se instalou, e ainda valorizar cantores da nossa baianidade (mas e onde estão esses cantores?).
O que se vê verdadeiramente são palcos mirabolantes montados na tentativa de esconder o desemprego, a miséria, a fome, as dores do nosso povo. Encontramos demarcação de áreas consideradas exclusiva de alguns; locais que poderiam se tornar em espaços higienizados com água potável e sanitários para os vendedores sendo privatizados, grupos folclóricos lutando para mostrar a reminiscência do nosso povo, que também era embalada por um grupo alegre e colorido de cantadores que conduziam a massa ao som de violas simples como a vida de um povo que envelhece e procura a tal dignidade.

sábado, 13 de março de 2010

INSANIDADE

Me cuide, me use, me lambuze,
Me faça sentir sempre
Que quero ser melhor.
Deixe que eu acredite em sonhos
Me desperte dos pesadelos,
Por não me sentir aquela mulher.
Deixe que possa te guiar
Sentir o peito arrebentar de uma só vez.
Crer que o coração arrebenta e sangra fremente
Pela adolescência desse tolo prazer.
Mas não permita - nunca - que eu sinta
A insaciável leveza do teu ser.

sexta-feira, 12 de março de 2010

H O M E M



Um homem não é feito de pedaços
De instantes
De momentos.
O homem é um todo
- mesmo que seja rude,que seja tosco -
Necessário não ser repente
Ou serpente.
Mas que seja homem, seja gente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

QUERO.

Se você não me quiser agora,
Sofrendo,amando,sorrindo.
Se você não me aceitar,
Vivendo, amando, partindo.
Eu vou partir para bem longe
Tão longe que não possa me encontrar.
Eu quero me perder em mim mesma
E nunca mais me encontrar.
Eu quero ser a ave que passa
No espaço fulgurante do infinito
Eu quero ser o vôo livre
Eu quero a paz
Eu quero o grito.
Quero ser como o balão azul
Que se confunde com o céu anil
Quero ser o uirapuru perdido
Nas matas desse meu Brasil.
Quero ter a imensidão dos ares
Quero sair de bar em bar
Quero ter liberdade infinita
Para me erguer e poder voar.
Quero ter a doçura profunda
Dos olhos de uma criança
Quero ter a plenitude, plena
Quero ser o verde da esperança.
Quero renascer, nascer de novo
Quero esta no turbilhão da vida
Vivendo, sentindo,
Acertando, errando.
Quero esta exposta por inteiro
Quero me adoçar para o meu gosto,
Eu quero explodir em gozo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Fabiano, sinha Vitória, o menino mais velho e o menino mais novo. E Graciliano?

O nordestino ainda é um forte? Por onde anda Fabiano e a força de um homem capaz de tanger a seca com a sua dor e a sua garra? E a sinha Vitória que Graciliano retratou diante da rudeza e dos seus sonhos, mas sempre a companheira e fiel escudeira?
Menino mais velho e menino mais novo. Esses sim sobreviveram diante das mazelas que a vida oferece, pois continuam sem rumo e sem nome.
É mister acordar a essas crianças e lhes oferecer vida. Mostrar que somos um povo capaz de vencer a qualquer obstáculo. Temos a esperança como lema. Não precisamos e nem dependemos da força inegável da "cachorra Baleia" para suprir a nossa fome. Devemos despertar o orgulho de ser brasileiro, uma raça que nasceu para lutar e procriar filhos amados, e não delinquentes e delinquidos, que teimam em sobreviver como guerreiros fortes. Por onde estão os nossos jovens que sabem representar tão bem a essa Nação?
Chega de drogas, de violências, de fomes.
Não somos néscios, e sabemos que as catástrofes que insurgem no mundo são partículas soltas desse emaranhado que se tornou o nosso planeta.
Acorda Fabiano! Levanta sinha Vitória. O mestre Graciliano proclamou, e precisamos resgatar as nossas famílias.

terça-feira, 9 de março de 2010

ESTUDANTE



O que é ser estudante?
Um estado de espírito?
Uma angústia na alma?
Uma palpitação de prazer?
Um momento mágico em nossa vida?
Um dia que não termina?
Um tempo que logo passa?
.................................
Não sei. Só sei que
Me sinto menina travessa
Alegre e feliz,saudosa e presente,
Pensativa e temente.
Cada dia que vejo
- em minhas crianças -
A criança que vive em mim.
..................................
Aí sim.
Sei que tudo é tão real
Tudo é tão igual.
São valores estéticos, literários,
Emocionais e pessoais,
São momentos que ficam
- e tenho a certeza -
Não devem acabar jamais.

* Esse texto é dedicado aos alunos que passam por minha vida, e tenho a certeza de deixam marcas na minha existência.

Conversando sobre o amar



Talvez amar seja tão simples, tão fácil e natural, que ninguém aceita aprender.
Tenho percebido muitos amores por aí. Amores grandes (descomunais), sinceros (e verdadeiros), mas se esbarram na simples dificuldade de se tornarem bonitos e companheiros. Daí cobram, exigem, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que o que oferecem.
Na verdade, amar é não deixar de se sentir amado, é conceder o direito de errar e pedir perdão, é aperceber-se de que a razão - maldita razão - quase sempre aparece em hora errada. Amar é também saber a hora de ter razão.
Para amar, não precisa de teorias, ou teses sobre o que é certo ou errado. Basta ser criança no instante em que não souber como se explicar; é jogar as estratégias e atitudes eficazes sem que seja sábio ou sabido. Jamais temer o "não vai dá certo porque sofrerei depois", afinal tentar e fracassar é no mínimo, aprender. Não tentar é sofrer a perda inestimável do que poderia ter acontecido.
O primeiro passo para amar, creio, é se amar o suficiente para ser capaz de gostar do amor, e só então poder começar a pensar em fazer o outro feliz.

segunda-feira, 8 de março de 2010

08 de março.....meu aniversário



Mulher, mãe - mãe, mulher.
Um binômio que acompanha a alguns seres do sexo feminino, quer sejam racionais ou não.
Tornar bipolar a essa palavra, realmente significa dizer, que não só a maternidade faz da mulher, mãe. Muitas ultrapassam a tais limites e, geram através da alma e do sentimento o verdadeiro amor; essas mulheres conseguem demonstrar através dos atos e palavras que o gerar não se resume a procriar, porém legar a espécie o verdadeiro dom da vida.
Tal qual Maria, a mãe do Homem que se fêz Carne, ofereceu a si e a todos nós o verdadeiro amor: o Amor de Mãe.
Portanto, obrigada Jesus por ter me oferecido a graça de ser mãe. Sim, obrigada por me responsabilizar como Educanda ( e a tantas gerações tenho acolhido), obrigada pelos filhos que me destes, obrigada oh! Pai porque nesta data me envistes ao mundo. Que eu possa esta vigilante aos que me cercam oferecendo - lhes o amor que transborda em mim, que eu consiga ultrapassar a sentimentos tão fugazes que se acercam da minha alma, que consiga transmitir a cada dia que aqui estiver a Tua grandeza pois através dela todos nós seremos uma pequenina luz.
* Um beijo para todos os que estiverem inseridos no binômio mãe, mulher.

sábado, 6 de março de 2010

Esse bicho chamado homem.

A sociedade envolta em devaneios, procura incensantemente um caminho a percorrer, onde possa encontrar um sentido concreto para a organização da sua própria espécie. Mas, para onde ou por onde começar?
Sabe-se que a luta das classes criou uma disputa acirrada, provocando o desrespeito a si e ao seu semelhante. Acredita-se até, que de alguma forma provocou o desenvolvimento da humanidade, uma vez que é através da busca que os grupos se desenvolvem. Assim, busca-se por intermédio do planejamento e da educação, contribuir com novas idéias, pesquisas e avanços tecnológicos, na esperança da célula mater que é o ideal.
As descobertas mirabolantes e as utopias fazem parte desse misterioso trabalho da mente humana, que em verdade, tenta encontrar explicação para esse ser embrionário que é o homem.
Desembarcar no século XXI envolto em truculências, guerras, drogas e arbitrariedades é retroceder na evolução. Mas, não podemos negar que esse processo permite mudanças e questionamentos, os quais nos conduziem a indagações cada vez mais audaciosas para a nossa mente.

Descobertas,encobertas.

O homem é o alvo e tem o poder da transformação pois é capaz de sonhar e refletir. E, entre os girassóis, podera refletir da sua áurea translúcida, vertentes de amor.
A poesia é pedra bruta, e como tal lapida-se e transforma-se.
Faz das palavras a ambivalência...recria. E a palavra corta, espatifa, consolida, tem a magnitude de poder. Muitas vezes não é pronunciada, mas o silêncio ou o olhar vão transformar em temidas verdades.
Entre o bebado e o equilibrista temos a certeza de que se identificam. O primeiro, na tentativa do equilíbrio; o segundo, ainda trôpego pensa equilibrar-se, tenta ver no universo o arco iris onde cada nuance impõe a sua beleza. É fundamental saber decifrar.
As descobertas estão encobertas em nossos olhos que teimam em não observar ao clamores do cotidianos. Efêmera e solitária, a vida solidifica as vicissitudes do homem moderno que sorri da sua própria dor para encobrir o temivel medo do isolacionismo.
Todavia é preciso amar, é preciso cuidar, é preciso conviver.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Em Constante Busca


Procuro por um amor perdido
Amor que nunca tenha sido encontrado.
Quando encontrado não se sinta arrependido
E que não tenha medo de se sentir amado.
Que quando o amor seguir em busca de outros caminhos
Perceba a vida renascer em forma de flor
E faça dessa flor um caminho
Para redistribuir em um novo amor.


A Vida das Palavras

A palavra é forte, é sensível, é frágil....é dura, é realista, podera indicar o temor do desconhecido pois materializa-se na expressão de um som, indicando algo que podera ou não, ser definitivo. Em verdade, o tempo não determina o espaço, uma vez que as palavras ao serem pronunciadas, jamais serão esquecidas. Elas conseguem marcar, deixar vestígios que eternamente farão reflexos.
As palavras não exigem o saber do mundo. O ignorante tal qual o sábio pode cumpri-la; e é através delas que descobrimos as causas e consequências das imperfeições do coração humano.
O mal emprego consiste em servir a satisfação pessoal, entretanto torna-se favorável, quando resulta em um ato benévolo. O homem é conhecido pelas palavras que produz.
Nos textos criamos intertextos cada vez mais diversificados. E tal é a ambiguidade na linguagem que os políticos provam o dito pelo não dito.
Tal qual os sentidos, nos envolve e nos conduz a um universo fictício. Ao balbuciarmos as primeiras palavras, os nossos pais se encantam, e desfrutam como se todas as línguas ali estivessem presentes a festejar.
É comum dizermos que alguém "explodiu" de raiva ou que se "desmanchou" em prantos ...mas será que as palavras têm vida ou será que vivemos através delas?
Quando ditas por alguém que não merece credibilidade parecem denunciar ao impostor. É como se denunciassem a sua vítima.
Jesus Cristo talvez tenha sido o maior orador de todos os tempos. Em suas pregações reunia a multidões que se tornarão fiéis. Hitler magnetizava através das palavras e adoecia as mentes dos homens.
As palavras podem ser letras frias de um processo qualquer, ou repousarem mortas nos arquivos esquecidas pelo tempo, podem ajudar a crer no amanhã ou conduzir um desesperado a terminar com a sua vida. Mas podemos crer que as palavras estão vivas, porque ferem a alma tal qual a navalha, faz sonhos tornarem-se em ilusão. Todavia, basta querer, basta sinalizar, basta falar, e o universo nos encanta com o amanhecer...e é preciso despertar.
Seria o silêncio a ausência das palavras? O silêncio é o calvário, é o último repouso de uma vida onde se lê em seu epitáfio:
AQUI JAZ A VIDA PORQUE A MORTE NUNCA SE PRONUNCIOU ATRAVÉS DAS PALAVRAS.

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...