quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As Nossas Escolhas

                                                                         
Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana, e todos nós podemos e devemos tomar conhecimento deles.
 Muito das causas que afligem a humanidade está na negação destes valores, como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e, consequentemente, do social. Honestidade, verdade, justiça, ética, disciplina, integridade, paz e amor são fatores diferenciais na vida do homem.
Devemos juntos, educadores, pais e responsáveis, ter atitudes que denotem valores diante das nossas crianças, pois uma das missões que devemos cumprir é colaborarmos para a formação humana integra. É preciso que estimulemos aos valores. 
Por outro lado existem aqueles que culpam o stress do cotidiano, a má influência da mídia, as más companhias, as drogas, a pobreza, a imoralidade, como males capazes de conduzir a situações nefastas. Mas, e o livre arbítrio?
Por sermos criaturas racionais, nos é dado o direito da escolha, de fazer descobertas, do aceitar ou não, de buscar soluções para os nossos problemas, os quais fazem parte do cotidiano. Em sendo assim nos cabe a decisão das nossas escolhas, e diariamente somos que “testados” diante do renascer. E durante a vida os desafios surgem para que tenhamos a coragem das decisões, muitas por meio de atalhos, que apenas serão capazes de prolongar a nossa caminhada.  É verdade que vivenciaremos o aprendizado nesse percurso, entretanto é irrefutável lembrar-se das perdas e decepções. Seria realmente necessário trilhar tal percurso?
As barreiras não são intransponíveis, pois somos dotados do intelecto. Resta- nos a cada momento da nossa vida permear com serenidade as nossas escolhas.





segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um Corpo sem Vida



Vi um corpo inerte. No chão.
Pensei...Quem sabe é ilusão.
Mas havia morrido "do coração".
O povo passava e olhava.
Sorriam!
Ele não lhes chamava "a atenção".
De repente um olhar curioso
Muito riso pouco choro.
Disseram;
"- É pegadinha do Faustão".
E o corpo inerte no chão.
Em seus lábios um filete de sangue
Em sua pele uma forte palidez
Em sua musculatura, a chegada da rigidez.
Não me contive, e orei.
Então pensei...
Encarar a morte no caminho
Como se fosse um passarinho
Sem direito de lutar
Chegou e partiu sozinho
Não precisou de padrinho
Somente o chão para te velar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Urubus


Majestosos
Tão imponentes quanto repugnantes
Ambíguos
Elegante a plainar
Voo perfeito.
Dispersos a vagar
Trôpegos e bêbados.
Observo- lhes.
Agourentos e preguiçosos
Não vão a caça
Esperam...inertes.
Sempre em bandos
Silenciosos.
Conto:
São vários.
O fedor denuncia
Não o que exala antes
Mas o que se respira.
Urubus na vida
Homens! Urubus.

domingo, 19 de setembro de 2010

Herança


Não se preocupe com a minha tristeza
Ela não faz mal a ninguém.
Nasci com ela correndo no sangue
Brilhando nos lábios
Bailando no olhar.
É uma tristeza ancestral
Do seu amor sou herdeira.
Se não fosse eu, triste
Eu não seria eu.
Mas faz parte de mim
Tal qual o meu coração
E esta em meu peito.
É tristeza de sangue indígena
Presa, sufocada, prostituída
Cansada, cassada, sentida
Alfabetizada, enjaulada, suicida.
 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ou é ou não é!



Ou existe explicação ou é loucura
Ou é desorganização ou é grande a mistura
Ou é confusão ou falta a compostura
Ou é pura emoção ou é uma doçura
Ou doi no coração ou amarga a criatura
Ou é a solidão ou é a sepultura
Ou vai no caminhão ou entra na rua escura
Ou aperta a situação ou vive na secura
Ou sorri da  sofreguidão ou resolve a travessura
Ou ama de montão ou anda na linha dura
Ou recebe a comunhão ou ..................

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Frente a frente


Diante de um 
mausoléu
Me sinto quase perdida
Coberta por fino véu
Nos degraus da certa descida.
Diante daquela igreja
Me sinto meio vazia
Parece que me apedrejam 
Ou me elegem Maria.
Diante desse mundo
A vida me arrepia
As vestes estão imundas
Há o receio do dia a dia.

Avante, País!



Eu queria ter um país
Onde todos plantassem
Onde todos colhessem
Com direitos iguais
Sem classes sociais.
Sendo o governo honesto
Crianças sorrindo
Cachorros latindo
Saudações para a paz!
Avante ao ensino público
A alimentação, a gratidão
Abaixo a dívida externa e interna
A opressão e a corrupção.
Proteção ao menor e abandonado
Defesa a soberania nacional
Moralização para a constitucional.


SEX - CARNAL


Comprei um chateu du valier
Tinto como o nosso sangue
...para festejar
E junto a você beber.
Duas velas vermelhas e um castiçal
...comemorar como nunca houve igual.
A lingerie era preta
Sensual, carnal.
P gosto do pecado
O desejo de ser amada
Na entrega, o entregar.
Para ativar a memória
Um cartão sem poesia
Lembrando a minha autoria.
Depois, gritar bem alto
Rasgando ao peito e num abraço
Em seus braços, me encontrar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Opus Copus



No céu tem mais estrelas
No ar somente sombras
Ao longe uma luz vermelha
Em minha vida, apenas lembranças.
E o vento soprando forte
A brisa lambendo o meu rosto
A lembrança vem e persegue
Açoitando todo o meu corpo.
Afogo-me num opus copus
Na magia do anoitecer
Ouço músicas, batem sinos
Pingos de chuva molham você.
E o orvalho da noite chega
O vento insiste lembrar
A luz se apaga cedinho
O escuro se faz marcar

Em Busca.



Idéias, pensamentos em papel
Rabiscar a própria vida
Elevar-se ao sumo da essência
Chegar ao ápice do coração.
Expor o ego
Pedir perdão.
E, no mais alto da plenitude
Catar palavras, buscar a alguém
Um ser mortal ou imortal
Alguém de atitude
Um cavaleiro andante
Ambulante
Um joão ninguém.

Um Ser: POETA



Um poeta não é um fingidor
É um louco, um tonto,
É um santo.
Vive de devaneios, vive de sonhos
Um poeta não é um fingidor.
Ele suspira pela estrela - quase opaca
Sem brilho aos olhos - de muitos
Prá ele, é tudo - ou nada.
É infeliz e feliz - por sua sensibilidade
Grita ao mundo - por amor a liberdade
Rasga ao peito - por sentir saudade
Ama profundamente - aos seus amores
Por mulheres - explode em dissabores...
Mas seu coração soluça por amor
Um poeta não é um fingidor.
Vê a fome, o abandono, a seca
A chuva, o luar, o vento forte
Encara de frente a face da morte
Tenta ser um sonhador.
Um poeta não é um fingidor.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Brasil, terra adorada!


Nesse universo em que vivemos já não mais é permitido viver do faz de conta. Entretanto, ainda assim, observa-se em muito maior escala o apresentado a o apresentar-se (falta figurino!).
A hipocrisia e a necessidade de sobreviver tornam-se a cada dia mais e mais presentes, deixando os seres humanos vulneráveis ao que poderíamos chamar de caráter. É triste, mas é real.
Somos envolvidos por uma nuvem não passageira de passageiros agonizantes da falta de valores, da ética, e todo ou qualquer atributo que possa engrandecer a alma humana. Estamos na lama!
É corrupção para todos os lados. Sequer sabemos ao que ou a quem apontar; percebemos que estamos sendo triturados por situações escabrosas, onde todas as drogas nos invadem como se quisessem perfurar a nossa alma. E dói!
Nessa vivência, é real compreender que a maioria sucumbe ou se deixa manchar por tudo o que teve um dia como princípio em sua vida. E tudo começa com a falta de ética em família, organismo social que deve ou deveria se unir e reagir contra todo aquele que buscasse desconstruí-la, ou usar de sabotagem. É preciso que tenhamos coragem para fazer a diferença.
Dentre todas as buscas, nada nos deixa mais e mais intrigado do que a existência humana, o conhecimento real sobre quem somos de onde viemos e para onde vamos. Na atualidade, muitas são as ciências que tentam desvendar a tal mistério, entretanto, por mais abalizada que seja a pesquisa sobre o assunto, continua em muitos a interrogação.
Em verdade, se essa busca atinge ao nosso ego, algo misteriosamente impede de que aceitemos a nossa inferior igualdade enquanto mortais que somos. É difícil admitir que o homem retorne aos seus primeiros momentos de homem primitivo, uma subespécie do Homo sapiens, ou seja, uma segunda raça dos humanos.
A extinção desses tipos não esta esclarecida, e persistem várias hipóteses; daí me questiono, se estando no século XXI não teríamos muitas dessas espécies espalhadas e infiltradas pelo planeta, e em sua ignorância, - ou não - conduzindo aos semelhantes em atos de selvageria. Não é possível crer que ao decorrer dos tempos estejamos “guerreando” contra o nosso semelhante, definindo como valores a desgraça humana, a falta de amor e respeito, a dignidade e a ética.
É mister que façamos novos caminhos, que não fechemos aos olhos para ignorar um passado recente de todo e qualquer ser que invada a maior das nossas privacidades – o nosso pensamento – com palavras redesenhadas em nosso vocabulário, que deixaram feridas abertas em muitos corações, que se servem da mídia para sobrepujar aos menos esclarecidos.
Cada um tem e faz a sua história. Impossível apagar aquilo que manchou profundamente ao passado. Por essa razão, em tempos de decidir ao futuro dos nossos filhos, e das próximas gerações, é preciso lembrar que não mais podemos ficar “deitados eternamente em berço esplêndido!”. Precisamos gritar: “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge á luta, nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada”. 



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aqui



Converse comigo
Não me deixe chorar
Enxergue as minhas malícias
Faça-me compreender o que sinto
Desfaça os nós do meu eu
Despedace aquilo que sinto
Envolva a esse corpo, tão meu
Aqueça a minh'alma da dor
Glorifique o espaço distinto
Emaranhado em meu tímido amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A Moral e a Ética


Confusa e meio atordoada, de repente senti que não tinha a resposta para a minha filha adolescente, sobre a diferença entre moral e ética.
  -  Sabe, a professora pediu que explicasse se há diferença e o que é moral, e ética em textos sobre o assunto, e com as nossas palavras.”
Arregalei os olhos, futuquei a cabeça, e pensei no Brasil que hoje vivemos; lembrei que há poucos dias dominava entusiasticamente o assunto política, eleições e a sociedade. Através das minhas palavras busquei cativar aos ouvintes da grandeza dessa gente brasileira. E até bati forte no peito com orgulho da Nação.
Para meu espanto – ou será que não?   - quando o último noticiário televisivo vai ao ar, surgem novas denúncias, novas corrupções, e até imagens truculentas que envolvem a pessoas que deveriam ser o exemplo de um bom cidadão.
    - Mas o que é moral e ética? “
Não posso deixar sem resposta a pergunta, e nem devo mentir, porque falcatruas não fazem parte do meu currículo. Aliás, observo ao olhar e a perplexidade da senadora Marina (presidenciável) que se encontra perplexa diante de um sórdido e emaranhado ninho que encobre a ausência da ética e da moral: UMA IMORALIDADE!
Fico a pensar o que realmente passeia nos pensamentos de uma mulher que conseguiu na sua humildade e grandeza o tão sonhado diploma de escolaridade; que defende ao meio ambiente e a sustentabilidade, que demonstra equilíbrio em suas palavras, conviver com os políticos para almejar o cargo máximo da política brasileira.
Ah! Já sei como responder. Moral e ética são palavras expulsas do dicionário, mas que insistem em assombrar a nossa democracia, aos nossos políticos e ao nosso povo. POVO?

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...