quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ ANO PARA REFLEXÕES!!!


Fico a me questionar como o natal passa tão rápido.
Será que o natal é só uma data? 
E por que mal a data extrai da nossa mente o papai noel, o foco se torna o ano novo?
E o que é ano novo?
Um estalar de fogos de artifício? 
Uma noite festiva?
Uma esperança?
Renovação? De que e do que?
Será que a resposta é difícil de ser encontrada?
E por que ainda existe o receio de louvar a Jesus?
Por que o agradecer é tão tímido?

FELIZ ANO DE REFLEXÕES !!!!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Final de Ano.


Mais um final de ano ou mudança de folhinha. Costumava a época ser de solidariedade, alegria e reflexão. Mas, hoje, o consumismo, o abandono a, a ausência de valores, o esquecer do Dono de Tudo, dos mistérios tão reais que são indecifráveis para nós humanos estão impulsionando as nossas vidas como se buscássemos avidamente uma maneira de escapar a solidão contemplada com outros.Pergunto-me insistentemente se o fim de ano é tão maravilhoso, se novas idéias e ideais são perfeitamente repensados, se estamos caminhando a longos passos para novas descobertas, se criamos e recriamos a tudo aquilo o que acreditamos ter o poder de renovar.
 E por que tantas pessoas se embriagam, pagam tão caro para se sentirem acompanhadas na chamada “hora da virada”, por que a nossa casa não é o beco maior para o nosso abrigo, e por que olhares tão perdidos em busca de algo que nem sabem o que é, por que é necessário ter um amado (a) para sentir que esta feliz, por que fingir uma pseudo-alegria, e por que ocorrem tantos suicídios e drogados nessa época? Fico horas e horas reflexionando.
De repente resolvo desistir de pensar, mas ouço a resposta surgir através da televisão: Retrospectiva... É isso! O refúgio esta na retrospectiva! Aliás, o ser humano espera o ano todo pela retrospectiva!
É como se naquele instante tudo o que ocorreu passasse diante dos nossos olhos, e num passe de mágica ficasse para trás. É como se quiséssemos mergulhar num passado não tão distante, e ali estivesse o sepulcro das nossas angústias, das nossas dores. E o pior disso tudo é que os momentos corroem as nossas almas, abalam aos nossos sentimentos. Por que tantas desgraças são relembradas?
 É impressionante que só no último instante surge a palavra PAZ!!!!!! E como as tragédias bateram record em 2010: foram inundações, filhos matando pais, o suplício das drogas invadindo aos lares, as diversas formas de preconceito, o abandono das crianças, dos idosos, dos adultos, de todos os seres.
 Ah! O natal. Vale lembrar que o rei Roberto esteve nas areias de Copacabana e ali mais uma vez mostrou que a simplicidade e o amor não ficaram esquecidos em seu coração.
Sim, Deus quer e eu quero. Reafirmarei que amo ser mãe, que sou avó e serei avó, uma vovozinha moderna que usa biquíni de lacinho, que gosta de correr nas areias das praias com os cabelos aos ventos, que ama dançar, cantar, quem sabe conhecer um grande amor ou tão somente namorar – e como é bom namorar! Que estou ansiosa com a chegada dos 15 anos em 2012 da minha filha (festejaremos ou viajamos?). E os meus irmãos, os sobrinhos, os parentes, as gerações? E os meus alunos como estarão, o que fazem, quantos completaram a escolaridade, e quantos morrerão? Os meus amigos quantas pedras tiveram que carregar?
Pois é, estou aqui firme e forte nessa batalha lutando a cada dia por um pedaço de chão, e por meu pedaço de pão.
Reclamo mas agradeço, pois sei que sou a obra do Criador, e como tal não posso e nem devo me atrever a desmanchar tamanha grandeza, porém multiplicar sementes de amor.



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um País Imaginário


Cenas do cotidiano de um país imaginário
Onde a polícia extorque e mata
Cidadãos acuados fogem e se escondem
E a juventude se diverte queimando os mendigos.
Governos sem precaução forjam precatórias
E o povo a tudo assiste
Com em um velório
E o mais triste: nada é ilusório!
Somos todos depositários: compulsórios.
Acreditamos na vida e na pátria
Sem a certeza do quanto Vale
Toda a riqueza que amealhamos.
Pergunto: Até quando?
Já não se fabricam heróis?
Que será de nós?
Cadê Tiradentes, Joana D!Arc e Iracema?
Aliás...essa não é heroína
- Ou será cocaina?
Bem que Cazuza dizia
"Nossos heróis morreram de overdose".
Então, inventemos outra hostória
Sem mais dilema, esqueçamos Diadema.
Sem tanta confusão, acabou a corrupção.
Quanto ao índio - aquele que foi queimado
Esqueçamos o passado e a história
Num país imagonário
Quem precisa de memória?


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Peso da Vida


Acordei. Tudo escuro
O nada ao meu redor
Sombras...
Levantei.
A madrugada é covarde
Deixa-me sombras e o relento
Sem pão e sem água
Só o peso, no coração.
Viver sem noção do tempo
Sem motivos para reclamar.

Deitei. O escuro se alastra
As sombras me atormentam
Sozinha e sem perdão.
Já não há raiva do mundo
Não existe o que culpar
E quem sou eu para reclamar?

Fecho os olhos.
As sombras invadem.
Tomam conta de mim
Lágrimas em meu rosto
Como chumbo mas só desgosto.

Cada dia a minha história.
Cada erro um sentido
Cada palco um paraíso
Cada canto um martírio.

Adormeci...não pensei em mais nada.
Quem sou eu para ter sonhos?
Que sou eu para ter pesadelos?
E que estranho peso desse ser...
Quem sou eu?

Temor

Sei que estou sozinha
Meu olhar esta distante
Minha vida 
Não tem sonhos
Sofro a cada dia
O teu abandono.

Vem Natal.


Vem.
Vem Natal.
Vem festivo como sempre
- para os outros.
Vem triste como sempre
- para mim.
Vem, vem.
Vem que eu garanto
Que lhe curtirei completamente
Que lhe esbanjarei
Olhando as vitrinas e as pessoas.
E desejarei paz em silêncio
- para cada um.
Vem!
Vem que eu chorarei também
O meu pranto contido
O meu pranto riso
O meu pranto triste
- triste como o natal.
Tão triste quanto eu.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Meu Menino Jesus
Que nascestes pobrezinho            
Eu quero neste natal
Pedir-te um favorzinho:

Quero que reine a paz
Nesse mundo tão cruel                                           
E ilumine a todos os homens
Com a doçura do mel.

A todas as crianças do mundo                        
Eu queria dar brinquedos
Para que nos seus olhinhos
Apagassem todos os medos.

Queria a chegada da paz
E acabassem as tristezas
E que todos os homens tivessem 
Um pão sobre  a mesa.

Feliz Natal !
Kathya

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escrava de Mim

Nossos corpos juntos
Você tão distante de mim
E beijo seus lábios frios
Mas não sinto o calor dos meus.

Juras amor para comigo
Sem uma palavra de afeto e desejo
Sabe que o silêncio é seu prazer.

Usas meu corpo
Pois sou o alimento
Sou o seu voraz apetite
E nada de nada dás.

Sou fraca quase não consigo
Libertar-me das garras,
Em desejos a me atacar

Põe limites ao seu veneno
Se que um dia vou sofrer
Com a liberdade do seu abandono
Em total silêncio por esse viver.

Aquilo que é meu.


Desenhamo-nos lentamente
Percorrendo aos nossos desejos
E escorre na pele
O que já não é segredo
E escapamos em desespero.

Desejo-te!
Arrepia a minha vontade 
De ter o agora e o todo
Bebo-te e bebe-me!
Oh! Sangue novo
Audácia e malícia
Sonhos loucos.

Cresce a ânsia 
De te desenhar 
De me desenhares 
Com o lápis de cera e brilho da lua. 
A boca é um palco 
Aonde vão dançando
O nosso sabor sem critério…
E o esboço do esboço.

Bailam em nós, ávidas e sedentas
Loucuras de um amor quase juvenil,
Enquanto nos tocamos, nos escondemos.
E em pó, em cumplicidade,
Celebramos um sonho varonil. 

À flor da pele, da minha pele
Semeias arrepios...
Deponho este frio 
Moldado, quente e envolvente
Amaciamos o silêncio em olhares
Translúcidos e transparentes
Ardentes a palpitar.

Recolhe-te em mim!
Vem passear-te
Sulca o trilho...
Percorre ao meu ser.
Mas deixa que eu use e abuse 
Que de todo me lambuze!
Cada pedaço daquilo que é meu. 


domingo, 12 de dezembro de 2010

A Gruta no coração da Gente


Eu  queria que este natal 
Fosse um Natal de sonhos verdadeiros
Um natal onde o  Cristo nascesse
Na gruta do coração da gente
Mudasse a nossa vida 
E transformasse o nosso caminho. 
Um natal em que as pessoas 
Abandonassem as armas e a exclusão
Abrissem os braços para o amor 
Embalassem o menino Deus ao ritmo da música da paz.
Um natal em que Jesus
Valesse mais que uma roupa nova,
Bem mais do que uma ceia farta ou  um presente.
Que Jesus  valesse a salvação!
 Eu queria um natal, natal!!!!!!!
Um natal transformação
Um natal mundo novo 
Um natal alegria verdadeira, festa de amor,
Uma celebração da vida para continuarmos 
No novo milênio plenos de DEUS
Na gruta do coração da gente.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Hora de Acordar

A paisagem cinzenta
A festa era de São João. 
Mas havia luzes no céu,
Tudo era enfeitado por estrelas brilhantes.
A noite era fria
A fogueira procurava agasalhar,
O licor decorava a cada rosto que insistia em dominá-lo.
Os olhos estavam ardentes e lacrimejantes
Não perdiam o brilho daquele momento mágico.
Tudo era luz.
Refletia-se em amor
Nos corações que bailavam ao som do zabumba,
Ao toque do triângulo e do valente acordeom
Era o autêntico forró pé de serra.
A cidade em bandeirolas que tremulavam,
Acompanhavam o som dos assobios dos ventos.
Na igrejinha as beatas entoavam os cânticos.
Roupas coloridas, quadriculadas, manipuladas...
Tudo era festa na noite de São João.
De repente, um estalo mais forte,
E os fogos anunciando:
Era o momento de acordar.

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...