domingo, 27 de outubro de 2013

Álcool e dreção: combinação fatal



Promulgada em 2008, a lei seca tem como objetivo reduzir os acidentes provocados por motoristas embriagados, endurecendo as punições contra quem bebe antes de dirigir. Assim, um condutor abordado pela polícia passou a ser considerado legalmente bêbado através de um exame, de sangue ou de bafômetro, se é constatada uma concentração mínima de 0,10 gramas de álcool por litro em seu sangue.
Em dezembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que torna mais rígidas as punições para motoristas flagrados dirigindo alcoolizados. Além do bafômetro e do exame de sangue, outros meios — como teste clínico, depoimento policial, testemunho, fotos e vídeos — passaram a valer como prova. A multa para quem for pego dirigindo bêbado é de 1.915,40 reais. E pode chegar a 3.830,60 reais se o indivíduo reincidir na infração no prazo de um ano.
O endurecimento da aplicação da lei seca também passou por mudanças em janeiro de 2013, quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou uma medida que acabava com a margem de tolerância da quantidade de álcool por litro de sangue. Ou seja, o condutor pode ser autuado se for constatada qualquer concentração alcoólica no sangue. Porém, mesmo com a lei, o volume de acidentes de trânsito decorrentes do consumo de álcool ainda é preocupante.
É importante saber que desde 2008, quando a lei seca foi promulgada, não houve alteração significativa na quantidade de acidentes com motoristas embriagados. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, mais de 42.000 pessoas morreram em acidentes. Isso tem também um custo alto para o país. Em 2011, 200 milhões de reais foram gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) com vítimas da violência no trânsito, valor que não considera os custos com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), as Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e o processo de reabilitação do paciente, entre outros.

sábado, 26 de outubro de 2013

Centenário do poetinha

A poesia de Vinicius representa as raízes da bossa nova, o movimento musical que efervesceu no Rio de Janeiro, no final dos anos 1950, e se destacou pela mistura de jazz com samba. O poetinha – como ficou conhecido - ainda contribuiu para o desenrolar da MPB, que teve início a partir de 1966, sendo considerada como uma segunda geração da bossa nova.
Vinícius de Moraes trabalhou como diplomata, escritor e jornalista, mas seu grande reconhecimento veio de sua criação artística como poeta e compositor. Escreveu muitos sonetos e era conhecido por sua boemia, seus galanteios e por gostar muito de uísque.
Começou a mostrar vocação artística desde pequeno, ao escrever poesias e cantar no coral do colégio onde estudava. Tom Jobim. Francis Hime, Baden Powell, Toquinho e tantos outros formaram magistral parceria com Vinicius.
Na noite de 9 de julho de 1980 morreu aos 66 anos em sua casa na Gávea.

A redução da maioridade penal no Brasil



Atualmente no Brasil, diante da insegurança e impunidade, como pode ser constantemente denunciado pela mídia, há uma demanda social crescente por um sistema penal mais rigoroso e com punições mais severas. Sob esse pretexto e com fundamento nessa perspectiva, diversos representantes manifestam propostas de aumentar o rigor punitivo, sobretudo do sistema carcerário, por meio de medidas como a redução da maioridade penal.
As propostas de diminuição da idade de responsabilidade penal utilizam como argumento justificativas tais como a necessidade de medidas ressocializadoras, e do aumento da repressividade diante da percepção de impunidade das infrações cometidas pelo jovem, a capacidade de discernimento desse, ou ainda a possibilidade de eleger os representantes políticos através do exercício do voto.
Outros, se insurgem contra esses posicionamentos, deslegitimando tais argumentos sob diferentes aspectos. Primeiramente, porque se pode constatar que a responsabilidade do menor de idade no Brasil existe, e o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente traz medidas ressocializadoras. Quando se trata de menores de 18 anos, é preciso observar o ordenamento jurídico, que os define como inimputáveis.
Ressalta-se ainda que a redução da maioridade penal no Brasil é combatida porque não significa um controle da criminalidade nem tampouco promove uma melhoria das condições sociais ou das funções de caráter intimidativo, recuperativo e reparatório do sistema penal.
Em se tratando de um ser em desenvolvimento e com necessidades específicas à sua formação, devemos fornecer de forma ampla os serviços sociais básicos, ao invés de exercer um controle social mais intenso, uma repressividade maior, ou de ampliar os rigores na aplicação da pena aos jovens.




A qualidade do transporte público no Brasil



O Brasil teve o seu processo de industrialização ocorrendo de forma tardia e em uma velocidade bastante elevada, assim como aconteceu na ampla maioria dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Tal processo motivou o rápido e descontrolado crescimento das cidades através da expansão do êxodo rural, oriundo da mecanização e concentração de terras no meio agrário.
Essa grande massa populacional encontrou no espaço das grandes cidades dificuldades para a sua permanência. Com o valor dos terrenos e imóveis aumentando consideravelmente e sobrevalorizando a todo o momento, as populações menos abastadas tiveram de buscar por moradia em zonas mais afastadas dos grandes centros, além de favelas, invasões e ocupações irregulares de todo o tipo, isso sem falar do contingente populacional em situação de rua.
O transporte público no País estrutura-se, principalmente, pela utilização de ônibus, além de metrôs e trens, em algumas cidades ou regiões. De acordo com a Constituição Federal, o serviço deve ser administrado e mantido pelos municípios, mas os investimentos devem ser realizados também pelos estados e pelo Governo Federal.
De um modo geral, o transporte público no Brasil é considerado ruim e ineficiente, com passagens caras e ônibus frequentemente lotados, veículos em condições ruins, além do grande tempo de espera nos pontos de ônibus e metrô. Mas de onde surgiu esse problema?
É mister compreender que o transporte público não está isolado da lógica urbana, sobretudo das grandes metrópoles, que concentram a maior parte da população do país. Cidades maiores e com uma maior quantidade de zonas segregadas necessitam de um transporte público mais amplo e massificado para evitar a ocorrência de ônibus lotados e insuficientes para atender à população.
Portanto, o transporte público, não deve ser visto tão somente como meios de transporte utilizados, mas de questões referentes à mobilidade urbana e à infraestrutura existente para esse transporte.

Lixo: questão de cidadania e responsabilidade social



O problema relacionado ao lixo a cada dia se torna mais comum dentro da sociedade, devido ao aumento populacional, o consumismo e falta de conscientização da população, que descarta os resíduos de forma inadequada em locais inapropriados.
São feitos investimentos em ações para remoção e descarte adequado do lixo, além de regulamentar normas e leis que proíbem o descarte de resíduos em locais públicos. Os dejetos jogados aleatoriamente, além de poluir visual e fisicamente ao ambiente urbano, acarreta diversos problemas públicos como, alagamentos, aumento significativo de insetos e consequentemente, as doenças.
Ocorrem diversas campanhas para conscientizar a população sobre os problemas relacionados a tal problema, porém não é o suficiente. É necessário que sejam criadas leis que proíbam e punam aos indivíduos que descartem resíduos em locais públicos. Assim, a população deverá mudar aos seus hábitos, contribuindo para uma cidade mais limpa e agradável.
Contudo, não basta apenas a mudança de alguns hábitos. É preciso um aterro sanitário eficiente onde o solo é preparado, em seguida sejam depositados os resíduos, e por último aterrados, para que futuramente naquela local possa ser realizado outra atividade que não necessite perfuração do solo ou construções elevadas, como por exemplo praças e quadras de esportes.
Mas, não é o que acontece na grande maioria das cidades brasileiras, em que o lixo é exposto a céu aberto, atraindo animais, e pessoas de classes econômicas inferiores a se arriscar em meio ao lixo a procura de alimento e sustento, correndo o risco de adquirir acidentes e graves doenças.
Portanto, faz-se necessário maior conscientização acerca do papel do homem na preservação da natureza e na manutenção dos recursos naturais necessários à sobrevivência e às atividades humanas. A educação assume um papel importante no desenvolvimento dos conhecimentos, das habilidades e dos valores relacionados à questão ambiental, de forma a poder ajudar na elevação da qualidade de vida. 

Santa Maria: tragédia anunciada?



O incêndio na boate de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, figura na história recente de calamidades, como enchentes, desastres aéreos e desabamentos, que ganharam notoriedade graças aos meios de comunicação modernos, como a TV e a internet.
Um traço comum em todas essas catástrofes é a tolerância ou conivência das autoridades com pequenos delitos, o chamado “jeitinho” brasileiro. Na boate Kiss, técnicos e peritos identificaram uma série de irregularidades. Um conjunto de normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) norteia a elaboração de leis estaduais e decretos municipais.
Para muitos, contudo, sai mais barato pagar propinas do que atender às normas de prevenção. O incidente na boate Kiss provocou mutirões de fiscalização e denúncias de irregularidades, que levou ao fechamento de centenas de casas noturnas em todo o país.
Entretanto, hoje, no Brasil, não existe uma lei federal que determine medidas de prevenção de incêndios, apenas leis estaduais e decretos municipais. A fiscalização fica a cargo das prefeituras e do Corpo de Bombeiros.
O que todos esperamos é que a Justiça prevaleça e que as dores das famílias das vítimas sejam ao menos minoradas, uma vez que é certo que houve superlotação, falta de fiscalização, estrutura deficiente e uso indevido de pirotecnia.

Pré sal e o meio ambiente



Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo) descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao litoral do Espírito Santo.
Ela é chamada de Pré-sal, em razão da escala de tempo geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de petróleo do Pré-sal se formou antes (daí o termo “Pré”) da outra rocha de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois.
A profundidade em que ele se encontra supera mais de 7 mil metros. Este petróleo está debaixo de dois quilômetros de água, mais dois quilômetros de rocha e, por fim, outros dois quilômetros de crosta de sal.
Muitos ambientalistas e pensadores se opõem à forma de pensar do Brasil, quanto ao investimento na exploração do Petróleo, pois acreditam que isto pode tornar o Brasil um vilão do aquecimento global.
Todavia vários fatores devem ser levados em consideração, pois os benefícios e comodidades conseguidos por meio deste óleo tão precioso, podem em um futuro bem próximo significar justamente o contrário.

domingo, 20 de outubro de 2013

A Hipocrisia Humana





Fico impressionada com o alcance da hipocrisia humana quando dou uma parada e olho o mundo ao redor. Chega a ser asqueroso o modo como as pessoas reagem diante de determinados fatos.
Percebo nessa sociedade doente, fraca e hipócrita como não tem moral para falar de dignidade, ou da ética, porque ela é antiética em sua essência. Ela despreza a liberdade, repudia a igualdade, se diz que defende aos valores, isso é tática de demagogia.
Mas, se reportarmos aos tempos passados, perceberemos que o ser humano tornou-se um grande vilão estuprador de almas. A história das civilizações nos contempla com muitas matanças, barbáries, pilhagens e instituições que legitimaram a hipocrisia em nossa civilização.
Basta encarar com coragem, sem piegas, a comédia do natal que acontece todo final de ano nos chamados encontro de confraternização. O evento não tem nada a ver com o aniversariante, é apenas uma data comercial que serve para consolidar o domínio do deus capital e toda aquela hipocrisia rasteira pela qual Jesus foi crucificado. Em raríssimas e quase que extintas famílias nos deparamos com o verdadeiro e desinteressado amor. Em sua maioria, o que se vê é o desfile de grifes famosas, a troca de presentes caríssimos – e ai daquele que ousa levar uma pequena lembrança! E a farta mesa? Essa não pode ser tocada, enquanto todos os olhos não se satisfizerem de que realmente podem “encher a mesa”. E aja espírito cristão!
Se conversarmos com os nossos conhecidos, observaremos que a maioria diz querer e praticar o bem em relação ao próximo. Mas se isso realmente fosse verdadeiro, por que o Brasil é hoje e mais do que nunca, um caldeirão de miséria e miseráveis?
O que dizer sobre tudo isso? Somos hipócritas!! Sabemos o que precisa ser feito, e como fazê-lo, mas não fazemos nada porque estamos brutalmente anestesiados para encarar com naturalidade as mazelas da vida.
É tamanha a bestialidade da hipocrisia que até diante da morte é notada a compulsória deselegância da infinita estupidez. As lágrimas cedem lugar a insignificância da vida; a dor é visitada por palavras ferinas, cortantes tal qual a navalha afiada. E eis que surge maquiavelicamente a figura de alguém que expõe em ar de nobreza que a sua presença é e deve ser notada para que os presentes saibam: aqui não acaba a vida, pois a soturna e sombria imagem da prepotência se faz ver.
E entre o desespero de poucos é necessário tentar entender que o ser humano é o maior algoz da sua existência. Quanto aos melhores, aos que ainda desejam implantar o amor, que se despedacem, pois o mais forte vence. E nesse jogo, o perdedor não é o predador, mas o arrebatador de tristes desilusões.

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...