sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DUELO



Entre amasso,
Carícias
Beijos delirantes
Travamos a luta
De amor e paixão.
Em busca desse amor alucinante
Desprezamos as regras do pudor 
Nos entregamos a emoções primitivas
Degustamos dos mais loucos
Desejos
E enlouqueço com o tremor
Da tua paixão.
Clama por meu corpo sedutor.
E num raro momento de lucidez
Contemplo o rubor de tua tez.
Contrasto com o teu corpo febril
O prenuncia do mais louco prazer.
E navego entre sonhos e desejos
No cais primitivo do meu viver.
Atendo aos teus apelos
Com ternura
É inicio do espaço sideral.
Perco-me e entrego-me
Ao ritmo frenético
Em perfeita sintonia e devoção
E mais uma vez, juntos,
Erguemos o troféu de um duelo
Em que vencedores
São os nossos corações.

Desencanto


Hoje não quero ter pressa
E todos os relógios vou parar.
Hoje deixarei de ser a simples mulher
Para sentir o pecado do pecar. 
Invadirei a minha alma
Sem mentiras nem pudor
Vou me despir dessa meiguice
Adoçar ao meu corpo como um licor.
E quando o amanhecer chegar
A minha pele impregnada vai ficar...
Serei a personagem ambiciosa
E com o tempo parado
Sentirei na minha pele o suor.
- Me deixarei amar, e amar.
E com o relógio parado
Nada saberei, pois nada sou.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

QUERO


Eu quero te despir e te possuir
Como louca apaixonada...
Quero minhas mãos
Em teu corpo
Te olhar, te enxergar e te ver.
Tão intensa quanto o meu ser
Permitir.
E quero muito
Te enlouquecer de prazer
Em beijos e carícias alucinantes
Levar as estrelas, e o infinito
Mostrar o quanto somos amantes.
E ao final desta jornada,
Feliz por ser amada 
Quero-te ver enamorado,
Polido e encantado,
Simplesmente, maravilhado.

Doce Emoção


A vida formando história
Sussurra aos meus ouvidos
                                                     Tão ardente que encanta.
Preenche,
Anima e provoca,
                                                     Me enlouquece ao desejo
E aos sentidos embalança.
                                          Estremece em delírios e fantasias.  
                                       Culpa as mãos que almejam lhe tocar, 
                                               Provoca a fera que habita
Desperta o desejo de devorar.
                                   E em sons férteis, momentos de decisão.
Os beijos cálidos que passeiam por meu corpo.
Breves e nus pressinto os cabelos soltos
                                          Perdidos em sinais de louca ardência...
                                    Todos os sentidos queimam em prazer 
                                          Enquanto nossas almas silenciadas 
                                            Ardem em busca da maior união. 
                                                   Agarram-se lascivas
Em murmúrios sublimes
Esculpindo o prazer dessa doce emoção

Furem-se as trevas: o dia raiou.


Rompem do inferno, furam as trevas
Seguem caminhos, vão se arrastando...
Molham-se na poeira das estrelas.
Sonâmbulos e dormentes
Jogam-se nos rios,
Na raiz das árvores
Na luz quase que sombria.

Em segredo seguem e se escondem
Nos olhos, o relâmpago forte e frio.
Desbravam ao silencio
E, com as próprias mãos
Escava a dor 
Desafia o futuro
O passado e o presente.
Em voo rasante e profundo
Debruçam a escutar.
São os passos do crepúsculo.

E despem-se ao espelho
E entram em águas turvas.
Dançam por todos os caminhos
 
Devaneiam-se  ao ver o mar.
São lágrimas perdidas e puras
São aromas do luar.

E no branco da rosa cálida
Desprende-se o sangue rubro
- Hoje incolor!
Então o galo canta
Fagueiro
Anunciando que o sol raiou.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O direito ao nosso livre arbítrio

É real, é concreto afirmar que a maldade neste novo século é tão real quanto na era primitiva; Poder - se -ia até dizer, que bem mais elevada e tangível, uma vez que se tornou contemplada por total insanidade e, é uma ameaça individual ou coletiva.
A maldade  e as injustiças caracterizam ao século XXI, onde o ser humano aproxima-se rapidamente da inferioridade de atos, e consequentemente do seu caráter.
Encontramos a personificação do mal maquiada como erros que podem ser vistos como doenças mentais ou distúrbios da personalidade. Em verdade são criaturas que contribuem para a cada dia mais, temermos a nossa própria existência.
O mal então seria o bem? Seria covardia esquecer as injúrias ou as infâmias?
É lastimável observar deduções paradoxais  degeneradas, não querer compreender que na luta misteriosamente representada por este cancro podre e abominável, o bem, a harmonia, a lealdade porque é a norma, é enxergada como fato transitório e condenado ao aniquilamento.
A violência é tudo o que ocorre quando o sofrimento é imposto a uma pessoa. E, o sofrimento é um aspecto da dor, o qual tem  significados distintos. É maldade passiva, resultado da maldade ativa.
Pergunto-me se as más ações não expressam o seu mau espírito? O erro difere da verdade, assim como as trevas da luz.
Não podemos negar a maldade do homem, e/ ou compararmos a luz e a sombra, o calor e o frio porque a sombra e o frio não são dotados de existência privativa, falta-lhes essência própria, são negações.
Dar essência ao mal é recusar a essência do bem, é sustentar ao contraditório, e haverá de existir os que ainda crêem num mundo melhor, pois possuímos o livre arbítrio, o direito de escolha.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Seriam os nossos jovens os verdadeiros culpados?

Se existe algo que deixa questionamento em meus pensamentos, é a insistente afirmação de que os nossos jovens estão despreparados pra se tornarem adulto consciente e zeloso do dever quer seja cívico ou moral.
Mas como saber o que é civilidade e moral, se aqueles que deveriam obrigatoriamente elaborar o rascunhado dever de casa, lhes expõe uma sociedade má, injusta e desrespeitadora?
Como acreditar em insígnias de um país onde os nossos governantes sequer lembram-se desse símbolo máximo de civismo? E o que dizer das famílias que estão recortadas e absolvidas por inúteis sensações de que o valor maior hoje esta moldado no aspecto financeiro?
E o que dizer das instituições educacionais que preparam - em sua maioria - ao adolescente para novas escolas seguidoras de valores baseados em custos financeiros e, em nenhum instante, o valor ao próximo? Será que estamos no direito de cobrar dessa juventude absorta em mediocridades a alguma coisa, ou estamos simplesmente “engordando” os nossos “porcos” para que eles mesmos procurem a saída para nos abater?
Mergulhados na lama podre de uma sociedade doentia, e que já não mais sofre por/ de amor; caminhamos atordoadamente a procura de sensações passageiras, momentos fúteis, que refrigeram ao corpo, mas não a alma. São instantes que não se eternizam que não são lembrados. E o amor que outrora foi o mais honrado dos sentimentos, também não é destaque em horário considerado “nobre”. O que avilta é a dor em saber o quanto perdemos diante de uma passagem tão curta e que merecidamente deveria ser honrada.
Quem sabe o fato de não termos ídolos nem heróis no século XXI nos impulsionem a situações macabras, pois o que nos deparamos é com vampiros. Aqueles que de alguma forma sugam as nossas energias em benefício próprio, que procuram apresentarem-se como seres capazes de construir um mundo mais igualitário, e em verdade somos persuadidos a um precipício sem volta, onde as dores da alma são mais inflamadas do que as feridas que estão expostas no corpo físico.
A esperança tem dado lugar à acomodação frustrada. E, em meio a tantas dúvidas, os chamados adultos procrastinam os seus erros apontando – os para os que deveriam lhes ter como modelo de vida. 

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...