domingo, 26 de fevereiro de 2012

E a vida é assim...

 Um dia alguém me disse que o tempo curava as feridas e era o maior aprendizado, a grande escola da vida.
Pensei que eram conjecturas proporcionadas pelos adultos, os quais reclamavam, e não aceitavam as minhas traquinagens de criança. Mas o tempo passou, e descobri que posso partilhar com o meu próximo tudo o que vivo, exceto a minha dor – e principalmente, se a dor esmaga a minha alma.
Tento educar a dor para que não se torne em uma grande mágoa, pois existem casos que valorizamos o que nos fazem, ofertamos valor indevido diante das mazelas. Porém aquilo que é pesado para um, não tem a mesma proporção para o outro.
Procuro nos amigos, a quem retribuo o que me ofertam duplicar as minhas alegrias e refugiar – me diante de pensamentos estonteantes; e dessa forma, se vão como o éter que se espalha pelos ares. Não há significado nem temos a que atribuir valor diante da dor que alguém nos causa, o que importa é ter força para aguardar o momento certo de ver e enxergar que na roda viva da vida terão manobras arriscadas, e nem sempre todos ficam de pé, muitos buscarão em que se apoiarem outros devido a soberbia, só lhes restará o chão como consolo, pois a estupidez humana é eivada de vaidade e arrogância. E tudo muda... E o tempo passa.
E a vida é assim: um dia um grão de areia, no outro um pedaço de terra, enfim... Um buraco no chão.


DOR


A DOR É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO...
 É OPCIONAL.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O que é UBUNTU? Fantástico.


Um antropólogo estudava os usos e costumes de uma tribo da África, e porque ele estava sempre rodeado pelas crianças da tribo, decidiu fazer algo divertido entre elas.Conseguiu uma boa porção de doces na cidade e colocou todos os doces dentro de um cesto decorado com fita e outros adereços, e depois deixou o cesto debaixo de uma árvore.
Aí ele chamou as crianças e combinou a brincadeira, que quando ele dissesse “já”, elas deveriam correr até aquela árvore e o primeiro que agarrasse o cesto, seria o vencedor e teria o direito de comer todos os doces sozinhos.

As crianças se posicionaram em linha, esperando pelo sinal combinado.

Quando ele disse “Já!”, imediatamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo juntas em direção do cesto. Todas elas chegaram juntas e começaram a dividir os doces, e sentadas no chão, comeram felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e indignado perguntou por que elas tinham ido todas juntas, quando só uma poderia ter tido o cesto inteiro.

Foi ai que elas responderam:
 - “UBUNTU!!!”
Como um só de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?

UBUNTU significa:
 - EU SOU, PORQUE NÓS SOMOS!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mar Revolto


Transbordante de desejos 
Tão sozinha eu almejo
Chegar ao teu coração 

Na contramão. 

Rompo em devaneios 

Meus segredos
E anseios 
E como num barco
De amor 
Vamos bailar
Flutuar
Neste mar da paixão. 

É alucinação. 

E em loucura percorres
Por meu corpo 
Em minhas curvas, pareces insano 

Enalteces aos meus tormentos
E vais invadindo desesperadamente. 

Cale-se! 

Não faças barulho! 

Poderás ter embrulho 

Sou mar revolto 

E em meu corpo serpenteias. 

Socorro! 

Desastre! 

Somos um grande gigante 

Que desvairadamente 

Ao meio vai se partir
E como um Tsunami 

Tudo vai se devastando 

Mas agora volto a dormir.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os homens não sabem que os sonhos

 
Os homens não sabem que o sonho
É uma constante da vida
É tão concreta e definida
É outra coisa qualquer
Tal qual a pedra cinzenta
Onde recosto e descanso
À beirada dos céus.

É como esse rio manso
Mas de serenos sobressaltos
E tão cheia de coqueiros altos
Em verdes folhagens a se agitar...
E como as aves que gritam
No grandioso céu azul.

Os homens não sabem que o sonho
É como a aguardente forte
É como a espumante
O bichinho forte e sedento
O urubu agourento
E a certeza de não acordar.

O que vai em busca de tudo
E num movimento quase mudo
Vê em teias a vida rasgar!

Os homens não sabem que o sonho
É a grande tela, é a cor, é o pincel
São as tranças de Rapunzel
E a base, a sustentação
É o brilho no coração
O arco feito em papel,
A linha, o ponto, a sinfonia,
A máscara da eterna magia,
As luzes do Alquimista,
O brincar em carrossel.
Ou a rosa dos ventos
-  em ouro ou prata -
O bailar da bailarina,
O palhaço e a colombina
O barco da proa festiva
Diante do forte alazão.

É. Os homens não sabem
E nem sonham
E nem acreditam.
Mas o sonho comanda a vida
E o mundo avança
Como bola colorida
Por entre os sonhos
E as ilusões.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Se tenho um blog., prá que serve? VOU PROTESTAR


Sou baiana sim, mas o orgulho não é fazer parte dessa Bahia.
A minha Salvador é sim, de outra era.
As lágrimas vieram ao meu rosto quando desembarquei na cidade soteropolitana, mas um pouco antes ouvia e via o pânico dos que estavam a bordo comigo de um transatlântico, informados de que a cidade estava em sinal de alerta vermelho. Pela primeira vez percebi que as cores realmente tinham representatividade.
O tempo passa, é verdade! E quando passa, o menos que esperamos é deixar marcas positivas em uma sociedade; Entretanto, mataram a minha Salvador, a terra onde nasci e aprendi a amar.
Sofri desesperadamente ao ouvir dos que estavam a bordo, de que nada perderiam se não visitassem a minha cidade, até porque era fétida, suja, um cartão postal maquiado e verdadeiramente manchado por impurezas. Tentei - sem êxito - desmascarar aos que se vangloriavam de falar que nada mais havia da cidade que outrora teria sido o berço do Brasil.
Chorei... Porém alguns dias se passaram após o meu desembarque, e chegou o carnaval. Ainda orgulhosa da minha baianidade fui às ruas encontrar o meu povo, as nossas músicas e o nosso ritmo.
E logo ao primeiro dia na avenida vi uma cidade realmente fétida e invadida por seres promíscuos, que exibiam o pior do que se pode esperar de uma cidade por onde tenha ocorrido civilização.
Desesperada fugi....Mas, voltei para a segunda-feira da mudança do bairro do Garcia, mas conhecida como Mudança do Garcia.
E, para o meu desespero, embora estivesse comigo um filho que em épocas passadas olhava e falava o que poderia contribuir para os erros, para a mudança do nosso estado, do nosso País, encontrou almas perdidas, sôfregas, que ostentavam corajosamente palavras esboçando o descontentamento diante de uma cidade aprisionada por governantes que desgraçaram com um povo outrora feliz.
Esse povo viveu a ditadura explícita e condenada, mas hoje convivem com a ditadura disfarçada, em que são proibidos vergonhosamente de invadir as teias do Campo Grande, local considerado os “olhos do turismo” onde os grandes heróis desse povo, e também massacrados são os policiais, que certamente envergonham-se de representar á lei. Eles - coitados – também estão reprimidos e assassinados. Sequer sabem se terão retorno para os seus lares. Sequer sabem para onde vão. Sequer percebem o quão valorosos são para essa nação.
Cheguei a lembrar á letra da música: “Caminhando e cantando, e seguindo...” E segui...
Busquei desesperadamente pelo povo que fez parte da velha mudança e descobri que foram abatidos pela opressão, que não estavam entre os que corajosamente invadiam á avenida clamando pelo dom de viver. Ouvi o toque da velha bandinha, e o mestre Val tentando segurar a emoção...
E diante da miséria e podridão que se instaurou no carnaval da Bahia apenas lamentei, e postei nessas palavras a dor e a revolta por tudo o que esta sendo feito para exterminar com uma cidade que é o berço de um País chamado BRASIL.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Páginas... Letras... Folhas


Páginas, folhas apagadas
Páginas, letras esquecidas
Páginas, escritas envenenadas
Páginas, vidas acabadas.

Letras de páginas esquecidas
Letras de escritas apagadas
Letras de folhas apagadas
Letras de vidas enegrecidas.

Escritas das páginas enegrecidas
Escritas das vidas apagadas
Escritas das folhas esquecidas
Escritas das letras esmaecidas.

Tempo.


Tempo, o meu barco de sonhos
Vai meio à neblina
Perdido no ar
Sem poder se encontrar
Procura ao mar.
Tempo, se o vento soprar
A brisa vai acalentar
O amor vai chegar
Feliz irá ficar
Novos sonhos à embalar.

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Corpo e Alma

E de repente a vida
E a sua beleza exótica
As suas canções macabras
O grito de alegria
Ah! A vida.
Vivida a vida viveu
Corpo e alma
Espírito e matéria
Destituídas do espírito
Da serena dor da saudade.


DOR


- Até onde caminha o homem?
- Que rumo segue a humanidade?
- Por que reina o anti Cristo?
- Meu Deus!!!!! Meu Deus.
Não me faças recuar.
Se o poder é soberano
Não deixes cegar.
Deixes que a Luz brilhe
Para que possa me apoiar
Meu corpo estremece
Meu espírito vai expiar.

Experimente.


Se as coisas vão erradas
Não pense que foi em vão
Sorria, experimente
Veja a porta que não é a ilusão.
Conduza a felicidade
Ofereças às suas mãos.
Acredite, a paz existe
Não aceite o triste não.
A quietude é insana
Não serve ao coração.
O ar que bate no rosto
Faz lágrimas irem ao chão
O homem é lobo do homem
A serpente é a solução.

É fato.

 
Em casa eu sou a lua
A lua ou o sol
Sou fonte inspiradora
Brilho forte, dom maior.
Sou a fechadura e a chave
A segurança, o amor
O gosto do passarinheiro
Um eterno resplendor.
Eu sou a terra, ou o céu
Eu sou a razão, ou a alma
Eu sou a certeza, não sou parcela.

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...