quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Sim, nós somos.
O que verdadeiramente tememos?
Perder.
Mas, se nada possuímos?
Não são objetos ou pessoas,
Mas, as experiências íntimas
E os véus de ilusão?
Tecemos ao redor delas.
E o calor de um olhar que nos reflete?
É um "eu" amável, ah!
É sensação de pertencimento a um lugar
É uma história,
Ou a frágil e doce crença
Somos donos de nossos dias.
Então, e o mundo?
Esse não é da perda do mundo externo,
Mas do desmoronamento do mundo interno
É o que construímos sobre ele,
O apego aos reflexos de nós mesmos
Aquilo que vemos nos outros,
É à identidade moldada
Por aquilo que chamamos de "meu".
Perder é confrontar o vazio
Silencioso ao sermos testemunhas
Temporárias,
Silencioso, e não protagonistas
Somos os donos do espetáculo.
No fim o temor maior,
É encontrar a liberdade absoluta
É ver quando todas as âncoras se soltam,
É restar apenas o ser essencial,
... sem linhas de conexão que definam
O que somos perante o espelho do mundo?
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