Creio em uma raça que grita, esperneia e demonstra a sua voz
diante do que quer seja. Quem sabe diante de um gol quem sabe diante da dor.
Mas, a fome é tanta que se fez abafar. Porém, aqueles que nos atiraram as
migalhas para o consolo recebem agora o troco da falta de respeito.
Em nada adianta querer retocar a imagem de um Brasil mascarado
e massacrado. Todo o nosso povo esta desfigurado, pois nos falta à saúde, o
alimento, a educação, a moradia e tantos outros itens, exceto a nossa
dignidade.
Informar ao mundo que em nosso país o crescimento é
estonteante é a verdade. Mas, qual seria o crescimento? O que observamos é
pessoas na famigerada fila para “atendimento” em hospitais onde aqueles que ali
trabalham convivem dia após dia com a dor o sofrimento que também lhes atinge.
Até diante da morte já não temos o repouso do corpo, uma vez que nos cemitérios
populares já não tem mais local para o sepultamento.
E o que dizer da fome e da falta de vergonha do programa fome
zero?
Bolsa educação? Lastimável! São familiares que amanhecem nas
ruas em busca de uma vaga num esgoto chamado colégio público, e quando
conseguem, expõem e temem pela vida dos seus filhos que, a qualquer instante
poderão ser assassinados. E as escolas particulares? Por que e para que tantas
disciplinas se os nossos jovens não assimilam sequer ao nosso idioma ou a tão
querida tabuada? Mas... Depois que o
feminino de presidente é presidenta, dizer o quê?
Programa Moradia para os mais humildes? É só observar o que
ocorre na época das chuvas quando seres humanos são “engolidos” pela terra, que
responde ansiosa aos maus tratos que lhe são concedidos, uma vez que programa
de sustentabilidade em nosso país foi feito para ser apresentado em um palco ou
conto de carochinha.
Verdade! Estamos revoltados, indignados, manifestados. Não
podemos ter a “copa” porque a cozinha – nosso Brasil - esta imunda.