sexta-feira, 21 de junho de 2013

Seríamos um povo que vive sobre o temor do amanhã, ou que dormia em berço “esplêndido”?




Creio em uma raça que grita, esperneia e demonstra a sua voz diante do que quer seja. Quem sabe diante de um gol quem sabe diante da dor. Mas, a fome é tanta que se fez abafar. Porém, aqueles que nos atiraram as migalhas para o consolo recebem agora o troco da falta de respeito.
Em nada adianta querer retocar a imagem de um Brasil mascarado e massacrado. Todo o nosso povo esta desfigurado, pois nos falta à saúde, o alimento, a educação, a moradia e tantos outros itens, exceto a nossa dignidade.
Informar ao mundo que em nosso país o crescimento é estonteante é a verdade. Mas, qual seria o crescimento? O que observamos é pessoas na famigerada fila para “atendimento” em hospitais onde aqueles que ali trabalham convivem dia após dia com a dor o sofrimento que também lhes atinge. Até diante da morte já não temos o repouso do corpo, uma vez que nos cemitérios populares já não tem mais local para o sepultamento.
E o que dizer da fome e da falta de vergonha do programa fome zero?
Bolsa educação? Lastimável! São familiares que amanhecem nas ruas em busca de uma vaga num esgoto chamado colégio público, e quando conseguem, expõem e temem pela vida dos seus filhos que, a qualquer instante poderão ser assassinados. E as escolas particulares? Por que e para que tantas disciplinas se os nossos jovens não assimilam sequer ao nosso idioma ou a tão querida tabuada?  Mas... Depois que o feminino de presidente é presidenta, dizer o quê?
Programa Moradia para os mais humildes? É só observar o que ocorre na época das chuvas quando seres humanos são “engolidos” pela terra, que responde ansiosa aos maus tratos que lhe são concedidos, uma vez que programa de sustentabilidade em nosso país foi feito para ser apresentado em um palco ou conto de carochinha.
Verdade! Estamos revoltados, indignados, manifestados. Não podemos ter a “copa” porque a cozinha – nosso Brasil - esta imunda.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

E tudo isso por que?



E nós ainda vamos nos beijar na chuva.
Eu também vou calar sua boca com um beijo
E se houverem brigas vão acabar na cama.
Eu vou te observar enquanto você dorme
E vou fazer cafuné quando em sua cabeça deitada no meu peito.
Vamos passar tardes assistindo filmes românticos
Deitados debaixo das cobertas e comendo brigadeiro.
E vamos passar madrugadas acordados conversando.
E vamos contar aos nossos filhos a história sobre como nos conhecemos.
Vamos discutir sobre quem vai levantar pra apagar a luz do quarto.  
Vão olhar pra nós e falar sobre o nosso amor.
E tudo porque fomos feitos pra nos conhecermos,
Pra nos apaixonarmos,
Pra vivermos um para o outro.



Mais que de repente deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade...
De amizade, sei lá!
Talvez um aconchego amigo e meigo,
Algo que enfatize a vida e amenize as dores... 
Ou quem sabe fale sobre os amores,
Que seja afetuoso e ao mesmo tempo forte...
É isso: deu vontade de poder ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo e preencha todo o espaço.
Fazendo lembrar-me do carinho que surge devagarinho,
Lembrar-me do calor das mãos a dizerem: - Estou aqui.
Ou ainda: - Estou com você! 
Um abraço que desate os nós,
Que transforme em envolventes laços...
Que sirva de "colo", afastando toda e qualquer angústia.
Que desperte a lágrima de alegria e acalme o nosso coração.
Um abraço que traduza a amizade, o amor e a emoção.
E para um abraço assim, só consigo pensar em você.  

Um abraço...




domingo, 16 de junho de 2013

O que nos espera?



Uma das questões mais discutidas na sociedade atual é a longevidade. O aumento da população idosa em todo o mundo, acrescido do aumento da expectativa de vida alterou sensivelmente os valores e paradigmas até então vigentes, sobretudo no que se refere à velhice. Em face desta nova realidade que ora se desenha a sociedade, em suas diversas instâncias, precisa rever seus modelos, redimensionar seu olhar frente a este “novo” contexto. Esta mudança do envelhecer deixa de ser encarado como um fardo unicamente natural para ser concebido como processo cujo desenvolvimento envolve a vida humana.
Lirismo poético á parte, se faz necessário realmente encarar a triste realidade em que se encontram os sobreviventes de uma espécie que hoje, esta sendo dizimada, nos momentos de maior vigor, ou por que não dizer, no florescer da juventude. Em verdade, os idosos apenas continuam a fazer parte de um contexto social onde sequer temos o abrigo adequado, ou estrutura emocional para lidar com tal situação. E, em meio a um cenário em que as velhas certezas dão lugar à incerteza, a busca por referências passa a ser um lugar-comum entre os indivíduos.
A família deveria ser o ponto de apoio do idoso em todos os momentos e circunstâncias. Todavia, - quem sabe - estamos sendo pegos de surpresa.
O indivíduo moderno esta sendo impelido a adaptar-se às novas circunstâncias, sendo uma das condições o ajustamento aos novos modos de ser e estar no mundo, haja vista a quebra quase total dos regimes de disposição hierárquicos, e valores que classificava, e ordenava as identidades sociais no antigo paradigma.
No Brasil, a aprovação unânime do Estatuto do Idoso pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal em Setembro de 2003 veio tentar minimizar a um problema que urge por soluções. É necessário compreender que num mundo onde a estética de beleza esta edificada através dos moldes menos dignos possíveis, onde o dinheiro perpassa as fronteiras para edificar de modo vil e cruel a tudo o que é capaz de se tornar identidade elegível, tão somente e porque demonstra a força por meios monetários, o “velho” torna-se trapo, sem sequer ter condições de “reciclagem”, caso não disponha do dinheiro para que possa “comprar” o afeto, na maioria das vezes.
É preciso urgentemente compreender que a velhice deve ser considerada como a idade da vivência e da experiência, que jamais devem ser desperdiçadas. E, no futuro bem próximo todos os que se veem apenas com o vigor da juventude, logo serão absolvidos pela fase que “acreditaram!” não existir em sua vida. Se não estivermos conscientes dessas transformações e preparados para enfrentar esta nova realidade, estaremos fadados a viver em uma civilização solitária e totalmente deficiente de direitos e garantias na terceira idade.





Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...