segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Em minha idade, sou a loba



Idade danada
Cheia de encantos       
Às vezes insana
 Nada tem a perder
E então se deixa envolver
Envolvendo libera os desejos
Libera seu cheiro
Cheiro de fêmea
Antes contidos
Que hoje o vento os espalha
Embriagando, embriagado
E em seu cheiro exala
A loba danada
Da pele sensível
Paladar aguçado, olfato afiado
Com o corpo suado, e molhado
Atrai sua presa e lhe prende entre si.
Um suave uivado
Um toque de leve
Logo se faz entender.
Idade bonita
Por muitas passou
No auge do vigor
Hoje a loba madura,
Aprendeu a viver
Segura de si, desperta atenção
Desperta tesão.



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