COMO PÓ EU VOLTAREI.
Descobri que envelheci
Sim, grita o meu corpo
A minha alma, geme.
Os meus olhos, não brilham mais
Os cabelos não perfumam- como outrora.
Tenho nas mãos um tesouro perdido:
A certeza de que o tempo passou.
Olho ao espelho e enxergo as mágoas;
Percebo as dores, as angústias, as traições.
Se falo, já não grito: pois murmuro
Não posso bravejar porque o silêncio chegou.
Vejo que me encontro como avó
Mas não sinto que sou incapaz
E a modernidade não me exala…
… mas a tristeza encobre o meu ser.
Perdi a percepção do futuro
E o amanhcer do presente.
Fluto como se o espaço me absorvesse
Vez por outra a poeira me engole.
Lamento porque sou pó
Agradeço porque como pó voltarei.
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