sexta-feira, 5 de março de 2010

A Vida das Palavras

A palavra é forte, é sensível, é frágil....é dura, é realista, podera indicar o temor do desconhecido pois materializa-se na expressão de um som, indicando algo que podera ou não, ser definitivo. Em verdade, o tempo não determina o espaço, uma vez que as palavras ao serem pronunciadas, jamais serão esquecidas. Elas conseguem marcar, deixar vestígios que eternamente farão reflexos.
As palavras não exigem o saber do mundo. O ignorante tal qual o sábio pode cumpri-la; e é através delas que descobrimos as causas e consequências das imperfeições do coração humano.
O mal emprego consiste em servir a satisfação pessoal, entretanto torna-se favorável, quando resulta em um ato benévolo. O homem é conhecido pelas palavras que produz.
Nos textos criamos intertextos cada vez mais diversificados. E tal é a ambiguidade na linguagem que os políticos provam o dito pelo não dito.
Tal qual os sentidos, nos envolve e nos conduz a um universo fictício. Ao balbuciarmos as primeiras palavras, os nossos pais se encantam, e desfrutam como se todas as línguas ali estivessem presentes a festejar.
É comum dizermos que alguém "explodiu" de raiva ou que se "desmanchou" em prantos ...mas será que as palavras têm vida ou será que vivemos através delas?
Quando ditas por alguém que não merece credibilidade parecem denunciar ao impostor. É como se denunciassem a sua vítima.
Jesus Cristo talvez tenha sido o maior orador de todos os tempos. Em suas pregações reunia a multidões que se tornarão fiéis. Hitler magnetizava através das palavras e adoecia as mentes dos homens.
As palavras podem ser letras frias de um processo qualquer, ou repousarem mortas nos arquivos esquecidas pelo tempo, podem ajudar a crer no amanhã ou conduzir um desesperado a terminar com a sua vida. Mas podemos crer que as palavras estão vivas, porque ferem a alma tal qual a navalha, faz sonhos tornarem-se em ilusão. Todavia, basta querer, basta sinalizar, basta falar, e o universo nos encanta com o amanhecer...e é preciso despertar.
Seria o silêncio a ausência das palavras? O silêncio é o calvário, é o último repouso de uma vida onde se lê em seu epitáfio:
AQUI JAZ A VIDA PORQUE A MORTE NUNCA SE PRONUNCIOU ATRAVÉS DAS PALAVRAS.

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