Ser delicado hoje é fazer parte de um grupo discriminado, é ser visto como alguém que foge aos padrões preestabelecidos por uma sociedade dita como em santa castidade. E porque não dizer, é assumir publicamente o preconceito de forma colorida para disfarçar a dor que tange a sua alma.
Estamos vivendo aos horrores e precisamos do arco-íris para redesenhar a tais imagens. Não queremos crer que se recriamos as histórias infantis com personagens adultos, e estes se mistificam, mas não se identificam com o original.
A não identidade provém do medo na elaboração da cópia, até porque uma imagem mal refletida poderá ser transformada no que os olhos quiserem – e como são traidores os nossos olhos.
Acreditar em heróis e vilões já não é suficiente para o homem atual; é preciso mais, muito mais. Quem sabe estejamos a todo o momento criando um signo para o sobrenatural por temer que esse seja superior a nós?
Por hora os ETS surgem como monstros disformes a contemplar o universo de forma evasiva e sem chance de demonstrar a supremacia. Porém, até quando estaremos a nos enganar? Até quando vamos olhar na telinha o modelo rebuscado, e espiaremos como espectadores? E se tudo se tornar diferente: de senhores voltarmos a ser vassalos (se não é o que somos?).
Basta um instante de contemplação e o universo nos respondera.
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