domingo, 4 de abril de 2010

SOLIDÃO x SOLIDARIEDADE

“Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.”... Difícil alguém expressar tão bem a esse vazio que preenche aos nossos sentidos quando questionamos a existência humana. No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só – mas será que esse estado corresponde a solitário?
Creio se tratar de um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente; a idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Direi que a solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade, talvez seja indecifrável, enigmático, quem sabe um registro da vida moderna. Muitos são os indivíduos e poucas são as pessoas.
É tudo tão corrido, tão apressado e ao mesmo instante tão fugaz, que não percebemos diante dos nossos olhos o pedido de socorro daquele que esta á nossa frente. Queremos justificar a essa falta de afeto e não encontramos as palavras; há um distanciamento tão repentinamente que tudo se torna disperso.
O percentual de pessoas que declararam não ter amigos confidentes cresceu assustadoramente. É comum ouvirmos “não posso confiar.” Sartre afirmou que acreditava numa solidão epistêmica, onde a solidão é parte fundamental da condição humana por causa do paradoxo entre o desejo consciente do homem de encontrar um significado dentro do isolamento e do vazio do universo. Entretanto, prefiro crer que os indivíduos precisam se engajar ativamente uns aos outros e formar o universo do companheirismo e da solidariedade.

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