Como pensar que
o tempo para,
E no outro
dia, tudo se renova.
Por que
pensar em ano, e não nos meses, nos dias...
Para que ter
uma tola esperança de que tudo se renova?
É a chegada
do ano novo.
Os anos que
ficarão parecem se perder.
Nas
lembranças.
Tudo é
renovação.
Outros
números nos abalam,
E nos fazem
acreditar em mudanças.
Em sonhos
que vão se realizar.
Em doenças
que vão curar.
Em amores a
se renovar.
Em pessoas,
em pessoas?
Em todas as
nuances da vida,
Em alegrias
reprimidas,
Na família bem
unida,
Na vida apenas
vida.
E lhe desejo
na troca dos números
A troca dos
seus anseios
A vida sem
ter o medo,
O silêncio
sem ter receios,
A alegria da
emoção vivida.
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terça-feira, 31 de dezembro de 2013
2014
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
EDUCAÇÃO NÃO É BRINCADEIRA
Após anos e anos de exercício do magistério – trabalhando
exclusivamente com adolescentes – já vivi muita coisa. No entanto, não há como
negar que se existe algo mais vergonhoso do que aluno indisciplinado, pais
desatenciosos e outra qualquer situação similar, são professores no
século XXI que se vangloriam de encontrar a sala para a recuperação da sua
matéria cheinha.
- Ah viram que comigo não é fácil! Diz ele.
E eu direi:
- Calma professor, a incompetência é sua. É constrangedor e
até vergonhoso.
A questão é que esses momentos “surpreendentes” geralmente
acontecem nos finais de ano, deixando familiares e adolescentes apreensivos.
Estamos vivenciando um dos momentos mais críticos da história
das gerações, pois não temos líderes ou ídolos verdadeiros. Caricaturamos de
maneira vergonhosa, e por vezes até drásticas, a momentos de um passado – não tão
distante – onde valores ainda se faziam compreender e reverenciar.
Espera-se que em sala de aula ainda se encontre modelos a serem seguidos, e não “tirania vergonhosa”, ou – quem sabe -
respaldada em dores que ficaram nesses imaginários profissionais da educação,
por não terem conseguido abraçar após tentativas frustradas no vestibular, a
profissão desejada.
Educar não é brincadeira! O mestre é aquele que aprende e
transmite, aconselha e ouve ao ser aconselhado, abraça e se sente aconchegado
por muitos braços e abraços.
É necessário que a escola não seja apenas uma EMPRESA, mas
uma extensão de laços fraternais, mesmo sabendo que o mundo e nele todos
estamos inseridos, necessita do vil metal para sobreviver. Se nos envolvemos
com vidas que despertam para despertarem outras vidas temos compromisso. E,
quando acontece, é simplesmente maravilhoso pois, sentimos a alma fluir num
universo de cores que somente quando se é verdadeiramente PROFISSIONAL como
EDUCADOR se é capaz de desfrutar.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Minha esperança
Nossa correria diária não nos deixa parar para perceber se o que temos já não é o suficiente para nossa vida. Nos preocupamos muito em TER: ter isso, ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo.
Os anos vão passando, quando nos damos conta, esquecemos do mais importante que é VIVER e SER FELIZ!
Muitas vezes para ser feliz não é preciso ter, o mais importante na vida é ser. É necessário parar de correr atrás do Ter e começar a correr atrás do ser: ser amigo, ser amado, ser gente.
Tenho certeza de que, quando somos, ficamos muito mais felizes do que quando temos. O ser leva uma vida para se conseguir e o ter muitas vezes conseguimos logo. O ser não se acaba nem se perde com o tempo, mas o ter pode terminar logo. O ser é eterno, o ter é passageiro. Mesmo que dure por muito tempo, pode não trazer a felicidade... E é aí que vem o vazio na vida das pessoas... Por isso, tente sempre ser e não ter. Assim você sentirá uma felicidade sem preço!
Espero que eu, você, nós, todos nós deixemos de cobrar o que foi feito e o que não foi realizado nos últimos anos, e que possamos tentar o mais importante: ser feliz. FELIZ NATAL!
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
E é o tempo
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Não estou a venda
Estou muito feliz, bem comigo
mesma. Livrei-me de tudo o que me incomodava, aprendi a dizer não quando necessário,
amadureci e enxerguei quem são as pessoas e quem é quem.
Aprendi que devemos expressar os
nossos sentimentos, mesmo que não agrade a alguém, aprendi que dignamente posso
trabalhar, e não precisarei bajular aos enganadores. Alguns haverão de me compreender,
mas só compreenderei aos que valem a pena; afinal não vou me importar com a
maldade de quem nada sabe.
Pensei que se pudesse até
voltaria no tempo para consertar a alguns fatos e feitos; mas logo repensei. De
que adiantaria? Não posso mudar ao mundo, e pior, mudar ou tentar fazer entender
a quem já se determinou a prejudicar aos outros.
Descobri – e ainda em tempo –
que o dinheiro é capaz de tudo quando em mãos inescrupulosas, principalmente se
a pessoa recebe a quantia e não trabalhou para ter: é triste!
E como é difícil observar que
até aqueles que não queremos crer são capazes de vender a alma ou mudar a
opinião se tiver que se agarrar na corda que julga mais forte. Chega a ser
irônico.
É, sim é verdade que existem os
que manipulam como se tocassem em cordas de marionetes, e decidissem tudo o que
os demais devem fazer para obedecer, e ainda acreditem que tem opinião própria.
Agradeço a Deus por ser quem eu
sou, porque não me falta a dignidade e o caráter. Não tenho preço, não estou a
venda, eu sou muito mais eu.
domingo, 27 de outubro de 2013
Álcool e dreção: combinação fatal
Promulgada em 2008, a lei seca tem como objetivo reduzir os
acidentes provocados por motoristas embriagados, endurecendo as punições contra
quem bebe antes de dirigir. Assim, um condutor abordado pela polícia passou a
ser considerado legalmente bêbado através de um exame, de sangue ou de
bafômetro, se é constatada uma concentração mínima de 0,10 gramas de álcool por
litro em seu sangue.
Em dezembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff
sancionou a lei que torna mais rígidas as punições para motoristas flagrados
dirigindo alcoolizados. Além do bafômetro e do exame de sangue, outros meios —
como teste clínico, depoimento policial, testemunho, fotos e vídeos — passaram
a valer como prova. A multa para quem for pego dirigindo bêbado é de 1.915,40
reais. E pode chegar a 3.830,60 reais se o indivíduo reincidir na infração no
prazo de um ano.
O endurecimento da aplicação da lei seca também passou por
mudanças em janeiro de 2013, quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
publicou uma medida que acabava com a margem de tolerância da quantidade de
álcool por litro de sangue. Ou seja, o condutor pode ser autuado se for
constatada qualquer concentração alcoólica no sangue. Porém, mesmo com a lei, o
volume de acidentes de trânsito decorrentes do consumo de álcool ainda é
preocupante.
É importante saber que desde 2008, quando a lei seca foi
promulgada, não houve alteração significativa na quantidade de acidentes com
motoristas embriagados. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, mais de 42.000
pessoas morreram em acidentes. Isso tem também um custo alto para o país. Em
2011, 200 milhões de reais foram gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) com
vítimas da violência no trânsito, valor que não considera os custos com o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), as Unidades de Pronto Socorro
e Pronto Atendimento e o processo de reabilitação do paciente, entre outros.
sábado, 26 de outubro de 2013
Centenário do poetinha
A poesia de Vinicius representa as raízes da bossa nova, o movimento
musical que efervesceu no Rio de Janeiro, no final dos anos 1950, e se destacou
pela mistura de jazz com samba. O poetinha – como ficou conhecido - ainda
contribuiu para o desenrolar da MPB, que teve início a partir de 1966, sendo
considerada como uma segunda geração da bossa nova.
Vinícius de Moraes trabalhou como diplomata, escritor e
jornalista, mas seu grande reconhecimento veio de sua criação artística como
poeta e compositor. Escreveu muitos sonetos e era conhecido por sua boemia,
seus galanteios e por gostar muito de uísque.
Começou a mostrar vocação artística desde pequeno, ao
escrever poesias e cantar no coral do colégio onde estudava. Tom Jobim. Francis Hime, Baden Powell,
Toquinho e tantos outros
formaram magistral parceria com Vinicius.
Na noite de 9 de julho de 1980 morreu aos 66 anos em sua casa
na Gávea.
A redução da maioridade penal no Brasil
Atualmente no Brasil, diante da insegurança e impunidade,
como pode ser constantemente denunciado pela mídia, há uma demanda social
crescente por um sistema penal mais rigoroso e com punições mais severas. Sob
esse pretexto e com fundamento nessa perspectiva, diversos representantes manifestam
propostas de aumentar o rigor punitivo, sobretudo do sistema carcerário, por
meio de medidas como a redução da maioridade penal.
As propostas de diminuição da idade de responsabilidade penal
utilizam como argumento justificativas tais como a necessidade de medidas
ressocializadoras, e do aumento da repressividade diante da percepção de
impunidade das infrações cometidas pelo jovem, a capacidade de discernimento desse,
ou ainda a possibilidade de eleger os representantes políticos através do
exercício do voto.
Outros, se insurgem contra esses posicionamentos,
deslegitimando tais argumentos sob diferentes aspectos. Primeiramente, porque se pode
constatar que a responsabilidade do menor de idade no Brasil existe, e o próprio
Estatuto da Criança e do Adolescente traz medidas ressocializadoras. Quando se trata de menores de 18
anos, é preciso observar o ordenamento jurídico, que os define como
inimputáveis.
Ressalta-se ainda que a redução da maioridade penal no Brasil
é combatida porque não significa um controle da criminalidade nem tampouco
promove uma melhoria das condições sociais ou das funções de caráter
intimidativo, recuperativo e reparatório do sistema penal.
Em se tratando de um
ser em desenvolvimento e com necessidades específicas à sua formação, devemos fornecer
de forma ampla os serviços sociais básicos, ao invés de exercer um controle
social mais intenso, uma repressividade maior, ou de ampliar os rigores na
aplicação da pena aos jovens.
A qualidade do transporte público no Brasil
O Brasil teve o seu processo de industrialização ocorrendo de
forma tardia e em uma velocidade bastante elevada, assim como aconteceu na
ampla maioria dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Tal processo
motivou o rápido e descontrolado crescimento das cidades através da expansão do
êxodo rural, oriundo da mecanização e concentração de terras no meio agrário.
Essa grande massa populacional encontrou no espaço das
grandes cidades dificuldades para a sua permanência. Com o valor dos terrenos e
imóveis aumentando consideravelmente e sobrevalorizando a todo o momento, as
populações menos abastadas tiveram de buscar por moradia em zonas mais
afastadas dos grandes centros, além de favelas, invasões e ocupações
irregulares de todo o tipo, isso sem falar do contingente populacional em
situação de rua.
O transporte público no País estrutura-se, principalmente,
pela utilização de ônibus, além de metrôs e trens, em algumas cidades ou
regiões. De acordo com a Constituição Federal, o serviço deve ser administrado
e mantido pelos municípios, mas os investimentos devem ser realizados também
pelos estados e pelo Governo Federal.
De um modo geral, o transporte público no Brasil é
considerado ruim e ineficiente, com passagens caras e ônibus frequentemente
lotados, veículos em condições ruins, além do grande tempo de espera nos pontos
de ônibus e metrô. Mas de onde surgiu esse problema?
É mister compreender que o transporte público não está
isolado da lógica urbana, sobretudo das grandes metrópoles, que concentram a
maior parte da população do país. Cidades maiores e com uma maior quantidade de
zonas segregadas necessitam de um transporte público mais amplo e massificado
para evitar a ocorrência de ônibus lotados e insuficientes para atender à
população.
Portanto, o transporte público, não deve ser visto tão
somente como meios de transporte utilizados, mas de questões referentes à
mobilidade urbana e à infraestrutura existente para esse transporte.
Lixo: questão de cidadania e responsabilidade social
O problema relacionado ao lixo a cada dia se torna mais comum
dentro da sociedade, devido ao aumento populacional, o consumismo e falta de conscientização
da população, que descarta os resíduos de forma inadequada em locais
inapropriados.
São feitos investimentos em ações para remoção e descarte
adequado do lixo, além de regulamentar normas e leis que proíbem o descarte de resíduos
em locais públicos. Os dejetos jogados aleatoriamente, além de poluir visual e fisicamente
ao ambiente urbano, acarreta diversos problemas públicos como, alagamentos,
aumento significativo de insetos e consequentemente, as doenças.
Ocorrem diversas campanhas para conscientizar a população
sobre os problemas relacionados a tal problema, porém não é o suficiente. É
necessário que sejam criadas leis que proíbam e punam aos indivíduos que
descartem resíduos em locais públicos. Assim, a população deverá mudar aos seus
hábitos, contribuindo para uma cidade mais limpa e agradável.
Contudo, não basta apenas a mudança de alguns hábitos. É preciso
um aterro sanitário eficiente onde o solo é preparado, em seguida sejam
depositados os resíduos, e por último aterrados, para que futuramente naquela
local possa ser realizado outra atividade que não necessite perfuração do solo
ou construções elevadas, como por exemplo praças e quadras de esportes.
Mas, não é o que acontece na grande maioria das cidades
brasileiras, em que o lixo é exposto a céu aberto, atraindo animais, e pessoas
de classes econômicas inferiores a se arriscar em meio ao lixo a procura de
alimento e sustento, correndo o risco de adquirir acidentes e graves doenças.
Portanto, faz-se necessário maior conscientização acerca do
papel do homem na preservação da natureza e na manutenção dos recursos naturais
necessários à sobrevivência e às atividades humanas. A educação assume um papel
importante no desenvolvimento dos conhecimentos, das habilidades e dos valores
relacionados à questão ambiental, de forma a poder ajudar na elevação da
qualidade de vida.
Santa Maria: tragédia anunciada?
O incêndio na boate de Santa Maria, no Rio Grande do Sul,
figura na história recente de calamidades, como enchentes, desastres aéreos e
desabamentos, que ganharam notoriedade graças aos meios de comunicação
modernos, como a TV e a internet.
Um traço comum em todas essas catástrofes é a tolerância ou
conivência das autoridades com pequenos delitos, o chamado “jeitinho”
brasileiro. Na boate Kiss, técnicos e peritos identificaram uma série de
irregularidades. Um conjunto de normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) norteia a elaboração de leis estaduais e decretos municipais.
Para muitos, contudo, sai mais barato pagar propinas do que
atender às normas de prevenção. O incidente na boate Kiss provocou mutirões de
fiscalização e denúncias de irregularidades, que levou ao fechamento de
centenas de casas noturnas em todo o país.
Entretanto, hoje, no Brasil, não existe uma lei federal que
determine medidas de prevenção de incêndios, apenas leis estaduais e decretos
municipais. A fiscalização fica a cargo das prefeituras e do Corpo de
Bombeiros.
O que todos esperamos é que a Justiça prevaleça e que as
dores das famílias das vítimas sejam ao menos minoradas, uma vez que é certo
que houve superlotação, falta de fiscalização, estrutura deficiente e uso indevido
de pirotecnia.
Pré sal e o meio ambiente
Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em
rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo)
descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do
mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200
quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao litoral do
Espírito Santo.
Ela é chamada de Pré-sal, em razão da escala de tempo
geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de
petróleo do Pré-sal se formou antes (daí o termo “Pré”) da outra rocha de
camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois.
A profundidade em que ele se encontra supera mais de 7 mil
metros. Este petróleo está debaixo de dois quilômetros de água, mais dois
quilômetros de rocha e, por fim, outros dois quilômetros de crosta de sal.
Muitos ambientalistas e pensadores se opõem à forma de pensar
do Brasil, quanto ao investimento na exploração do Petróleo, pois acreditam que
isto pode tornar o Brasil um vilão do aquecimento global.
Todavia vários fatores devem ser levados em consideração,
pois os benefícios e comodidades conseguidos por meio deste óleo tão precioso,
podem em um futuro bem próximo significar justamente o contrário.
domingo, 20 de outubro de 2013
A Hipocrisia Humana
Fico impressionada com o alcance da hipocrisia humana quando
dou uma parada e olho o mundo ao redor. Chega a ser asqueroso o modo como as
pessoas reagem diante de determinados fatos.
Percebo nessa sociedade doente, fraca e hipócrita como não
tem moral para falar de dignidade, ou da ética, porque ela é antiética em sua
essência. Ela despreza a liberdade, repudia a igualdade, se diz que defende aos
valores, isso é tática de demagogia.
Mas, se reportarmos aos tempos passados, perceberemos que o
ser humano tornou-se um grande vilão estuprador de almas. A história das
civilizações nos contempla com muitas matanças, barbáries, pilhagens e
instituições que legitimaram a hipocrisia em nossa civilização.
Basta encarar com coragem, sem piegas, a comédia do natal que
acontece todo final de ano nos chamados encontro de confraternização. O evento
não tem nada a ver com o aniversariante, é apenas uma data comercial que serve
para consolidar o domínio do deus capital e toda aquela hipocrisia rasteira
pela qual Jesus foi crucificado. Em raríssimas e quase que extintas famílias
nos deparamos com o verdadeiro e desinteressado amor. Em sua maioria, o que se
vê é o desfile de grifes famosas, a troca de presentes caríssimos – e ai
daquele que ousa levar uma pequena lembrança! E a farta mesa? Essa não pode ser
tocada, enquanto todos os olhos não se satisfizerem de que realmente podem
“encher a mesa”. E aja espírito cristão!
Se conversarmos com os nossos conhecidos, observaremos que a
maioria diz querer e praticar o bem em relação ao próximo. Mas se isso
realmente fosse verdadeiro, por que o Brasil é hoje e mais do que nunca, um
caldeirão de miséria e miseráveis?
O que dizer sobre tudo isso? Somos hipócritas!! Sabemos o que
precisa ser feito, e como fazê-lo, mas não fazemos nada porque estamos
brutalmente anestesiados para encarar com naturalidade as mazelas da vida.
É tamanha a bestialidade da hipocrisia que até diante da
morte é notada a compulsória deselegância da infinita estupidez. As lágrimas
cedem lugar a insignificância da vida; a dor é visitada por palavras ferinas,
cortantes tal qual a navalha afiada. E eis que surge maquiavelicamente a figura
de alguém que expõe em ar de nobreza que a sua presença é e deve ser notada
para que os presentes saibam: aqui não acaba a vida, pois a soturna e sombria
imagem da prepotência se faz ver.
E entre o desespero de poucos é necessário tentar entender
que o ser humano é o maior algoz da sua existência. Quanto aos melhores, aos
que ainda desejam implantar o amor, que se despedacem, pois o mais forte vence.
E nesse jogo, o perdedor não é o predador, mas o arrebatador de tristes
desilusões.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Milagres do amor
Tantas cores, imagens e poesia
Poderiam descrever esse amor.
Ele é
simples e puro,
Faltam-me
palavras,
Faltam-me imagens,
Falta-me até saber poético.
Você é o amor
da minha vida
Já não
saberia viver distante,
Alguém tão
capaz de me dar incentivo
E me mostrar o belo.
Não encontro
sossego em meu coração
E se você
partisse ou me faltasse
E, diante
dessa certeza,
Não posso
deixar de reafirmar,
- com toda a
convicção, -
Você
representa, em carne, osso, sangue e emoção,
O grande
amor que vai me acompanhar
Até o fim dos meus dias.
Que o
destino ou os deuses ouçam este meu apelo!
domingo, 11 de agosto de 2013
Homenagem Póstuma: Dia dos Pais.
|
Ninguém conseguiu substituí-lo. E ele se foi, como tantos
outros pais ao encontro do Pai maior.
Parece que foi ontem, ou agora. Sua presença impregnou a
palavra família em mim, e a sua ausência o vazio; nunca mais a "mesa"
será a mesma. Todavia, em nenhum instante deixarei de lembrar-se de tudo o que
me ensinou, e dentre tantas palavras ouvidas, uma ressoa forte: CARÁTER!
Meu Pai mais do que um nome, um grande homem,
aquele que nesse momento e em todos os outros me preenche o vazio com o seu
amor.sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Eterna Saudade do Meu Pai
Não era um
homem diferente de tantos outros,
Mas era
diferente de tudo: era o meu pai.
Seguiu e
fiquei órfã.
Vi na sua
ausência tantos sonhos se desfizerem,
Tantas e
tantas lágrimas derramar.
Percebi o
quanto fui fraca, o quanto fui tola.
.........................................................................
Deveria ter
gritado alto, e sem temor.
Dizer do
orgulho, e das lições que com ele aprendi.
Tinha medo,
tinha receios... Tive dúvidas: Eu temi.
Hoje busco
no etéreo o desabafo,
Na escuridão
o clarão,
Nas
incertezas o seu abraço,
Em meu amor
a solidão.
No tempo que
se esvai vejo e clamo.
Nas luas
procuro o estrelar, e vou cantar.
Nos mares
navego nos oceanos.
Sigo e
persigo aos caminhos sem encontrar.
..........................................................................
E em cada
passo é mais um ato,
Que pinto e
repinto sem papel.
É mais que
uma dor, é quase um laço,
É um nó
apertado, é um doce sem mel.
sábado, 3 de agosto de 2013
Os 10 segredos do amor
O PRIMEIRO
SEGREDO: O PODER DO PENSAMENTO
O amor começa com o pensamento. Convertemo-nos naquilo que
pensamos. Os pensamentos amorosos criam experiências e relações amorosas. As
afirmações podem mudar as nossas crenças e pensamentos sobre nós mesmos e sobre
os outros. Se quisermos amar a alguém, temos de levar em conta as suas
necessidades e desejos.
O SEGUNDO
SEGREDO: O PODER DO RESPEITO
Não se pode
amar a nada nem a ninguém a menos que antes o respeite. A primeira pessoa que
merece respeito somos nós.
O TERCEIRO
SEGREDO: O PODER DA ENTREGA
Se desejar receber amor, tudo o que tem de fazer é dar!
Quanto mais amor entregar, mais receberá. Amar é entregar-se sem condições e
voluntariamente. É praticar ao acaso atos de bondade. A fórmula secreta de uma
relação amorosa, feliz e para toda a vida é concentrar-se sempre em o que pode
dar em vez do que pode tirar dela.
O QUARTO
SEGREDO: O PODER DA AMIZADE
Para encontrar um amor verdadeiro, primeiro devemos encontrar
um amigo. O amor não consiste em olhar nos olhos do outro, mas sim em olharem
juntos na mesma direção. Amar a alguém de verdade pelo que é, não por seu
aspecto físico. A amizade é a terra onde a semente do amor cresce.
O QUINTO
SEGREDO: O PODER DO CONTATO FÍSICO
O contato físico modifica uma das expressões mais poderosas
do amor que existe, destrói barreiras e cria vínculos entre as pessoas. O
contato físico altera nosso estado físico e emocional e nos torna mais
receptivos ao amor. O contato físico nos ajuda a curar o corpo e enternece o
coração. Quando você abre seus braços, está abrindo seu coração.
O SEXTO SEGREDO:
O PODER DO DESPRENDIMENTO
Se amar a alguém o deixe livre. Se voltar é seu; se não o
fizer, nunca foi. Quando se está dentro de uma relação amorosa, as pessoas
necessitam ter seu próprio espaço. Se quisermos aprender a amar, primeiro
devemos aprender a perdoar e deixar ir embora nossas feridas e doenças do
passado. Amar significa desprender-nos de nossos medos, prejuízos, ego e
condicionamento. Hoje deixo para trás todos os meus medos, o passado já não tem
poder sobre mim; hoje é o começo de uma nova vida.
O SÉTIMO
SEGREDO: O PODER DA COMUNICAÇÃO
Quando aprendemos a nos comunicar abertamente e com
sinceridade, a vida muda. Amar uma pessoa é estabelecer comunicação com ela.
Faz com que a pessoa a quem ama saiba que a ama e aprecia. Nunca tenha medo de
pronunciar as palavras mágicas: Quero-te. Não deixe passar a oportunidade de
elogiar uma pessoa. Despeça-se dela sempre com palavras carinhosas: pode ser
que seja a última vez que a vê. Se estivesse a ponto de morrer e pudesse
telefonar às pessoas de quem gosta, a quem ligaria? O que lhes diria?... O que
está esperando para fazê-lo?
O OITAVO SEGREDO:
O PODER DO COMPROMISSO
Se desejar amor em abundância, deve estabelecer o compromisso
de consegui-lo, um compromisso que se refletirá em suas ações e em seus
pensamentos. O compromisso é a verdadeira prova de que o amor está presente. Se
quiser ter uma relação com amor, deve comprometer-se a criar a relação que
quer. Quando estamos realmente comprometidos com algo ou com alguém, abandonar
nunca é a opção. O compromisso distingue uma relação frágil de outra sólida.
O NONO
SEGREDO: O PODER DA PAIXÃO
A paixão acende o amor e o mantém vivo. Uma paixão duradoura
não procede exclusivamente da atração física, ela nasce graças a um profundo
compromisso, entusiasmo, interesse e fascinação pela outra pessoa. A paixão
pode se reavivar recriando experiências passadas onde houve paixão. A espontaneidade
e as surpresas criam paixão. O amor e a felicidade compartilham a mesma
essência; tudo o que necessitamos fazer é viver cada dia com paixão.
O DÉCIMO
SEGREDO: O PODER DA CONFIANÇA
A confiança é essencial para estabelecer uma relação com
amor. Se um membro do casal está cego pela suspeita, a ansiedade e o temor, o
outro se sentirá atrapalhado e emocionalmente sufocado. Não se pode amar a
outra pessoa plenamente a menos que confie nela. Aja como se a relação que
mantém com uma pessoa nunca fosse se acabar. Uma maneira de saber se a pessoa é
adequada é perguntando-se: Confio nele plenamente e sem reservas? Se a resposta
for negativa, pense com cuidado antes de comprometer-se mais.
domingo, 28 de julho de 2013
Francisco esta entre nós
Carisma, simpatia, humildade, solidariedade e tantos outros
adjetivos pode-se aliar ao papa Francisco nessa visita ao Brasil. Esteve
presente e se fez presença em meio ao povo, sem receio das “balas” perdidas, ou
quaisquer agressão. Ele não teme a morte, pois sabe que seu dia chegara. Ele é
indisciplinado para com a segurança. A postura que teve diante das pessoas, o
respeito ao semelhante foi o seu grande escudo; as suas palavras foram de que
gosta de pessoas, e não aceita a ostentação tão exposta nos últimos tempos pela
igreja católica.
Resgate eis a solução. E tão bem nos mostrou o quanto é
possível retomar a caminhada, em passos firmes e decisivos tal qual São
Francisco o fez. Demonstrou a todos nós que temos a estrela da esperança em
nosso País tão sofrido, mas tão amado, e para tanto é necessário apagar a
ambição das nossas vidas.
Um homem incansável com a missão de reconstruir a igreja
católica. Sorrisos não lhe faltaram, e exprimiu a saudade dessa terra e desse
povo que afetuosamente lhe acolheu, nos pedindo que orássemos por ele.
Sobre os carros de luxo que muitos clérigos utilizam ensinou
que o povo exige a pobreza dos sacerdotes tão apegados ao dinheiro. O veículo é
um bem necessário até porque é preciso deslocar-se em meio às pessoas.
A evasão dos católicos em nosso continente segundo ele é desconhecida,
mas basta à mãe igreja acolher como uma mãe ao seu filho; faltam sacerdotes
para assistir ao povo que necessita ouvir as palavras de Deus através do seu
pastor. As raízes da fé estão vivas em cada um de nós, basta à proximidade.
A cúria romana sempre foi criticada; Tem escândalos, mas tem
santos: “Faz mais barulho a arvore que cai do que o bosque que cresce”. São oito
cardeais um de cada continente que formaram
a comissão de fiscalização para chegar a reforma da cúria. Os teólogos dizem
que a igreja sempre precisa ser reformada. É preciso reorganizar e ser
dinâmica.
No mundo atual quem manda é o dinheiro sem qualquer controle
ético. Essa feroz idolatria prejudica e o mundo desaba. Estamos vivendo um
humanismo desumano. E o jovem tem a ilusão da utopia por ter mais energia e
menos experiência, mas transforma. Os jovens precisam ser ouvidos assim como os
idosos. São extremos temidos pelo mundo.
É preciso estimular a cultura do encontro, do respeito
podando ao egoísmo, e valorizando a fé, respeitando ao próximo.
... E seguiu rumo ao Vaticano, local que não poupou ao falar
sobre os escândalos que envolveram ao clero.
terça-feira, 16 de julho de 2013
AVÓS DO SÉCULO XXI
As gerações mais novas estão identificando menos a questão da
hierarquia, e muitas vezes observam mais os seus direitos do que os seus
deveres. Todavia, convém lembrar que esse é o reflexo da educação que tiveram e
as mudanças na sociedade.
Hoje, fala-se muito em respeito, todavia pouco tal fator é
observado nas relações familiares e sociais. Os avós ou idosos de um modo geral
são pouco ouvidos e mais ouvintes; mesmo ao tentar ajudar no cultivo de valores
aos netos ou aos mais jovens de que aquilo o que fazemos certamente refletira
em consequências positivas ou negativas, são desrespeitados ou tidos como um
peso na vida.
É preciso compreender que não pode haver receio de falar com
a nova geração sobre o que é bom, justo e belo, e principalmente cultivar o
senso crítico, para que avaliem as situações vivenciadas, e se estabeleça
limites no relacionamento entre eles.
Isolar aos que vivem a fase áurea da velhice é o pior dos
sentimentos para o ser humano. O ser solitário, isolado do convívio social por
descaso dos seus familiares deixa-se abater de forma cruel, como se aguardasse
o momento final para alegria dos seus algozes. Faz-se necessário priorizar
relacionamentos, abraços e aconchego, porém não adianta cobrar da criança os
ensinamentos, se veem os seus pais desrespeitarem aos avós como se os mesmos
fossem objetos descartáveis.
Quem sabe a eterna mola propulsora do mundo – o dinheiro –
seja o grande vilão dessa história. Com a “grana” em mãos, o indivíduo se
apropria de toda a vaidade para apresentar aquilo que é o seu sustentáculo de
poder diante de todos. E, se é verdade, que tudo o que sobe desce, ou que o
mundo dá muitas voltas, atualmente o que observamos é uma parada estonteante
diante do bem, e o triunfo do mal como se demonstrasse aos berros que venceu ao
oprimido, que derrotou a dignidade, e espera a ressurreição do amor.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Seríamos um povo que vive sobre o temor do amanhã, ou que dormia em berço “esplêndido”?
Creio em uma raça que grita, esperneia e demonstra a sua voz
diante do que quer seja. Quem sabe diante de um gol quem sabe diante da dor.
Mas, a fome é tanta que se fez abafar. Porém, aqueles que nos atiraram as
migalhas para o consolo recebem agora o troco da falta de respeito.
Em nada adianta querer retocar a imagem de um Brasil mascarado
e massacrado. Todo o nosso povo esta desfigurado, pois nos falta à saúde, o
alimento, a educação, a moradia e tantos outros itens, exceto a nossa
dignidade.
Informar ao mundo que em nosso país o crescimento é
estonteante é a verdade. Mas, qual seria o crescimento? O que observamos é
pessoas na famigerada fila para “atendimento” em hospitais onde aqueles que ali
trabalham convivem dia após dia com a dor o sofrimento que também lhes atinge.
Até diante da morte já não temos o repouso do corpo, uma vez que nos cemitérios
populares já não tem mais local para o sepultamento.
E o que dizer da fome e da falta de vergonha do programa fome
zero?
Bolsa educação? Lastimável! São familiares que amanhecem nas
ruas em busca de uma vaga num esgoto chamado colégio público, e quando
conseguem, expõem e temem pela vida dos seus filhos que, a qualquer instante
poderão ser assassinados. E as escolas particulares? Por que e para que tantas
disciplinas se os nossos jovens não assimilam sequer ao nosso idioma ou a tão
querida tabuada? Mas... Depois que o
feminino de presidente é presidenta, dizer o quê?
Programa Moradia para os mais humildes? É só observar o que
ocorre na época das chuvas quando seres humanos são “engolidos” pela terra, que
responde ansiosa aos maus tratos que lhe são concedidos, uma vez que programa
de sustentabilidade em nosso país foi feito para ser apresentado em um palco ou
conto de carochinha.
Verdade! Estamos revoltados, indignados, manifestados. Não
podemos ter a “copa” porque a cozinha – nosso Brasil - esta imunda.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
E tudo isso por que?
E nós ainda vamos nos
beijar na chuva.
Eu também vou calar sua
boca com um beijo
E se houverem brigas vão
acabar na cama.
Eu vou te observar
enquanto você dorme
E vou fazer cafuné quando em
sua cabeça deitada no meu peito.
Vamos passar tardes
assistindo filmes românticos
Deitados debaixo das
cobertas e comendo brigadeiro.
E vamos passar madrugadas
acordados conversando.
E vamos contar aos nossos
filhos a história sobre como nos conhecemos.
Vamos discutir sobre quem
vai levantar pra apagar a luz do quarto.
Vão olhar pra nós e falar
sobre o nosso amor.
E tudo porque fomos feitos
pra nos conhecermos,
Pra nos apaixonarmos,
Pra vivermos um para o
outro.
Mais que de repente deu
vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço,
de proximidade...
De amizade, sei lá!
Talvez um aconchego amigo
e meigo,
Algo que enfatize a vida e
amenize as dores...
Ou quem sabe fale sobre os
amores,
Que seja afetuoso e ao
mesmo tempo forte...
É isso: deu vontade de poder
ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o
tempo e preencha todo o espaço.
Fazendo lembrar-me do
carinho que surge devagarinho,
Lembrar-me do calor das
mãos a dizerem: - Estou aqui.
Ou ainda: - Estou com você!
Um abraço que desate os
nós,
Que transforme em
envolventes laços...
Que sirva de
"colo", afastando toda e qualquer angústia.
Que desperte a lágrima de
alegria e acalme o nosso coração.
Um abraço que traduza a
amizade, o amor e a emoção.
E para um abraço assim, só
consigo pensar em você.
domingo, 16 de junho de 2013
O que nos espera?
Uma das questões mais discutidas na sociedade atual é a
longevidade. O aumento da população idosa em todo o mundo, acrescido do aumento
da expectativa de vida alterou sensivelmente os valores e paradigmas até então
vigentes, sobretudo no que se refere à velhice. Em face desta nova realidade
que ora se desenha a sociedade, em suas diversas instâncias, precisa rever seus
modelos, redimensionar seu olhar frente a este “novo” contexto. Esta mudança do
envelhecer deixa de ser encarado como um fardo unicamente natural para ser
concebido como processo cujo desenvolvimento envolve a vida humana.
Lirismo poético á parte, se faz necessário realmente encarar
a triste realidade em que se encontram os sobreviventes de uma espécie que
hoje, esta sendo dizimada, nos momentos de maior vigor, ou por que não dizer,
no florescer da juventude. Em verdade, os idosos apenas continuam a fazer parte
de um contexto social onde sequer temos o abrigo adequado, ou estrutura
emocional para lidar com tal situação. E, em meio a um cenário em que as velhas
certezas dão lugar à incerteza, a busca por referências passa a ser um
lugar-comum entre os indivíduos.
A família deveria ser o ponto de apoio do idoso em todos os
momentos e circunstâncias. Todavia, - quem sabe - estamos sendo pegos de
surpresa.
O indivíduo moderno esta sendo impelido a adaptar-se às novas
circunstâncias, sendo uma das condições o ajustamento aos novos modos de ser e
estar no mundo, haja vista a quebra quase total dos regimes de disposição
hierárquicos, e valores que classificava, e ordenava as identidades sociais no
antigo paradigma.
No Brasil, a aprovação unânime do Estatuto do Idoso pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal em Setembro de 2003 veio tentar
minimizar a um problema que urge por soluções. É necessário compreender que num
mundo onde a estética de beleza esta edificada através dos moldes menos dignos
possíveis, onde o dinheiro perpassa as fronteiras para edificar de modo vil e
cruel a tudo o que é capaz de se tornar identidade elegível, tão somente e
porque demonstra a força por meios monetários, o “velho” torna-se trapo, sem
sequer ter condições de “reciclagem”, caso não disponha do dinheiro para que
possa “comprar” o afeto, na maioria das vezes.
É preciso urgentemente compreender que a velhice deve ser
considerada como a idade da vivência e da experiência, que jamais devem ser
desperdiçadas. E, no futuro bem próximo todos os que se veem apenas com o vigor
da juventude, logo serão absolvidos pela fase que “acreditaram!” não existir em
sua vida. Se não estivermos conscientes dessas transformações e preparados para
enfrentar esta nova realidade, estaremos fadados a viver em uma civilização
solitária e totalmente deficiente de direitos e garantias na terceira idade.
domingo, 28 de abril de 2013
Ao passar dos anos, formulo o desejo de me vê repentinamente
com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.
Meu sentimento é de perplexidade, e pergunto a mim mesma:
como decorreram todos esses anos?
Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira
vez na escola; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou a sua
primeira turma; a advogada com cara de menina de tranças; aquela virgem
sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou
tão pouco! Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje
tem mais de trinta anos.
Passei batida pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada
demais lutando pela sobrevivência, pelo desejo de oferecer aos meus filhos a
segurança tão almejada.
Aos quarenta imaginei a grande festa, porém não se realizou.
E o tempo passou me proporcionando a construção de uma nova
vida, e novos anseios.
Hoje me pergunto onde está à velhinha que eu esperava ser
nesta idade, e onde se escondeu a jovem que olhava para o espelho todas as
manhãs desenhando o perfil de anos vindouros.
Faço parte de uma geração que revolucionou a história e a
sociedade, uma época de profundas e rápidas transformações. A música se rendeu
aos festivais de Chico, Gil e Caetano, dentre tantos outros. Vi as façanhas do
imortal Cazuza, a singeleza de Ana Carolina, e choro diante das letras e da voz
de Alcione. Entretanto, como num conto de fadas, Roberto foi além da Jovem
Guarda, e vivemos ainda a Velha Guarda através das suas canções.
Vi a ditadura militar, às passeatas pelas diretas e
impeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças e
“caras pintadas”; fiz parte das grandes greves e passeatas estudantis, encarei
a invenção da pílula e a liberação sexual ao bebê de proveta. Sofri ao
constatarmos a imposta presença da AIDS, e do câncer; e tudo se tornou
irremediavelmente inseguro ao constatarmos que as drogas ilícitas atacavam aos
seres humanos com a firmeza de um gladiador diante da sua presa.
Vi o orgulho do futebol brasileiro (e alguns vexames
históricos).
A televisão chegou ao Brasil, mas a minha família só
conseguiu comprar um aparelho alguns anos depois e, por meio de suas
transmissões, vimos à chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e
algumas guerras modernas.
Passei por reformas ortográficas e precisei aprender a nova
linguagem do computador e obviamente, da internet. Aprendi tanto que foi por
meio desta que descobri como é interessante o mundo virtual!
Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo
tendo sonhos, projetos, me alimento e durmo bem, gosto de cinema, música, de
dançar, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.
O que me faz rejuvenescer é o contato com os alunos, que bem
sei também se beneficiam da minha experiência. Vale ressaltar que tenho aprendido muito mais que ensinado.
Comecei a precisar de óculos para perto e para longe, e tinjo
os cabelos, pois os brancos falo que são privilégio que herdei.
Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas, mas também
cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz
recordações; a da cesárea marca minha iniciação como mãe de um filho homem.
Lembro-me diariamente que a vida nos traz surpresas nem
sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.
A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu,
lembro-me de coisas que aconteceram há bastante tempo e... Esqueço as panelas
no fogo.
Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte:
constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e
começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o
alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou
o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de
mim...
Mas, do que é que eu estava falando mesmo?
Ah, sim, do tempo! Os tempos.
Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos,
crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são consideradas
pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem
culpa nos bancos reservados do ônibus – em Salvador o metrô é utopia.
Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas
uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente,
tenho netos, e um que a cada dia me surpreende com as suas façanhas tão
infantis. Tenho o prazer de vivenciar uma filha aborrecente e redescobrir essa
fase em nossa vida.
É! E agora diante das mazelas da vida posso ao menos constatar
o quanto nada sei, o que é preciso compreender, o que quero, e o que vou fazer,
pois Deus assim quer.
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