Após anos e anos de exercício do magistério – trabalhando
exclusivamente com adolescentes – já vivi muita coisa. No entanto, não há como
negar que se existe algo mais vergonhoso do que aluno indisciplinado, pais
desatenciosos e outra qualquer situação similar, são professores no
século XXI que se vangloriam de encontrar a sala para a recuperação da sua
matéria cheinha.
- Ah viram que comigo não é fácil! Diz ele.
E eu direi:
- Calma professor, a incompetência é sua. É constrangedor e
até vergonhoso.
A questão é que esses momentos “surpreendentes” geralmente
acontecem nos finais de ano, deixando familiares e adolescentes apreensivos.
Estamos vivenciando um dos momentos mais críticos da história
das gerações, pois não temos líderes ou ídolos verdadeiros. Caricaturamos de
maneira vergonhosa, e por vezes até drásticas, a momentos de um passado – não tão
distante – onde valores ainda se faziam compreender e reverenciar.
Espera-se que em sala de aula ainda se encontre modelos a serem seguidos, e não “tirania vergonhosa”, ou – quem sabe -
respaldada em dores que ficaram nesses imaginários profissionais da educação,
por não terem conseguido abraçar após tentativas frustradas no vestibular, a
profissão desejada.
Educar não é brincadeira! O mestre é aquele que aprende e
transmite, aconselha e ouve ao ser aconselhado, abraça e se sente aconchegado
por muitos braços e abraços.
É necessário que a escola não seja apenas uma EMPRESA, mas
uma extensão de laços fraternais, mesmo sabendo que o mundo e nele todos
estamos inseridos, necessita do vil metal para sobreviver. Se nos envolvemos
com vidas que despertam para despertarem outras vidas temos compromisso. E,
quando acontece, é simplesmente maravilhoso pois, sentimos a alma fluir num
universo de cores que somente quando se é verdadeiramente PROFISSIONAL como
EDUCADOR se é capaz de desfrutar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário