O Brasil teve o seu processo de industrialização ocorrendo de
forma tardia e em uma velocidade bastante elevada, assim como aconteceu na
ampla maioria dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Tal processo
motivou o rápido e descontrolado crescimento das cidades através da expansão do
êxodo rural, oriundo da mecanização e concentração de terras no meio agrário.
Essa grande massa populacional encontrou no espaço das
grandes cidades dificuldades para a sua permanência. Com o valor dos terrenos e
imóveis aumentando consideravelmente e sobrevalorizando a todo o momento, as
populações menos abastadas tiveram de buscar por moradia em zonas mais
afastadas dos grandes centros, além de favelas, invasões e ocupações
irregulares de todo o tipo, isso sem falar do contingente populacional em
situação de rua.
O transporte público no País estrutura-se, principalmente,
pela utilização de ônibus, além de metrôs e trens, em algumas cidades ou
regiões. De acordo com a Constituição Federal, o serviço deve ser administrado
e mantido pelos municípios, mas os investimentos devem ser realizados também
pelos estados e pelo Governo Federal.
De um modo geral, o transporte público no Brasil é
considerado ruim e ineficiente, com passagens caras e ônibus frequentemente
lotados, veículos em condições ruins, além do grande tempo de espera nos pontos
de ônibus e metrô. Mas de onde surgiu esse problema?
É mister compreender que o transporte público não está
isolado da lógica urbana, sobretudo das grandes metrópoles, que concentram a
maior parte da população do país. Cidades maiores e com uma maior quantidade de
zonas segregadas necessitam de um transporte público mais amplo e massificado
para evitar a ocorrência de ônibus lotados e insuficientes para atender à
população.
Portanto, o transporte público, não deve ser visto tão
somente como meios de transporte utilizados, mas de questões referentes à
mobilidade urbana e à infraestrutura existente para esse transporte.
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