Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não
trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia; trouxeram
também os métodos pedagógicos. Assim, os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa..
Na verdade não se conseguiu implantar um sistema
educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma
nova mudança, todavia a educação continuava em um patamar secundário. E a
situação é tão triste que se observarmos com carinho, podemos ver que o Brasil
foi achado em 1500, mas somente em 1934, surge a nossa primeira universidade em
São Paulo.
Nada se fez ou se faz pela educação, continuamos
a ser açoitados como irracionais, e a nossa base escravocrata em muito permeia
as nossas vidas, para acreditarmos que a música, e apenas ela, será o consolo
para as nossas vidas. É como se o cantar consolasse as nossas dores, vez que o
homem que não pensa, é incapaz de debater e expor as suas ideias e ideais.
Os séculos passaram, muito se “inventou” ou se
fez no “modismo”, mas o certo é que praticamente nada foi construído. O Norte/Nordeste
continua atrelado a seca e a fome, em busca de consolo para as suas dores que
são muitas, o restante do Brasil e principalmente o Sul/Sudeste querem
esconder-se por um véu sombrio de outras colonizações, e pisam ao solo fértil e
não cultivado das terras férteis e usurpadas, migrando dentro da sua própria
contestação.
Ao invés de termos um povo varonil, o que se vê é
um povo varado ou traspassado pelo seu próprio sangue, onde o algoz é o seu
próprio povo.
Brincamos de educar ao encararmos ainda no século
XXI professores despreparados, sem o menor senso de responsabilidade para
transmitir ao educando que ele – educador – é a chave mestra dessa engrenagem
louca nesse país. Assuntos em cadernos ou lousas cheias de anotações não se
constituem em aprendizado; é preciso fazer com que o outro seja o grande aliado
e propague para outros o poder do educador. É preciso respeito ao colega e
saber diagnosticar com dignidade o momento de avançar.
A Bahia vivencia uma triste realidade onde o número
de crianças e adolescentes “expulsos” das suas aulas devido a uma dolorosa
greve, angustia não tão somente aos pais de alunos da rede pública, mas a todos
os que um dia vivenciou ao ensino público, e orgulha-se de ter sido integrante
dessa época.
Enquanto isso, bandas de pagode ou de outros
ritmos, escarnecem aos nossos ouvidos e a nossa moral, através de letras ou
danças obscenas induzindo ao que outrora era dito como prostituição. O que
fazer se não temos líderes e nem confiamos nos nossos governantes?
Voltamos à era onde a guerra se instaurou e nem foi
identificada, onde as pessoas sequer sabem que, certamente estão sendo conduzidas
para algozes da fome, da saúde, e da tão sofrida educação.
BRASIL, MEU
BRASIL BRASILEIRO!
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