sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Do lado de cá



Num instante, pensei:
Liberdade!
Esbocei, tracejei,
Risquei, apaguei,
Tentei outra vez.
Desenhei
Terminei?
Quem sabe criei.
Vamos juntos e levemos as estrelas,
Ou quem sabe um punhado de luas.
Carreguemos as canções,
No embalo da rede voltemos.
O rio nos separa do silêncio
A quietude das sombras paradas,
O calor das manhãs esquecidas,
A beleza do orvalho nas flores.
O canto das aves acalenta distâncias
E as serpentes dormitam na verde esmeralda.
Quem sabe a praia banhada por ouriços
Garanta os galhos em troncos maciços.

Vamos juntos até a margem oposta
Num anseio infinito das horas felizes
Dessa louca vontade de fugir do tumulto,
Da fornalha inventada, maldita e cruel.
E a mentira embeleza a ilusão,
A desumana vaidade do lado de cá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...