sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eu sei que sou "careta".

Sim, sei que sou "careta", desajustada aos novos modelos de ídolos a serem idolatrados, ou tudo o que quiserem dizer ou pensar. Mas, e daí? Sou mesmo.
Lembro, e não faz muito tempo que consagrar a alguém era quase que celestial; procurávamos ícones da supremacia do saber, da bondade, do caráter para determinarmos como um símbolo. Entretanto, tornaram – se com o passar dos tempos, estatuetas para decoração.
Pai e mãe eram espelhos onde refletiam a segurança e o amor. A família era sagrada. Sabíamos que existiam pessoas capazes de nos censurar e neles não encontraríamos maculas.
Os nossos professores não eram “tios” ou “tias”, não precisavam títulos e mais títulos para ser engavetados, sabíamos as quatro operações, a leitura, a gramática e tudo o que se fizesse necessário – até mesmo – os castigos escolares. E ai daquele que não respeitasse ao mestre. Ninguém vivia traumatizado, nem precisava do psicólogo, até porque a família sabia o seu papel.
A adolescência era tão somente mais uma fase das nossas vidas, e os nossos hormônios funcionava perfeitamente. Sabíamos que um dia enfrentaríamos a fase adulta e era preciso esta preparada; Mas nada de gritos, ou deboches, tudo seguia e ia para o seu lugar.
Hoje. Ah! Tudo é hipocrisia. Temos mais doentes da alma do que seres vivos. Convivemos com o desamor, a falta de valores, etiqueta? Nem pensar. Estamos na era da evolução, e como evoluímos!
Matamos sem motivos, não sabemos o que é a infância, o adolescente dá as regras e o adulto se perdeu. Seguimos em busca do vazio, e as desilusões e desesperanças são patamares de vida. É tal de faz de conta, que se transborda em detrimento de tudo o que em um passado não remoto, norteou as nossas vidas com prazeres indevassáveis, e deixando em cada um a vontade de querer mais.
Sim. Sou desse tempo, e dele tenho orgulho de dizer: aprendi que só através da luta e da perseverança os nossos objetivos podem ser alcançados. E, se o temor invade ao nosso peito nos enchemos de júbilo, pois sabemos que somos capazes de vencer sem recorrer aos vícios. Tememos a Deus e a fé nos encaminha para as glórias.
   

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