sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Seriam os nossos jovens os verdadeiros culpados?

Se existe algo que deixa questionamento em meus pensamentos, é a insistente afirmação de que os nossos jovens estão despreparados pra se tornarem adulto consciente e zeloso do dever quer seja cívico ou moral.
Mas como saber o que é civilidade e moral, se aqueles que deveriam obrigatoriamente elaborar o rascunhado dever de casa, lhes expõe uma sociedade má, injusta e desrespeitadora?
Como acreditar em insígnias de um país onde os nossos governantes sequer lembram-se desse símbolo máximo de civismo? E o que dizer das famílias que estão recortadas e absolvidas por inúteis sensações de que o valor maior hoje esta moldado no aspecto financeiro?
E o que dizer das instituições educacionais que preparam - em sua maioria - ao adolescente para novas escolas seguidoras de valores baseados em custos financeiros e, em nenhum instante, o valor ao próximo? Será que estamos no direito de cobrar dessa juventude absorta em mediocridades a alguma coisa, ou estamos simplesmente “engordando” os nossos “porcos” para que eles mesmos procurem a saída para nos abater?
Mergulhados na lama podre de uma sociedade doentia, e que já não mais sofre por/ de amor; caminhamos atordoadamente a procura de sensações passageiras, momentos fúteis, que refrigeram ao corpo, mas não a alma. São instantes que não se eternizam que não são lembrados. E o amor que outrora foi o mais honrado dos sentimentos, também não é destaque em horário considerado “nobre”. O que avilta é a dor em saber o quanto perdemos diante de uma passagem tão curta e que merecidamente deveria ser honrada.
Quem sabe o fato de não termos ídolos nem heróis no século XXI nos impulsionem a situações macabras, pois o que nos deparamos é com vampiros. Aqueles que de alguma forma sugam as nossas energias em benefício próprio, que procuram apresentarem-se como seres capazes de construir um mundo mais igualitário, e em verdade somos persuadidos a um precipício sem volta, onde as dores da alma são mais inflamadas do que as feridas que estão expostas no corpo físico.
A esperança tem dado lugar à acomodação frustrada. E, em meio a tantas dúvidas, os chamados adultos procrastinam os seus erros apontando – os para os que deveriam lhes ter como modelo de vida. 

Um comentário:

  1. Herval,
    Vindo de você tais palavras, muito me orgulha.
    Mas, volto a lembrar que se as técnicas utilizadas pelos jovens são tão "insignificantes" mais desprezível são aqueles que aceitam e até aplaudem a o uso mal administrado da tecnologia. Em um mundo onde direitos e deveres não são bens administráveis, o que resta é acreditar que um dia.....ah! um dia! Eis que renascera das cinzas um(a) orgulho(a) e destemido (a) guerreiro(a).
    Um beijo,
    Káthya

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