Se existe algo que deixa questionamento em meus pensamentos,
é a insistente afirmação de que os nossos jovens estão despreparados pra se
tornarem adulto consciente e zeloso do dever quer seja cívico ou moral.
Mas como saber o que é civilidade e moral, se aqueles que
deveriam obrigatoriamente elaborar o rascunhado dever de casa, lhes expõe uma
sociedade má, injusta e desrespeitadora?
Como acreditar em insígnias de um país onde os nossos
governantes sequer lembram-se desse símbolo máximo de civismo? E o que dizer
das famílias que estão recortadas e absolvidas por inúteis sensações de que o
valor maior hoje esta moldado no aspecto financeiro?
E o que dizer das instituições educacionais que preparam - em
sua maioria - ao adolescente para novas escolas seguidoras de valores baseados
em custos financeiros e, em nenhum instante, o valor ao próximo? Será que
estamos no direito de cobrar dessa juventude absorta em mediocridades a alguma
coisa, ou estamos simplesmente “engordando” os nossos “porcos” para que eles
mesmos procurem a saída para nos abater?
Mergulhados na lama podre de uma sociedade doentia, e que já
não mais sofre por/ de amor; caminhamos atordoadamente a procura de sensações
passageiras, momentos fúteis, que refrigeram ao corpo, mas não a alma. São
instantes que não se eternizam que não são lembrados. E o amor que outrora foi
o mais honrado dos sentimentos, também não é destaque em horário considerado “nobre”.
O que avilta é a dor em saber o quanto perdemos diante de uma passagem tão
curta e que merecidamente deveria ser honrada.
Quem sabe o fato de não termos ídolos nem heróis no século
XXI nos impulsionem a situações macabras, pois o que nos deparamos é com vampiros.
Aqueles que de alguma forma sugam as nossas energias em benefício próprio, que
procuram apresentarem-se como seres capazes de construir um mundo mais
igualitário, e em verdade somos persuadidos a um precipício sem volta, onde as
dores da alma são mais inflamadas do que as feridas que estão expostas no corpo
físico.
A esperança tem dado lugar à acomodação frustrada.
E, em meio a tantas dúvidas, os chamados adultos procrastinam os seus erros
apontando – os para os que deveriam lhes ter como modelo de vida.
Herval,
ResponderExcluirVindo de você tais palavras, muito me orgulha.
Mas, volto a lembrar que se as técnicas utilizadas pelos jovens são tão "insignificantes" mais desprezível são aqueles que aceitam e até aplaudem a o uso mal administrado da tecnologia. Em um mundo onde direitos e deveres não são bens administráveis, o que resta é acreditar que um dia.....ah! um dia! Eis que renascera das cinzas um(a) orgulho(a) e destemido (a) guerreiro(a).
Um beijo,
Káthya