sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desencanto


Hoje não quero ter pressa
E todos os relógios vou parar.
Hoje deixarei de ser a simples mulher
Para sentir o pecado do pecar. 
Invadirei a minha alma
Sem mentiras nem pudor
Vou me despir dessa meiguice
Adoçar ao meu corpo como um licor.
E quando o amanhecer chegar
A minha pele impregnada vai ficar...
Serei a personagem ambiciosa
E com o tempo parado
Sentirei na minha pele o suor.
- Me deixarei amar, e amar.
E com o relógio parado
Nada saberei, pois nada sou.

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