Rompem do inferno, furam as trevas
Seguem caminhos, vão se arrastando...
Molham-se na poeira das estrelas.
Sonâmbulos e dormentes
Seguem caminhos, vão se arrastando...
Molham-se na poeira das estrelas.
Sonâmbulos e dormentes
Jogam-se nos rios,
Na raiz das árvores
Na luz quase que sombria.
Em segredo seguem e se escondem
Nos olhos, o relâmpago forte e frio.
Desbravam ao silencio
E, com as próprias mãos
Na luz quase que sombria.
Em segredo seguem e se escondem
Nos olhos, o relâmpago forte e frio.
Desbravam ao silencio
E, com as próprias mãos
Escava a dor
Desafia o futuro
Desafia o futuro
O passado e o presente.
Em voo rasante e profundo
Debruçam a escutar.
São os passos do crepúsculo.
E despem-se ao espelho
E entram em águas turvas.
Dançam por todos os caminhos
Devaneiam-se ao ver o mar.
São lágrimas perdidas e puras
São aromas do luar.
Debruçam a escutar.
São os passos do crepúsculo.
E despem-se ao espelho
E entram em águas turvas.
Dançam por todos os caminhos
Devaneiam-se ao ver o mar.
São lágrimas perdidas e puras
São aromas do luar.
E no branco da rosa cálida
Desprende-se o sangue rubro
- Hoje incolor!
Então o galo canta
Então o galo canta
Fagueiro
Anunciando que o sol raiou.
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