terça-feira, 27 de setembro de 2011

Furem-se as trevas: o dia raiou.


Rompem do inferno, furam as trevas
Seguem caminhos, vão se arrastando...
Molham-se na poeira das estrelas.
Sonâmbulos e dormentes
Jogam-se nos rios,
Na raiz das árvores
Na luz quase que sombria.

Em segredo seguem e se escondem
Nos olhos, o relâmpago forte e frio.
Desbravam ao silencio
E, com as próprias mãos
Escava a dor 
Desafia o futuro
O passado e o presente.
Em voo rasante e profundo
Debruçam a escutar.
São os passos do crepúsculo.

E despem-se ao espelho
E entram em águas turvas.
Dançam por todos os caminhos
 
Devaneiam-se  ao ver o mar.
São lágrimas perdidas e puras
São aromas do luar.

E no branco da rosa cálida
Desprende-se o sangue rubro
- Hoje incolor!
Então o galo canta
Fagueiro
Anunciando que o sol raiou.

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