Atualmente, existe no país uma discussão a respeito da
regulação da publicidade infantil. Este ano foi publicada uma resolução pelo
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual considerou
abusivo o direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à
criança, "com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto
ou serviço". São abusivos os anúncios que contêm linguagem infantil,
trilhas sonoras de músicas infantis, desenho animado, promoção de distribuição
de prêmios ou brindes colecionáveis com apelo ao público infantil, entre outros
aspectos.
O Ministério Público Federal defende projeto que impõe
limites à publicidade infantil. Todavia, algumas entidades do setor de
comunicação - criticam a tal medida. Para eles, o Poder Legislativo é o único
foro com legitimidade constitucional para legislar sobre publicidade comercial.
A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança
do que um adulto; Por conseguinte, as crianças são bombardeadas por propagandas
que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. Assim, crianças aos
cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de
correr por causa de seus saltos altos; Sabem as marcas de todos os celulares,
mas não sabem o que é um a borboleta. Elas reconhecem as marcas de todos os
salgadinhos, porém não sabem sequer diferenciar uma fruta de um legume.
A situação dos pais não é nada cômoda, visto que a televisão
é uma mídia muito forte, e presente. Em muitas vezes, mais presente do que os
pais e mães que precisam trabalhar o dia todo, ou boa parte do dia.
É necessário que as empresas tenham consciência, e possam
reconhecer o passo civilizatório que o Brasil deu em busca de uma infância respeitada
e de uma criança protegida.
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