quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os homens não sabem que os sonhos

 
Os homens não sabem que o sonho
É uma constante da vida
É tão concreta e definida
É outra coisa qualquer
Tal qual a pedra cinzenta
Onde recosto e descanso
À beirada dos céus.

É como esse rio manso
Mas de serenos sobressaltos
E tão cheia de coqueiros altos
Em verdes folhagens a se agitar...
E como as aves que gritam
No grandioso céu azul.

Os homens não sabem que o sonho
É como a aguardente forte
É como a espumante
O bichinho forte e sedento
O urubu agourento
E a certeza de não acordar.

O que vai em busca de tudo
E num movimento quase mudo
Vê em teias a vida rasgar!

Os homens não sabem que o sonho
É a grande tela, é a cor, é o pincel
São as tranças de Rapunzel
E a base, a sustentação
É o brilho no coração
O arco feito em papel,
A linha, o ponto, a sinfonia,
A máscara da eterna magia,
As luzes do Alquimista,
O brincar em carrossel.
Ou a rosa dos ventos
-  em ouro ou prata -
O bailar da bailarina,
O palhaço e a colombina
O barco da proa festiva
Diante do forte alazão.

É. Os homens não sabem
E nem sonham
E nem acreditam.
Mas o sonho comanda a vida
E o mundo avança
Como bola colorida
Por entre os sonhos
E as ilusões.



Um comentário:

  1. Vistando, lendo...volto... "Os homens não sabem
    E nem sonham
    E nem acreditam.
    Mas o sonho comanda a vida!"...

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