terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ardente

Do meu corpo brota fogo
ardente como um vulcão
me entorpece a mente
enquanto mãos me acariciam
- sem me tocar.
Num delírio cadencioso
deslizam sobre a minha pele 
como uma onda que vem e vai.
És desejo...
És frenesi...
És meu sentir...
Ou doce ilusão.
Me aguça aos sentidos
misto de tristeza e alegria
ter e sentir
ter sem ter.
E da tua ausência
faço os meus dias 
embalo em meus anseios
tenho prazer e amargura
no calar de cada noite.
Adormeço enquanto espero
na alvorada de uma manhã
sem princípio, sem  ter fim.
E quando o cantar estridente
dos periquitos escutar
Irei acreditar 
que tu aqui estás
que és tu
a me despertar.

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