Em sol a pino
Lavrei a terra
Cavei o chão
Queimei a carne
Calejei a mão.
Amarelei o meu sangue
Mas nutri meu patrão.
Nos sulcos de uma gleba
Plantei sementes
Escondi meus sonhos
E passou o verão.
E vieram as águas
Colheram os frutos
Eu fiquei na mão.
Não tive opção,
“chupei” o dedo
Abençoa, mãe!
Enxuguei as lágrimas
Cai no mundo
Caminhei em vão.
Se aqui cheguei
Andei e caminhei
Mostrei meus calos
Feri meus dedos
Deram-me emprego
Virei “morcego”
Da sublocação.
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