segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Final de Ano.


Mais um final de ano ou mudança de folhinha. Costumava a época ser de solidariedade, alegria e reflexão. Mas, hoje, o consumismo, o abandono a, a ausência de valores, o esquecer do Dono de Tudo, dos mistérios tão reais que são indecifráveis para nós humanos estão impulsionando as nossas vidas como se buscássemos avidamente uma maneira de escapar a solidão contemplada com outros.Pergunto-me insistentemente se o fim de ano é tão maravilhoso, se novas idéias e ideais são perfeitamente repensados, se estamos caminhando a longos passos para novas descobertas, se criamos e recriamos a tudo aquilo o que acreditamos ter o poder de renovar.
 E por que tantas pessoas se embriagam, pagam tão caro para se sentirem acompanhadas na chamada “hora da virada”, por que a nossa casa não é o beco maior para o nosso abrigo, e por que olhares tão perdidos em busca de algo que nem sabem o que é, por que é necessário ter um amado (a) para sentir que esta feliz, por que fingir uma pseudo-alegria, e por que ocorrem tantos suicídios e drogados nessa época? Fico horas e horas reflexionando.
De repente resolvo desistir de pensar, mas ouço a resposta surgir através da televisão: Retrospectiva... É isso! O refúgio esta na retrospectiva! Aliás, o ser humano espera o ano todo pela retrospectiva!
É como se naquele instante tudo o que ocorreu passasse diante dos nossos olhos, e num passe de mágica ficasse para trás. É como se quiséssemos mergulhar num passado não tão distante, e ali estivesse o sepulcro das nossas angústias, das nossas dores. E o pior disso tudo é que os momentos corroem as nossas almas, abalam aos nossos sentimentos. Por que tantas desgraças são relembradas?
 É impressionante que só no último instante surge a palavra PAZ!!!!!! E como as tragédias bateram record em 2010: foram inundações, filhos matando pais, o suplício das drogas invadindo aos lares, as diversas formas de preconceito, o abandono das crianças, dos idosos, dos adultos, de todos os seres.
 Ah! O natal. Vale lembrar que o rei Roberto esteve nas areias de Copacabana e ali mais uma vez mostrou que a simplicidade e o amor não ficaram esquecidos em seu coração.
Sim, Deus quer e eu quero. Reafirmarei que amo ser mãe, que sou avó e serei avó, uma vovozinha moderna que usa biquíni de lacinho, que gosta de correr nas areias das praias com os cabelos aos ventos, que ama dançar, cantar, quem sabe conhecer um grande amor ou tão somente namorar – e como é bom namorar! Que estou ansiosa com a chegada dos 15 anos em 2012 da minha filha (festejaremos ou viajamos?). E os meus irmãos, os sobrinhos, os parentes, as gerações? E os meus alunos como estarão, o que fazem, quantos completaram a escolaridade, e quantos morrerão? Os meus amigos quantas pedras tiveram que carregar?
Pois é, estou aqui firme e forte nessa batalha lutando a cada dia por um pedaço de chão, e por meu pedaço de pão.
Reclamo mas agradeço, pois sei que sou a obra do Criador, e como tal não posso e nem devo me atrever a desmanchar tamanha grandeza, porém multiplicar sementes de amor.



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