sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aquilo que é meu.


Desenhamo-nos lentamente
Percorrendo aos nossos desejos
E escorre na pele
O que já não é segredo
E escapamos em desespero.

Desejo-te!
Arrepia a minha vontade 
De ter o agora e o todo
Bebo-te e bebe-me!
Oh! Sangue novo
Audácia e malícia
Sonhos loucos.

Cresce a ânsia 
De te desenhar 
De me desenhares 
Com o lápis de cera e brilho da lua. 
A boca é um palco 
Aonde vão dançando
O nosso sabor sem critério…
E o esboço do esboço.

Bailam em nós, ávidas e sedentas
Loucuras de um amor quase juvenil,
Enquanto nos tocamos, nos escondemos.
E em pó, em cumplicidade,
Celebramos um sonho varonil. 

À flor da pele, da minha pele
Semeias arrepios...
Deponho este frio 
Moldado, quente e envolvente
Amaciamos o silêncio em olhares
Translúcidos e transparentes
Ardentes a palpitar.

Recolhe-te em mim!
Vem passear-te
Sulca o trilho...
Percorre ao meu ser.
Mas deixa que eu use e abuse 
Que de todo me lambuze!
Cada pedaço daquilo que é meu. 


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