quarta-feira, 16 de junho de 2010

DELÍRIOS

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Em mil delírios roucos lhe abraço
Sentindo o tremor do corpo seu
Por vezes me entristeço no compasso
Percebendo o gosto amargo do adeus.
Sem flecha
Sem arco
Sou a sua índia
Das terras onde a guerra se findou.
Sem medo
Sem rancor
Sou seu gemido.
Nos braços em que seu braço me cercou.
Não quero mais saber de boêmia
Se em casa tenho o gozo de viver
E junto ao gozo toda a alegria
De ser amada e não lhe pertencer.
Fingindo ser criança
Sei que sou a sua mulher...
E em seu copo perco a minha idade.
Deitada em nossa cama sou selvagem
Ou menina delirando de saudades.
De manhã acordo em seu nudismo
Querendo novamente anoitecer
Para afogar de vez esses desejos
Que me afasta nas guerras do prazer.
Se nas ruas de você me despeço
Quero sentir que estou junto a si
E a noite vem chegando pouco a pouco
E sem perceber eu já fugi.
Fugi da vida para os seus braços
Ardentes e me afagando sem cessar
E no amor as luzes adormecem
Criança sou de novo a delirar.




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