Ciência Política é coisa séria. A ciência que estuda o
funcionamento e a estrutura do Estado e das instituições políticas, também tem
como objeto de estudo a relação entre os elementos que estão no Poder (Governo)
e os demais cidadãos.
Inicialmente, a ciência política abordou a política a partir
de uma perspectiva filosófica (através de pensadores como Maquiavel, Hobbes,
Montesquieu, etc.), mas posteriormente passou a ser uma análise
preponderantemente jurídica. A sociedade pressupõe uma convivência e atividade
conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente.
A política é a arte e a sabedoria de conquistar e de manter
estável o poder; o fazer o bem; não é propriamente um fim, mas um meio de
ganhar o apoio dos cidadãos para a conservação e a estabilização do poder,
empregado em paralelo com outros meios também válidos, como o marketing, o
controle da mídia, o clientelismo, o populismo e até mesmo a mentira, a
violência e a corrupção. Este é o conceito derivado das interpretações mais
correntes dos conselhos de Maquiavel e é o que melhor se enquadra nas
concepções da ciência política moderna. A ética e política sempre tiveram uma
intensa relação dialética de conflito.
Na dialética da política com a mentira colocam-se também os esforços de mobilização para adesões com
compromissos apenas relativos com a verdade; se a moral, no âmbito do
indivíduo, admite margens de flexibilidade no que respeita aos seus princípios,
a ética, que preside as ações na perspectiva da coletividade faz a renúncia ou
abre mão de seus princípios, simplesmente flexibilizando-os.
Mas, até onde podemos nos deixar ser transformados em
marionetes dentro de uma sociedade democrática? Até quando, displicentemente
nos tornaremos inimigos dos nossos “amigos” por querer acreditar em “verdade”
forjadas? Até quando vamos nos contentar com as migalhas que são descaradamente
jogadas a um povo sem escolaridade e sem o senso crítico do seu Ser?
Na democracia representativa que se vai consolidando como
sistema político e meio de conquista do voto, que é a via de legitimação
própria do sistema, decorre a necessidade humana de alimentar expectativas
existenciais positivas e as falsas promessas, que se enquadram na mentira
política. Hoje, não temos sequer um líder para o Brasil que represente a honra,
a seriedade, a nobreza de caráter; estamos diante do caos, que vomita para as
nossas famílias (e muito mais para os nossos jovens) a excrecência de uma
podridão ética e social capaz de dissimular e atrever -se a desafiar não e tão
somente a Suprema Corte, e sim as palavras significativas da nossa flâmula:
ORDEM e PROGRESSO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário