sexta-feira, 18 de março de 2016






Ciência Política é coisa séria. A ciência que estuda o funcionamento e a estrutura do Estado e das instituições políticas, também tem como objeto de estudo a relação entre os elementos que estão no Poder (Governo) e os demais cidadãos.
Inicialmente, a ciência política abordou a política a partir de uma perspectiva filosófica (através de pensadores como Maquiavel, Hobbes, Montesquieu, etc.), mas posteriormente passou a ser uma análise preponderantemente jurídica. A sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente.
A política é a arte e a sabedoria de conquistar e de manter estável o poder; o fazer o bem; não é propriamente um fim, mas um meio de ganhar o apoio dos cidadãos para a conservação e a estabilização do poder, empregado em paralelo com outros meios também válidos, como o marketing, o controle da mídia, o clientelismo, o populismo e até mesmo a mentira, a violência e a corrupção. Este é o conceito derivado das interpretações mais correntes dos conselhos de Maquiavel e é o que melhor se enquadra nas concepções da ciência política moderna. A ética e política sempre tiveram uma intensa relação dialética de conflito.
Na dialética da política com a mentira colocam-se também os esforços de mobilização para adesões com compromissos apenas relativos com a verdade; se a moral, no âmbito do indivíduo, admite margens de flexibilidade no que respeita aos seus princípios, a ética, que preside as ações na perspectiva da coletividade faz a renúncia ou abre mão de seus princípios, simplesmente flexibilizando-os.
Mas, até onde podemos nos deixar ser transformados em marionetes dentro de uma sociedade democrática? Até quando, displicentemente nos tornaremos inimigos dos nossos “amigos” por querer acreditar em “verdade” forjadas? Até quando vamos nos contentar com as migalhas que são descaradamente jogadas a um povo sem escolaridade e sem o senso crítico do seu Ser?
Na democracia representativa que se vai consolidando como sistema político e meio de conquista do voto, que é a via de legitimação própria do sistema, decorre a necessidade humana de alimentar expectativas existenciais positivas e as falsas promessas, que se enquadram na mentira política. Hoje, não temos sequer um líder para o Brasil que represente a honra, a seriedade, a nobreza de caráter; estamos diante do caos, que vomita para as nossas famílias (e muito mais para os nossos jovens) a excrecência de uma podridão ética e social capaz de dissimular e atrever -se a desafiar não e tão somente a Suprema Corte, e sim as palavras significativas da nossa flâmula: ORDEM e PROGRESSO.

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