Relembrar os sonhos de
menina num corpo adulto
É fácil e simples;
Difícil é constituir
ideias
Quando as marcas do tempo
Sangram a nossa alma.
Há muito a vida castiga
aos pensamentos
Eles procuram o aconchego
em lembranças perdidas ...
Ou acolhidas pelo tempo.
As marcas no rosto
denotam o que se passa ou passou,
Refletem também
internamente
O quanto se faz necessário reconquistar o
vigor.
Mas, se a maturidade
consegue debochar do que se esvaiu;
É notório que não
encontra espaço
Para o refrigério dos
laços de um grande amor.
A colheita não mais é
farta,
Nem apresenta frutos ainda
imaturos.
Se haviam lágrimas em
olhos marejados por uma paixão,
Hoje a realidade é
severa,
É rigorosa diante dos
valores que teima em obedecer.
Todavia, já não obedece a
critérios pré estabelecidos.
O que em outras épocas
seriam mágoas e dores,
Hoje não mais se debatem
com as ilusões.
Quem sabe até gostaria de
que surgisse
Um pequeno raio de luz
Mas que fosse infinito,
real!
Os anos transcorreram e
me ensinaram
O amor não tem encaixes ou desencaixes,
O amor se basta, e
pronto.
Não exige paciência,
cobrança, desconfiança
São aprendizados.
É o ardor vigoroso,
É a confiável
desconfiança,
É a maré que se retrai
Que se exibe em majestosas
ondas.
É o inverno rigoroso e o
aconchego de um abraço,
São destroços que se
reencontram
... E constroem uma nova história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário