A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos
que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar
textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita
severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é
preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos
últimos anos.
Não é por acaso que o contingente de leitores de livros no
Brasil seja tão pequeno em relação à população. Se comparado a países desenvolvidos, a média de
leitura por habitante é lamentável. Como mudar esse árido cenário?
Os estudos internacionais indicam que é necessário perceber
que a familiaridade com a leitura não é adquirida de forma espontânea. A
experiência mostra, segundo o Ministério da Cultura, que as nações avançadas
produzem seus leitores em larga escala. Em todas elas, os fatores
infraestruturas envolvidos na de geração de leitores revelaram-se os mesmos:
estímulo à leitura na família e na escola.
É necessário investir na qualidade da educação para extirpar
o analfabetismo funcional. Projetos isolados não vão produzir resultados se não
estiverem no bojo de um trabalho maior e contínuo. A capacidade de utilizar a linguagem
escrita para informar-se, expressar-se, documentar, planejar e aprender cada
vez mais é um dos principais legados da educação básica.
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