segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Filhos e Netos


Os filhos vieram e... Vieram. E trouxeram consigo a certeza de um amor incontido, de algo novo, mas não temeroso. Ao contrário do que se possa imaginar, nas suas bagagens encontrei a certeza de que jamais estaria só. Compreendi que a minha vida é uma extensão sem limites; Compreendi, mas entendi após alguns anos.
E vieram os netos.
Em princípio e de mansinho, como se fosse uma flor a despertar na primavera.
Apresentou o perfume ao decorrer do tempo, porém o brilho intenso no olhar denunciava o amor. Entre tímida e esperta mostrava o que queria dizer...
Entretanto, o tempo – dono de todas as sensações – resolveu apresentar algo instantâneo, diferente, um não sei o quê a fazer e provocar uma reviravolta em minha infância. Sim, totalmente em minha infância.
Percebi que algo estonteante invadia o meu eu. Uma criatura frágil e pequena tão capaz de me fazer reviver os primeiros e magistrais momentos da maternidade. E os olhinhos vivos denunciam o amor que transmite, as pequenas mãos que em breve se estenderão decididas ate as minhas e vão acarinhar a minha alma... Nem sei se é emoção. Creio que as palavras não traduzem, todavia direi que saudade se faz presença em sua ausência que parece interminável.
E de repente como se não bastasse, o levanta e cai, os primeiros passos, o andar bailando e revigorando o meu viver, a vontade de gritar para que todos ouçam:
 EU SOU VOVÓ.

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