sexta-feira, 11 de maio de 2018

Não Tens o Ninho

   

                 




Ai, quem me dera nessa data,
Tivesse desprendimento na alma
E pudesse gritando dizer:
De toda a dor que sinto
Que é verdade, eu não minto,
Fui eu que te ajudou a nascer!
Mas, quisera na eternidade,
Seja revelado com força e vontade
A dor do dissabor em meu viver.
Do quanto negastes a minha existência
No dia em que perdestes a decência
E renunciastes ao meu viver.
Porém quis Deus – e assim o fez
Louvar ao que sinto dentro de mim,
E compartilhou, não repartiu,
Todo o orgulho que sentia de você.
Assim, ELE me ofereceu uma filha,
Trouxe - me das lágrimas a alegria,
Fez o meu ser renascer.
E ainda roubastes outra nascença
Arrancando – me sem complacência
A neta que tanto quis ter.
Agora segues teu caminho
Num labirinto sem o ninho,
Que tantas vezes te acolheu.


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