Teu rosto em traços marcado.
E em tudo tu és lembrado,
Na vida quem tenha passado.
Mas, em noite enluarada,
Sou triste, desanimada,
Fico perplexa, arrasada,
Como fera enjaulada.
Então, surges entre chamas,
Por caminhos tanto negados,
Em murmúrio ou lamentos,
Teu desespero é amaldiçoado.
Tu estás engaiolado amarrado,
Contido, desesperado...
E teu vulto passeia estonteante,
Por caminhos não mais organizados.
O poeta é peregrino
Nos desertos corações,
E caminha pequenino
Quando sofre desilusão...
...pois, veja a grande verdade,
Da triste decadência do ser,
Ao caminhar entre as pastagens
De tão fútil e irrisório viver!
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