Relembro os meus sonhos de menina
Hoje estou num corpo adulto.
Percebo que não é fácil nem simples
É tão difícil constituir ideias.
As marcas do tempo sangram a alma
Não tenho mais os olhos de menina
Nem o corpo de adolescente;
Tampouco a pele translúcida ...
... Há muito se manchou.
Onde haviam sedas agora são rugas
Em uma estrutura marcada pelos anos.
E o peso dos fardos - bons ou ruins.
Carregam muitas pedras em silêncio
E outras transporto com rebeldia.
O que posso dar é o meu tudo
O que possuo sei dividir.
A maturidade que me faz sorrir
Lembrar tempos em que choraria
Apresentar muito mais do que beleza.
E os anos dourados me ensinaram
Aguardar quando algo se vai ... O se esvai.
Aprender a força que vem do aprendizado
Que se as marés —fogem — elas retornam,
E as correntes ocultas não levam destroços...
Tudo por que?
O meu sonho é
interminável.
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