Infeliz, insano e arrogante nem sei se ainda são as palavras
a serem ditas diante das declarações feitas por um jornalista, que busca, e
consegue ser comentado por suas afirmações acerca do sentimento que invadiu a
milhares de fãs.
Mas, o que levou a palavras tão duras diante de um momento
tão trágico?
Buscamos valores diante das inúmeras crises que assolam aos
seres humanos, e os requisitos mais simples tornam-se difíceis de se enxergar,
visto que a pureza tornou - indiscutivelmente – algo inacessível aos nossos
sentimentos. Acreditar que o olhar de uma criança, o amor ao próximo, o desejo
do querer e do saber, da crença em um mundo imaginário onde os sonhos de Walt
Disney parecem invadir a realidade, hoje tornaram-se criações incapazes de
serem esculpidas por nosso pensar.
O cérebro invade numa velocidade incapaz de ser detida a tudo
o que possa transmitir amor. Por quê outros nomes terão mais significado? Por
que medir ou tentar vislumbrar a comoção de um povo?
Será que estamos acostumados –e já não queremos “acordar” – a
ver e ouvir tragédias decorrentes do fanatismo religioso, das” opções sexuais”,
da fome que assola, da ausência de leitos em hospitais, do temor aos políticos
gananciosos e capazes de barbáries, e dos menores que não conhecem a infância e
são resgatados por adultos que persuadem as dores da ausência de caráter, lhes “devolvendo”
a pseudo vida em fortes doses de alucinógenos? E o que falar dos antigos e
extintos institutos educacionais, onde a civilidade e moral eram emblemas
constantes para a formação do cidadão?
Onde sepultar aos verdadeiros mortos?
Não fomos “seduzidos emocionalmente por uma figura
relativamente desconhecida” e tampouco necessitamos de “um contorno de linhas
pretas num papel branco, só esperando a tinta das emoções das pessoas para
ganhar cor”. O que desejamos mesmo é reinventar homens de verdade, homens que
em sua humilde e cultura, por exemplo, Cosme de Farias, dentre tantos outros,
que demonstrem através das suas próprias atitudes o que significa dignidade,
respeito as dores alheias, e muito mais...quando não temos o que falar, que
fiquemos calados.
O silêncio é mais brilhante do que a ameaça destruidora de um
jornalista em busca de sair do seu anonimato, querendo despejar as suas
angústias.
Meus pêsames Zeca Camargo…mas!!!!! Quem é você?
Nenhum comentário:
Postar um comentário