segunda-feira, 30 de junho de 2025

Um abismo (homenagem a uma desconhecida)

Suas torres góticas Batendo levemente Pela extravagante neblina Nervosas, eróticas E um mistério presente. No alto da colina Do silencioso luar Espalhados sorrateiramente Um encantado despertar Em vestes sombrias Desnudei a fantasia Encantei a escuridão Senti forte emoção Deitada em altas janelas Num aroma das profundezas Alojadas no imenso castelo Despertava irresistível tentação Batendo como martelo O medo, o pavor, a ilusão E aqui corro perigo Oh Senhor, corro perigo As veias clamam por sangue A sensibilidade agora dói Parece bumerangue Cada vez mais próximo Na leveza de um ser Já não dá por descrever Tão distante agora gritavam: Encanto e sedução Magia e desilusão Roupas rasgadas ao chão Devorando ao meu frágil coração.