Sinto a dor
da saudade.
Sinto que existe o que não existe mais.
É a dor do
sofrimento,
Da perda,
Das
lembranças.
É o nunca
mais,
A
impotência,
A
inutilidade,
A falta de
palavras,
É o vazio.
É sentir
corroer o corpo
E dilacerar
a alma.
É a tortura
do silêncio que atormenta.
E dói, dói
muito.
Sabemos que
perdemos,
De nada
adianta buscar a aceitação
Não somos
auto suficiente
Somos sim,
prepotentes.
Buscamos
dizer da reação
Do quanto
podemos reagir!
E o
precipício é tão alto
Até nos amedronta.
Fingir que
superamos tranquilamente,
É uma fuga
ainda maior para dentro de si.
O jogo está
perdido: xeque mate.
Esperança?
Quem sabe,
um dia o reencontro.