sexta-feira, 27 de maio de 2016

Não posso me calar



Como mãe, mulher, professora e advogada que por muitos anos atuou na área criminal exponho o meu pensamento acerca do caso de estupro ocorrido no Rio de Janeiro.
O século XXI dito como de “avanços” deu um recuo sem precedentes ao tratar de algo que é essencial para o ser humano: o respeito a família. E, quando cito família quero também que fique claro, a verdadeira família cristã.
O amor ao próximo é essencial, entretanto observamos que seres humanos são “vomitados” diante da cruel crise de existencialismo, onde o que se vê é um circo de horrores, a barbárie.
Onde e como podemos aceitar filhos que não encontram valores na própria família? Sequer tem o aconchego e o exemplo dos pais? E o que dizer das escolas que hoje negligenciam? Por quê fazer de conta que tudo ocorreu “PORQUÊ”????????
Não existe justificativa nem palavra que consiga expressar a violência seja ela qual for.
Meu Deus, cuida dos nossos heróis e sobreviventes, pois tenho a honra de ser presença diante de muitos que cultivam valores. A jovem que injustificavelmente foi a presa dos seus algozes jamais será recuperada porque a dor na alma não se cura.
Parabéns a todos nós que tivemos a honra de ficar no castigo e levar sova dos nossos pais, a viver em uma época que andar na chuva, brincar na areia ou na lama, correr atrás de borboletas, de esconder, brincar de roda, e tantas outras recreações nos deixaram mais alegres e capazes de sentir o coração do nosso irmão parar de bater.
O que encontramos no século das inúmeras futilidades é a apoteose da falta de essência, a superficialidade, a ausência da harmonia, a dor da profunda ferida que destrói as almas.
Se posso pedir algo ao meu filho, sobrinhos e alunos (Ex alunos não existem), o farei. Continuem com essa pureza de espírito, esse brilho no olhar, essa responsabilidade que tão sabiamente adquiriram dos seus pais, e traduzam essa emoção para a geração que lhes é confiada, pois é preciso declara o amor com firmeza e dignidade, sabendo exemplificar e ser exemplo.
E que Deus nos abençoe, Káthya




Me pergunto a todo instante
Se nesse mundo existe a presença de um deus.
Seja ele preto ou branco, amarelo ou sem cor
Necessita se fazer ver, e mostrar o seu valor.
Não existe um só viajante
Dessa esfera multicor
Onde os sentidos são "sentidos"
E repercute em forma de dor.
São mulheres, homens ou crianças
Animais indefesos e sem vigor.
Todos torturados, abalados,
Indignados pela ausência do amor.
Gritos são abafados,
Choros incontidos pelo pavor,
Risos inconformados,
Diante da perversidade do horror.
Alguns declaram que é o
progresso,

Crescimento ou o que for!
O fato é que a desgraça
No mundo se instaurou.





quinta-feira, 5 de maio de 2016




Gostaria de cumprimentar a todas as mães: as que pariram por seu próprio ventre, as que se entregaram a maternidade pelo amor incomensurável e incontido, as que sonharam embalando um bebe em seus braços, ou até mesmo sonharam e não se predispuseram a desafiar e aprender o maior de todos os dons: o dom do amor.
Maternidade não é simbologia, nem precisa de adjetivos para se qualificar, até porque não existe entre as palavras, uma classe para destinar. Todavia, se faz necessário saber maternar, amparar, entender, criticar, superar ... ensinar.  E, por mais sublime que seja, de nada adiantaria envolver se num ato tão sagrado, se não souber amparar e ser amparado pela sabedoria do não!
E as afirmativas são sucessivas, e muitas vezes tão doloridas, tão desprezíveis que nem são compreendidas, e se envolvem na magia dos sentimentos, que se faz apodrecer diante da dor por não saber conter na melodia doce da negativa diante do perspicaz “esplendor”.
São momentos inexplicavelmente invencíveis, porém por serem antitéticos, tornam-se poderosos e doadores, gananciosos, perturbadores, amorosos e, por que não mencionar, deliciosamente sem pudores.
São meninas, mães, mães meninas, velhas, velhas mães e tão sozinhas, tão entregues a vida, a vida vidinha, detentoras da supremacia, que nenhum poder vai superar. São capazes de encarar o universo, viajar por todos os mares, envolver se na nebulosidade, ou no encanto de uma noite de luar. Transformam o mundo e se transformam, fogem desesperadas de gaiolas, e conseguem a plenitude alcançar! São mães ... são mães ... suavemente e decididamente ... são mães.

Zerei o cronômetro, mas guardei na memória as experiências.

E Zerei ao meu cronômetro, e pensei: vou reiniciar a minha vida ao desembarcar num inverno rigoroso. Sou bicho do sol da praia, do sorr...